Os municípios mineradores do Estado também subiram o tom, nos últimos dias, no debate sobre a forma com que os R$ 11,06 bilhões do acordo com a Vale devem ser usados. Segundo José Fernando de Oliveira, presidente da Associação que congrega esses municípios (Amig), tais cidades deveriam ter sido ouvidas na construção do acordo e agora, novamente, estariam sendo deixadas de lado. 


“Esses recursos são provenientes de atividades que a Vale tem em nossos municípios e nem sequer fomos consultados sobre quais são as necessidades das localidades”, disse José Fernando, que tem participado de conversas com o Executivo e deputados sobre o tema.


Para José Fernando de Oliveira, presidente da Amig, recursos são provenientes de atividades que a Vale tem em municípios que sequer foram consultados sobre suas reais necessidades
Para ele, o Estado está perdendo a oportunidade de planejar o futuro dos municípios mineradores após o fim de tais atividades, ao não discutir a diversificação econômica dessas cidades para que Minas não sofra com a “maldição do minério”. 

“As jazidas de Itabira se esgotam em 2031 e, daí para frente, o que vai acontecer? Temos que criar novas alternativas para uma atividade que explora um bem natural não renovável. Não podemos perder essa chance”, garante José Fernando, prefeito de Conceição do Mato Dentro.