Nunca se consumiu tanto etanol como agora. No ano passado, as vendas chegaram perto de 2,5 bilhões de litros em Minas Gerais, um crescimento de 70% em relação aos 1,46 bilhão de litros vendidos em 2017. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), é o maior volume comercializado em toda a série histórica, há 20 anos. “Estamos caminhando para um novo recorde neste ano. Só no primeiro semestre, as vendas já cresceram 52% em relação ao mesmo período de 2018. Há expectativa de atingirmos 3 bilhões de litros, mas, de todo jeito, mais do que os 2,5 bilhões do ano passado já é algo garantido”, afirma o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos.
Segundo ele, o crescimento é resultado da combinação da abertura do mercado da gasolina com a chegada de empresas estrangeiras de combustíveis no Brasil, mais a competitividade do preço do etanol. “Antes, a variação do preço do etanol só dependia da safra da cana. Agora, tem influência da variação da gasolina pelo petróleo e pelo câmbio”, avalia.
A queda do preço também faz parte do conjunto de explicações para o aumento do consumo do etanol. “Há tempos o litro do etanol tem ficado abaixo de 70% do valor da gasolina. No ano passado, chegamos a atingir menos de 60%, agora o etanol tem ficado perto de 65% do custo da gasolina”, explica Campos. Segundo levantamento da ANP, enquanto o etanol bate recorde, a gasolina está com o menor nível de consumo dos últimos dez anos.
De acordo com o presidente da Siamig, o aquecimento tem estimulado a indústria a investir. “A safra de cana vai ser parecida com a do ano passado, mas as usinas têm muita flexibilidade e estão investindo no aumento da capacidade de moagem. Por isso, a produção do etanol tem ficado maior”, explica.
O bom momento já está incentivando os investimentos não só no setor sucroenergético, como em toda a cadeia. “Com maior produção, as transportadoras também tiveram que aumentar a capacidade”, destaca. De 2010 a 2017, 11 usinas foram fechadas ou paralisaram a produção em Minas, provocando o corte de 8.000 empregos. Duas delas já estão plantando cana para voltar a operar a partir do ano que vem. Juntas, vão reativar 2.000 empregos.
Em MG, 64% da cana vai virar álcool
Minas Gerais espera 65 milhões de toneladas de cana para este ano. Desse total, 64% vão para a produção de etanol, que registra a maior participação na safra de toda a história do combustível. Os 36% restantes serão usados para produzir açúcar. Localizada em Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, a Bioenergética Aroeira está dedicando 80% da moagem para o etanol. “Há dois anos, era meio a meio. Mas, diante do aumento da demanda e da remuneração do etanol, decidimos aumentar”, explica o diretor-presidente da usina, Gabriel Feres Junqueira.
Segundo o empresário, cada tonelada de açúcar que ele deixa de fazer para produzir álcool garante um rendimento 20% maior. “No ano passado, essa remuneração já era 15% maior, agora melhorou ainda mais”, explica. “Em um ano, enquanto o preço médio da tonelada do açúcar tipo exportação ficou estável em R$ 1.050, o do litro do álcool subiu de R$ 1,95 para R$ 2,10”, compara o empresário que, neste ano, elevou a moagem de 1,5 milhão de toneladas para 2,2 milhões de toneladas. “Com esse investimento, geramos 200 empregos diretos, e agora temos 900 empregados”, diz.
Preço vantajoso faz etanol bater recorde de consumo em Minas
Vendas do produto cresceram 70% no ano passado e avançaram 52% no 1º semestre de 2019
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Nunca se consumiu tanto etanol como agora. No ano passado, as vendas chegaram perto de 2,5 bilhões de litros em Minas Gerais, um crescimento de 70% em relação aos 1,46 bilhão de litros vendidos em 2017. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), é o maior volume comercializado em toda a série histórica, há 20 anos. “Estamos caminhando para um novo recorde neste ano. Só no primeiro semestre, as vendas já cresceram 52% em relação ao mesmo período de 2018. Há expectativa de atingirmos 3 bilhões de litros, mas, de todo jeito, mais do que os 2,5 bilhões do ano passado já é algo garantido”, afirma o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos.
Segundo ele, o crescimento é resultado da combinação da abertura do mercado da gasolina com a chegada de empresas estrangeiras de combustíveis no Brasil, mais a competitividade do preço do etanol. “Antes, a variação do preço do etanol só dependia da safra da cana. Agora, tem influência da variação da gasolina pelo petróleo e pelo câmbio”, avalia.
A queda do preço também faz parte do conjunto de explicações para o aumento do consumo do etanol. “Há tempos o litro do etanol tem ficado abaixo de 70% do valor da gasolina. No ano passado, chegamos a atingir menos de 60%, agora o etanol tem ficado perto de 65% do custo da gasolina”, explica Campos. Segundo levantamento da ANP, enquanto o etanol bate recorde, a gasolina está com o menor nível de consumo dos últimos dez anos.
De acordo com o presidente da Siamig, o aquecimento tem estimulado a indústria a investir. “A safra de cana vai ser parecida com a do ano passado, mas as usinas têm muita flexibilidade e estão investindo no aumento da capacidade de moagem. Por isso, a produção do etanol tem ficado maior”, explica.
O bom momento já está incentivando os investimentos não só no setor sucroenergético, como em toda a cadeia. “Com maior produção, as transportadoras também tiveram que aumentar a capacidade”, destaca. De 2010 a 2017, 11 usinas foram fechadas ou paralisaram a produção em Minas, provocando o corte de 8.000 empregos. Duas delas já estão plantando cana para voltar a operar a partir do ano que vem. Juntas, vão reativar 2.000 empregos.
Em MG, 64% da cana vai virar álcool
Minas Gerais espera 65 milhões de toneladas de cana para este ano. Desse total, 64% vão para a produção de etanol, que registra a maior participação na safra de toda a história do combustível. Os 36% restantes serão usados para produzir açúcar. Localizada em Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, a Bioenergética Aroeira está dedicando 80% da moagem para o etanol. “Há dois anos, era meio a meio. Mas, diante do aumento da demanda e da remuneração do etanol, decidimos aumentar”, explica o diretor-presidente da usina, Gabriel Feres Junqueira.
Segundo o empresário, cada tonelada de açúcar que ele deixa de fazer para produzir álcool garante um rendimento 20% maior. “No ano passado, essa remuneração já era 15% maior, agora melhorou ainda mais”, explica. “Em um ano, enquanto o preço médio da tonelada do açúcar tipo exportação ficou estável em R$ 1.050, o do litro do álcool subiu de R$ 1,95 para R$ 2,10”, compara o empresário que, neste ano, elevou a moagem de 1,5 milhão de toneladas para 2,2 milhões de toneladas. “Com esse investimento, geramos 200 empregos diretos, e agora temos 900 empregados”, diz.
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