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Localizado em um cenário onde o natural e o histórico-cultural se abraçam, o Parque Estadual do Biribiri é uma das verdadeiras joias da histórica Diamantina, Patrimônio Cultural da Humanidade, rica em belezas e pela agenda cultural que atrai muitos turistas à região.
Unidade de Conservação mantida pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Parque do Biribiri está na porção central da Serra do Espinhaço, região que foi reconhecida como Reserva da Biosfera pela Unesco, e faz parte da composição de paisagens surpreendentes, que são entremeadas por cidades históricas e vilarejos.
Inserido no bioma do Cerrado, o Parque Estadual do Biribiri conta com quase 17 mil hectares que abrigam uma grande riqueza de espécies da flora e da fauna, muitas delas consideradas ameaçadas de extinção e raras, como o lobo-guará, sussuarana, veado, sempre-vivas, orquídeas, bromélias, canelas-de-ema, entre outras.
Nos locais de afloramento rochoso, com altitude acima dos 900 metros em relação ao nível do mar, há ocorrência da fitofisionomia de campos rupestres que se destacam, por exemplo, pela ocorrência marcante de sempre-vivas e canelas-de-ema.
O espaço também conta com atrativos naturais e histórico-culturais, como trilhas, cachoeiras, piscinas naturais, corredeiras, mirantes, lapas e pinturas rupestres que se confundem com a história do Brasil.
Público
Tudo isso faz do Biribiri um dos parques mais visitados de Minas Gerais, sendo o quarto mais procurado entre 2019 e 2021, de acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Cerca de 70 mil pessoas, anualmente, se encantam com as belezas da região, sendo que 40% desse número são naturais de Diamantina, demonstrando a importância da Unidade de Conservação para a cidade. “O principal atrativo natural de Diamantina é Biribiri. Cerca de 40% dos visitantes do parque são da cidade. Ele é fundamental para o bem-estar da população local”, afirma o gerente da Unidade de Conservação, Rodrigo Zeller.
A visitação ao Parque Estadual do Biribiri ocorre diariamente, inclusive feriados, das 8h às 17h. A entrada é gratuita. As orientações de visitação à Unidade de Conservação podem ser conferidas por meio do link.
Cachoeiras, trilhas e mirantes
Evandro Rodney / Divulgação
No parque, é possível realizar trilhas curtas, como para a cachoeira da Sentinela e dos Cristais, que são as mais frequentadas e onde, anualmente, milhares de turistas se refrescam e renovam suas energias. E também caminhadas em trilhas de longo percurso, como o belíssimo caminho dos Escravos (leia mais abaixo), que se estende por cerca de 20 quilômetros entre a cidade de Diamantina e o distrito de Mendanha, onde o visitante conhece um patrimônio histórico fascinante e ainda aproveita as belezas das cachoeiras da região. Ao todo, são 100 quilômetros de trilhas consolidadas.
Há, ainda, o poço do Estudante e a Água Limpa, que possuem fácil acesso. As outras cachoeiras envolvem caminhadas com duração variável, como a cachoeira do Braço Seco, do Mocotó, o poço Verde, do Pai Rocha, do Vô Toninho, do Soter e da Biquinha.
O parque também possui uma exuberante beleza cênica que pode ser apreciada em alguns mirantes, tais como o mirante da Cruzinha e o mirante do Guinda, ambos de fácil acesso. Do mirante da Casa dos Ventos é possível apreciar uma linda vista. No entanto, o acesso a este mirante é restrito, sendo necessário o acompanhamento de funcionários do parque.
Cultura
Para quem não abre mão de visitar pontos históricos, o Caminho dos Escravos é o principal local. São 20 quilômetros de extensão - sendo 17 quilômetros no interior do parque - que fazem parte de um trecho da Estrada Real, construída no início do Século XIX. A lapa com pinturas rupestres, próxima à cachoeira da Sentinela, também é bastante procurada pelos turistas.
O parque também conta com o cemitério dos Escravos, a lapa dos Fornos, a lapa dos Desenhos e uma lapa com várias pinturas rupestres próximas ao Rio Jequitinhonha, além de muros antigos de pedras colocadas. Pelo conjunto, esses locais revelam a história recente de ocupação nas serras para atividades de garimpo, caça, pecuária extensiva, extrativismo, além de belíssimas pinturas rupestres.
Esportes radicais
O Biribiri também se transformou em um dos principais palcos de esportes radicais de Minas. O parque já acolheu 12 eventos de esporte de aventura, sendo sete de mountain bike e cinco de corrida de aventura. Juntos, os eventos já levaram mais de 7 mil atletas à Unidade de Conservação. Somente no evento de mountain bike Sertão Diamante, que ocorre na região desde 2016, cerca de 1,4 mil atletas marcaram presença na edição de 2022. Outras 400 pessoas compareceram no ano passado para a corrida de aventura Espinhaço Extreme.
Plano de Manejo
Atualmente, o Plano de Manejo do Parque Estadual do Biribiri está em revisão. O documento fundamenta o zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais do parque, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade.
Trata-se de um processo participativo, cuja oficina será realizada no fim de março com 30 pessoas, entre comunidades do entorno, academia, órgãos públicos, empreendedores, entre outros. “Não foi contratada uma consultoria para fazer. É o IEF que está fazendo com a própria equipe, somando esforços”, disse Rodrigo Zeller.
A revisão do Plano de Manejo tem o apoio do Projeto Copaíbas, que é fruto de acordo com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), com recursos da Agência Norueguesa para Desenvolvimento e Cooperação, por meio do Ministério das Relações Exteriores da Noruega, que busca proteger comunidades tradicionais, povos indígenas e áreas protegidas nos biomas Amazônia e Cerrado.
Prevenção
Outra demanda que a gerência do parque começará a trabalhar em abril é o manejo do fogo. A prática envolve o uso intencional de fogo para manejo de vegetação, nativa ou exótica, abrangendo técnicas de aceiro negro, de fogo de supressão ou equivalentes, para reduzir a ocorrência ou a severidade dos incêndios florestais e combatê-los, quando em propagação.
“Temos buscado parcerias com pesquisadores para que entendamos melhor como usar o fogo para a proteção da biodiversidade e quais as melhores técnicas”, salienta o gerente da Unidade de Conservação.
Educação ambiental e pesquisas
O Biribiri conta, ainda, com uma agenda intensa de ações de educação ambiental, que já envolveu mais de 75,5 mil pessoas. O principal destaque é o projeto educativo desenvolvido nos carnavais, quando há um acréscimo expressivo de visitantes.
Outra demanda similar, atendida pelo escritório local do IEF, é pela realização de palestras sobre o parque e unidades de conservação em geral, sobretudo em escolas da região.
Além disso, o Biribiri é uma das referências no que diz respeito a pesquisas de campo. Ao todo, 18 instituições de pesquisa de cinco diferentes estados brasileiros já tiveram projetos desenvolvidos no parque.
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Unidade de Conservação mantida pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Parque do Biribiri está na porção central da Serra do Espinhaço, região que foi reconhecida como Reserva da Biosfera pela Unesco, e faz parte da composição de paisagens surpreendentes, que são entremeadas por cidades históricas e vilarejos.
Inserido no bioma do Cerrado, o Parque Estadual do Biribiri conta com quase 17 mil hectares que abrigam uma grande riqueza de espécies da flora e da fauna, muitas delas consideradas ameaçadas de extinção e raras, como o lobo-guará, sussuarana, veado, sempre-vivas, orquídeas, bromélias, canelas-de-ema, entre outras.
Nos locais de afloramento rochoso, com altitude acima dos 900 metros em relação ao nível do mar, há ocorrência da fitofisionomia de campos rupestres que se destacam, por exemplo, pela ocorrência marcante de sempre-vivas e canelas-de-ema.
O espaço também conta com atrativos naturais e histórico-culturais, como trilhas, cachoeiras, piscinas naturais, corredeiras, mirantes, lapas e pinturas rupestres que se confundem com a história do Brasil.
Público
Tudo isso faz do Biribiri um dos parques mais visitados de Minas Gerais, sendo o quarto mais procurado entre 2019 e 2021, de acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Cerca de 70 mil pessoas, anualmente, se encantam com as belezas da região, sendo que 40% desse número são naturais de Diamantina, demonstrando a importância da Unidade de Conservação para a cidade. “O principal atrativo natural de Diamantina é Biribiri. Cerca de 40% dos visitantes do parque são da cidade. Ele é fundamental para o bem-estar da população local”, afirma o gerente da Unidade de Conservação, Rodrigo Zeller.
A visitação ao Parque Estadual do Biribiri ocorre diariamente, inclusive feriados, das 8h às 17h. A entrada é gratuita. As orientações de visitação à Unidade de Conservação podem ser conferidas por meio do link.
Cachoeiras, trilhas e mirantes
Evandro Rodney / Divulgação
No parque, é possível realizar trilhas curtas, como para a cachoeira da Sentinela e dos Cristais, que são as mais frequentadas e onde, anualmente, milhares de turistas se refrescam e renovam suas energias. E também caminhadas em trilhas de longo percurso, como o belíssimo caminho dos Escravos (leia mais abaixo), que se estende por cerca de 20 quilômetros entre a cidade de Diamantina e o distrito de Mendanha, onde o visitante conhece um patrimônio histórico fascinante e ainda aproveita as belezas das cachoeiras da região. Ao todo, são 100 quilômetros de trilhas consolidadas.
Há, ainda, o poço do Estudante e a Água Limpa, que possuem fácil acesso. As outras cachoeiras envolvem caminhadas com duração variável, como a cachoeira do Braço Seco, do Mocotó, o poço Verde, do Pai Rocha, do Vô Toninho, do Soter e da Biquinha.
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Cultura
Para quem não abre mão de visitar pontos históricos, o Caminho dos Escravos é o principal local. São 20 quilômetros de extensão - sendo 17 quilômetros no interior do parque - que fazem parte de um trecho da Estrada Real, construída no início do Século XIX. A lapa com pinturas rupestres, próxima à cachoeira da Sentinela, também é bastante procurada pelos turistas.
O parque também conta com o cemitério dos Escravos, a lapa dos Fornos, a lapa dos Desenhos e uma lapa com várias pinturas rupestres próximas ao Rio Jequitinhonha, além de muros antigos de pedras colocadas. Pelo conjunto, esses locais revelam a história recente de ocupação nas serras para atividades de garimpo, caça, pecuária extensiva, extrativismo, além de belíssimas pinturas rupestres.
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O Biribiri também se transformou em um dos principais palcos de esportes radicais de Minas. O parque já acolheu 12 eventos de esporte de aventura, sendo sete de mountain bike e cinco de corrida de aventura. Juntos, os eventos já levaram mais de 7 mil atletas à Unidade de Conservação. Somente no evento de mountain bike Sertão Diamante, que ocorre na região desde 2016, cerca de 1,4 mil atletas marcaram presença na edição de 2022. Outras 400 pessoas compareceram no ano passado para a corrida de aventura Espinhaço Extreme.
Plano de Manejo
Atualmente, o Plano de Manejo do Parque Estadual do Biribiri está em revisão. O documento fundamenta o zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais do parque, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade.
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“Temos buscado parcerias com pesquisadores para que entendamos melhor como usar o fogo para a proteção da biodiversidade e quais as melhores técnicas”, salienta o gerente da Unidade de Conservação.
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O Biribiri conta, ainda, com uma agenda intensa de ações de educação ambiental, que já envolveu mais de 75,5 mil pessoas. O principal destaque é o projeto educativo desenvolvido nos carnavais, quando há um acréscimo expressivo de visitantes.
Outra demanda similar, atendida pelo escritório local do IEF, é pela realização de palestras sobre o parque e unidades de conservação em geral, sobretudo em escolas da região.
Além disso, o Biribiri é uma das referências no que diz respeito a pesquisas de campo. Ao todo, 18 instituições de pesquisa de cinco diferentes estados brasileiros já tiveram projetos desenvolvidos no parque.