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string(2851) "Se o governador Zema conseguir vender a Cemig, o que não será fácil politicamente, já se sabe quem serão os próximos donos da estatal: os chineses. Quando o assunto é aquisição de empresas de energia elétrica ou investimentos no ramo, eles não medem esforços para abrir o bolso. Ao menos em Minas, seis milhões de mineiros já utilizam a eletricidade produzida pelos asiáticos. Isso mostra o quão ‘achinesado’ está se tornando o estado, assim como o Brasil.
Em 2017 o governo federal leiloou quatro usinas. Entre elas a de São Simão, maior de Minas, que pertencia à Cemig. Hoje a usina pertence à chinesa State Power Investment (SPIC). A empresa realizou em 2017 investimentos da ordem de R$ 63 bilhões de reais. O equivalente a todas as receitas de impostos do Estado. Hoje, praticamente todas as maiores distribuidoras de energia do país estão no colo dos chineses.
Este ano outra chinesa, State Grid, pretende desembolsar cerca de R$ 9 bilhões. Ela já possui 11 mil quilômetros de linhas de transmissão de energia. Em linha reta, a extensão poderia ir de Cuba à Belo Horizonte. Recentemente, outra empresa chinesa, a CTG, pagou R$ 14 bilhões em um leilão por uma usina de São Paulo e outra no Paraná. Os competidores do certame ficaram surpresos com a rapidez com que os asiáticos arranjaram a grana, paga à vista ao governo federal.
Os grupos já instalados no país acompanham com atenção a política mineira e as discussões sobre a privatização da Cemig, prioridade do governo Zema. Por enquanto, apenas a CPFL, subsidiária de uma estatal chinesa, manifestou interesse. O que mais atrai os asiáticos é a distribuição e geração de eletricidade. Nos últimos tempos, os investimentos se concentram na geração de energia renovável, principalmente a solar. Tal como a State Grid, praticamente todas as companhias chinesas pertencem ao governo do país. Daí, o saco sem fundo que parece ser o bolso dos chineses: por serem estatais, as empresas têm direito a empréstimos em bancos públicos da China a custo baixo.
Agora vejam só a ironia: o discurso de que a iniciativa privada é melhor de gestão do que o Estado não cabe na Cemig. Afinal, ela sairia das mãos de um Estado e engrandeceria outro, o chinês.
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Em 2017 o governo federal leiloou quatro usinas. Entre elas a de São Simão, maior de Minas, que pertencia à Cemig. Hoje a usina pertence à chinesa State Power Investment (SPIC). A empresa realizou em 2017 investimentos da ordem de R$ 63 bilhões de reais. O equivalente a todas as receitas de impostos do Estado. Hoje, praticamente todas as maiores distribuidoras de energia do país estão no colo dos chineses.
Este ano outra chinesa, State Grid, pretende desembolsar cerca de R$ 9 bilhões. Ela já possui 11 mil quilômetros de linhas de transmissão de energia. Em linha reta, a extensão poderia ir de Cuba à Belo Horizonte. Recentemente, outra empresa chinesa, a CTG, pagou R$ 14 bilhões em um leilão por uma usina de São Paulo e outra no Paraná. Os competidores do certame ficaram surpresos com a rapidez com que os asiáticos arranjaram a grana, paga à vista ao governo federal.
Os grupos já instalados no país acompanham com atenção a política mineira e as discussões sobre a privatização da Cemig, prioridade do governo Zema. Por enquanto, apenas a CPFL, subsidiária de uma estatal chinesa, manifestou interesse. O que mais atrai os asiáticos é a distribuição e geração de eletricidade. Nos últimos tempos, os investimentos se concentram na geração de energia renovável, principalmente a solar. Tal como a State Grid, praticamente todas as companhias chinesas pertencem ao governo do país. Daí, o saco sem fundo que parece ser o bolso dos chineses: por serem estatais, as empresas têm direito a empréstimos em bancos públicos da China a custo baixo.
Agora vejam só a ironia: o discurso de que a iniciativa privada é melhor de gestão do que o Estado não cabe na Cemig. Afinal, ela sairia das mãos de um Estado e engrandeceria outro, o chinês.