Seis cidades de Minas Gerais já decretaram emergência em saúde devido ao aumento de casos e internações por doenças respiratórias. São elas: Belo Horizonte; Contagem, Betim, Santa Luzia e Pedro Leopoldo, na região metropolitana; e Conselheiro Lafaiete, na Região Central do estado.  

Na sexta-feira (2/5), o governador Romeu Zema (Novo) também decretou situação de emergência no estado. A medida tem validade de 180 dias e autoriza a adoção de ações emergenciais para conter o avanço das doenças. 

A decisão, que já havia sido adiantada pelo secretário de Saúde de Minas, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa na semana passada (30/4), também autoriza o estado a acessar recursos federais extraordinários, fundamentais neste momento de alta demanda. 

Até 30 de abril, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG), o estado já havia registrado 26.786 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 334 mortes. A maioria das hospitalizações ocorre justamente entre menores de 1 ano (2.587) e maiores de 60 (15.130).

 

No sábado (2/5), a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) abriu um edital para contratação emergencial de 110 profissionais que irão reforçar os hospitais de referência da rede estadual em Belo Horizonte.

As vagas estão distribuídas entre os hospitais João XXIII e Infantil João Paulo II, na Região Centro-Sul; Eduardo de Menezes e Júlia Kubitschek, no Barreiro; além da Maternidade Odete Valadares, na Região Oeste. Todas unidades que vêm registrando aumento na demanda por atendimentos respiratórios.

Medidas emergenciais

Na capital, o decreto foi assinado na quarta-feira (30/4) pelo prefeito Álvaro Damião (União Brasil). O documento autoriza a adoção de medidas emergenciais, como a contratação de profissionais, por 180 dias.

“Estamos vivenciando um aumento na gravidade dos casos, especialmente entre as crianças. Por isso, nossas ações estão voltadas para abertura de leitos pediátricos e reforço do atendimento infantil”, afirmou o subsecretário municipal de Atenção à Saúde, André Menezes.

 

Antes disso, a cidade já vinha reforçando a rede de urgência. Na sexta-feira (25/4), o Hospital Odilon Behrens, na Região Noroeste da cidade, ganhou dez novos leitos pediátricos.

A promessa de dobrar essa capacidade, feita na ocasião pela Prefeitura de Belo Horizonte, por nota, foi cumprida nos dias seguintes. Outros dez leitos também foram disponibilizados no Hospital da Baleia, como parte do Plano de Enfrentamento das Doenças Respiratórias, que é ativado de forma gradativa, conforme o avanço dos casos e a pressão sobre o sistema de saúde.