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O patrimônio cultural de Minas Gerais tem mais um motivo, neste mês de festas natalinas, para comemorar. Será devolvida à comunidade rural de Santana dos Patos, em Patos de Minas, na Região do Alto Paranaíba, a imagem da padroeira local, Santana, que os moradores católicos chamam carinhosamente de Senhora Santana. O anúncio da restituição do bem, ainda sem data prevista, foi feito no domingo (8/12), pelo coordenador das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC)/Ministério Público de Minas Gerais, Marcelo de Azevedo Maffra.
Na ocasião, Maffra e sua equipe participavam, em Sabará, na Grande BH, da entrega da imagem de São José de Botas, desaparecida havia 77 anos da Matriz Nossa Senhora da Conceição. De acordo com a CPPC/MPMG, o estado tem 1.921 bens desaparecidos, tendo sido resgatados 644 e restituídos, incluindo o São José de Botas, 135. No total de 2,7 mil cadastrados pela instituição, a maior parte (1.071) contempla documentos, seguindo-se os objetos sacros (834).
A imagem de Santana Mestra esculpida em madeira, com 82cm de altura e 47cm de largura, desapareceu do templo, distante 30 quilômetros da sede municipal, no início da década de 1980. Conforme a CPPC/MPMG, a plataforma Sondar recebeu a denúncia de que a imagem fora localizada num antiquário de Belo Horizonte. “Fizemos o contato com a recomendação de entrega do bem, e, em 2 de setembro deste ano, a peça foi devolvida na coordenadoria. Os dados extraídos de recibo apresentado mostram que a imagem de Santana foi comprada em 27 de janeiro de 1984, no Rio de Janeiro (RJ)”, explicou Maffra.
O extravio, portanto, ocorreu em data anterior a 1984. “Em conversa com os moradores do distrito de Santana de Patos, não tivemos uma data precisa do desaparecimento. Eles apenas mencionaram que se deu na década de 1980. O que coincide com as informações obtidas em pesquisa”, disse o coordenador da CPPC.
CLIMA FESTIVO
A devolução da imagem da padroeira é esperada com alegria em Santana de Patos, onde a Igreja Matriz se encontra em processo de restauração. “Recebemos com muito carinho, há alguns dias, a notícia de que a imagem de Senhora Santana foi encontrada. Temos testemunhos de algumas pessoas que sabem até como foi retirada da Igreja Matriz”, conta o monsenhor Leandro Siqueira Silva, titular da Paróquia Senhora Santana e vigário geral da Diocese de Patos de Minas.
Monsenhor Leandro informa que “o povo da localidade sempre lamentou a perda da imagem tão preciosa, e, após ser encontrada, a alegria tomou conta de todos os santanenses”. Para a maioria, acrescenta, a volta, para a Matriz, era só um “sonho”, e essa nova realidade fez com que a comunidade se enchesse de entusiasmo.”
HISTÓRIA
Em 1816, foi erguido o primeiro templo católico – uma capela particular – do povoado, atual distrito de Santana de Patos. Depois, dona Ana Soares da Encarnação doou parte de suas terras para a construção de uma capela pública dedicada a Sant'Ana, mãe da Virgem Maria e avó de Jesus, escolhida como padroeira do lugar, e por ter seu nome. Essa segunda parte da história ocorreu em 1822, ano da Independência do Brasil.
A Igreja Matriz segue o estilo artístico do barroco mineiro. Em 19 de julho de 1872, foi criada a paróquia, sendo instituída oficialmente em 8 de setembro de 1873. Luiz Ferreira da Silva foi nomeado o primeiro vigário. Atualmente, o templo passa pelo processo de restauração liderado por monsenhor Leandro Siqueira.
Devido a problemas estruturais, a matriz ficou fechada durante 10 anos. Em 2023, foi concluída a primeira fase, com reforço dos pilares, reparos no telhado e reorganização completa da parte elétrica. A iniciativa se tornou possível graças à parceria entre a Prefeitura de Patos de Minas e a comunidade.
Neste ano, iniciou-se a segunda etapa da restauração, que pode ser chamada de “fase artística” da obra, segundo monsenhor Leandro. Os trabalhos começaram pela parte externa, com a recuperação dos beirais e janelas, e também pelo forro de madeira da parte interna.
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Na ocasião, Maffra e sua equipe participavam, em Sabará, na Grande BH, da entrega da imagem de São José de Botas, desaparecida havia 77 anos da Matriz Nossa Senhora da Conceição. De acordo com a CPPC/MPMG, o estado tem 1.921 bens desaparecidos, tendo sido resgatados 644 e restituídos, incluindo o São José de Botas, 135. No total de 2,7 mil cadastrados pela instituição, a maior parte (1.071) contempla documentos, seguindo-se os objetos sacros (834).
A imagem de Santana Mestra esculpida em madeira, com 82cm de altura e 47cm de largura, desapareceu do templo, distante 30 quilômetros da sede municipal, no início da década de 1980. Conforme a CPPC/MPMG, a plataforma Sondar recebeu a denúncia de que a imagem fora localizada num antiquário de Belo Horizonte. “Fizemos o contato com a recomendação de entrega do bem, e, em 2 de setembro deste ano, a peça foi devolvida na coordenadoria. Os dados extraídos de recibo apresentado mostram que a imagem de Santana foi comprada em 27 de janeiro de 1984, no Rio de Janeiro (RJ)”, explicou Maffra.
O extravio, portanto, ocorreu em data anterior a 1984. “Em conversa com os moradores do distrito de Santana de Patos, não tivemos uma data precisa do desaparecimento. Eles apenas mencionaram que se deu na década de 1980. O que coincide com as informações obtidas em pesquisa”, disse o coordenador da CPPC.
CLIMA FESTIVO
A devolução da imagem da padroeira é esperada com alegria em Santana de Patos, onde a Igreja Matriz se encontra em processo de restauração. “Recebemos com muito carinho, há alguns dias, a notícia de que a imagem de Senhora Santana foi encontrada. Temos testemunhos de algumas pessoas que sabem até como foi retirada da Igreja Matriz”, conta o monsenhor Leandro Siqueira Silva, titular da Paróquia Senhora Santana e vigário geral da Diocese de Patos de Minas.
Monsenhor Leandro informa que “o povo da localidade sempre lamentou a perda da imagem tão preciosa, e, após ser encontrada, a alegria tomou conta de todos os santanenses”. Para a maioria, acrescenta, a volta, para a Matriz, era só um “sonho”, e essa nova realidade fez com que a comunidade se enchesse de entusiasmo.”
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Em 1816, foi erguido o primeiro templo católico – uma capela particular – do povoado, atual distrito de Santana de Patos. Depois, dona Ana Soares da Encarnação doou parte de suas terras para a construção de uma capela pública dedicada a Sant'Ana, mãe da Virgem Maria e avó de Jesus, escolhida como padroeira do lugar, e por ter seu nome. Essa segunda parte da história ocorreu em 1822, ano da Independência do Brasil.
A Igreja Matriz segue o estilo artístico do barroco mineiro. Em 19 de julho de 1872, foi criada a paróquia, sendo instituída oficialmente em 8 de setembro de 1873. Luiz Ferreira da Silva foi nomeado o primeiro vigário. Atualmente, o templo passa pelo processo de restauração liderado por monsenhor Leandro Siqueira.
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