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string(98) "Prefeitura ignora plantação de pequis e avança em construção de moradias populares no Castelo"
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A Prefeitura de Belo Horizonte assinou, nesta quarta-feira (29), contratos com a Caixa Econômica Federal para a construção de dois novos residenciais do Minha Casa Minha Vida no bairro Castelo, na região da Pampulha. O projeto tem gerado resistência por parte dos moradores que, em tentativa de barrar o projeto, chegaram a plantar árvores protegidas pela legislação ambiental, como pequis, nas áreas de mata destinadas à construção das unidades habitacionais.
Conforme informações da prefeitura, 384 moradias populares serão construídas no Castelo, sendo 200 unidades habitacionais no Residencial Conceição Augsten, na Rua Conceição Augsten, esquina com Rua Desembargador José Burnier. Outros 184 apartamentos no Residencial Comendador Wigg II, situado na Rua Castelo da Beira, esquina com Rua Castelo Setúbal.
O município prevê um investimento de cerca de R$ 16,4 milhões para realizar a infraestrutura interna e externa aos condomínios, além de cerda de R$ 65,3 milhões fornecidos pelo governo federal, que equivalem a R$ 170 mil por unidade habitacional. Segundo informado pela prefeitura, os imóveis construídos no Castelo serão destinados a famílias com renda de até cerca de R$ 2,8 mil.
Projeto incomoda moradores
Na tentativa de evitar que a Prefeitura de Belo Horizonte construa moradias populares nas áreas de mata do bairro, um grupo de moradores decidiu plantar nos terrenos dezenas de mudas de árvores protegidas pela legislação ambiental. Cultivadas desde o início de junho de 2024, as espécies escolhidas foram pequi, palmeira-imperial e ipê-amarelo. Segundo a lei, nenhuma delas pode ser arrancada após o prazo de seis meses do plantio.
Moradores argumentam que a construção de novas moradias eliminaria uma das poucas áreas verdes do bairro, além de adensar uma região que já carece de diversos serviços. Apesar disso, durante a assinatura do contrato, o prefeito em exercício, Álvaro Damião (União Brasil), amenizou a situação e alegou já ter dialogado com a população do bairro.
"Quando a pessoa fica sabendo que vai ser construída construído três conjuntos habitacionais, 500 casas aproximadamente no bairro onde ela mora, ela quer saber como que vai ser a infraestrutura para receber tudo isso. A gente deixou bem claro para todos os moradores, para toda a região, que toda a infraestrutura necessária será fornecida pela prefeitura, a que tem hoje será mantida e melhorada muito mais para poder receber todas essas casas", declarou o vice de Fuad Noman (PSD).
Os moradores, no entanto, afirmam que a prefeitura "nunca entrou em contato e sempre desrespeitou" as vontades do grupo. Mary Camargos, moradora do bairro há 22 anos e uma das líderes do movimento contrário à construção das moradias populares, negou que a situação seja motivada por uma forma de preconceito social ou rejeição às pessoas de baixa renda que serão atendidas pelo projeto.
"A luta dos moradores do Castelo, há mais de 12 anos, tem por motivação garantir que as últimas áreas públicas do bairro tenham as destinações que foram previstas e acordadas há mais de 30 anos e alteradas de forma ilegal. Quando os imóveis do bairro foram adquiridos, previa-se, com o devido amparo contratual e legal, a implantação de equipamentos públicos destinados ao atendimento das necessidades socioambientais dos moradores", declarou à reportagem de OTEMPO.
"Não se trata de um preconceito social, tal como tentam equivocadamente imputar ao movimento. Trata-se apenas de garantir que o bairro possa atender as necessidades recreativas, de convívio e ambientais de suas crianças, jovens, adultos e idosos. Necessidades que vêm sendo, ao longo dos últimos 30 anos, negligenciadas pelo Executivo Municipal, e que através dos Projetos Habitacionais da Urbel serão definitivamente desatendidas, o que irá comprometer o convívio social, o lazer e a qualidade de vida no bairro", afirmou.
Com informações de Mariana Cavalcanti.
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O município prevê um investimento de cerca de R$ 16,4 milhões para realizar a infraestrutura interna e externa aos condomínios, além de cerda de R$ 65,3 milhões fornecidos pelo governo federal, que equivalem a R$ 170 mil por unidade habitacional. Segundo informado pela prefeitura, os imóveis construídos no Castelo serão destinados a famílias com renda de até cerca de R$ 2,8 mil.
Projeto incomoda moradores
Na tentativa de evitar que a Prefeitura de Belo Horizonte construa moradias populares nas áreas de mata do bairro, um grupo de moradores decidiu plantar nos terrenos dezenas de mudas de árvores protegidas pela legislação ambiental. Cultivadas desde o início de junho de 2024, as espécies escolhidas foram pequi, palmeira-imperial e ipê-amarelo. Segundo a lei, nenhuma delas pode ser arrancada após o prazo de seis meses do plantio.
Moradores argumentam que a construção de novas moradias eliminaria uma das poucas áreas verdes do bairro, além de adensar uma região que já carece de diversos serviços. Apesar disso, durante a assinatura do contrato, o prefeito em exercício, Álvaro Damião (União Brasil), amenizou a situação e alegou já ter dialogado com a população do bairro.
"Quando a pessoa fica sabendo que vai ser construída construído três conjuntos habitacionais, 500 casas aproximadamente no bairro onde ela mora, ela quer saber como que vai ser a infraestrutura para receber tudo isso. A gente deixou bem claro para todos os moradores, para toda a região, que toda a infraestrutura necessária será fornecida pela prefeitura, a que tem hoje será mantida e melhorada muito mais para poder receber todas essas casas", declarou o vice de Fuad Noman (PSD).
Os moradores, no entanto, afirmam que a prefeitura "nunca entrou em contato e sempre desrespeitou" as vontades do grupo. Mary Camargos, moradora do bairro há 22 anos e uma das líderes do movimento contrário à construção das moradias populares, negou que a situação seja motivada por uma forma de preconceito social ou rejeição às pessoas de baixa renda que serão atendidas pelo projeto.
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Com informações de Mariana Cavalcanti.