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A sexta-feira (20) amanheceu com cara de domingo em Belo Horizonte. No dia em que passa a valer a determinação do prefeito Alexandre Kalil (PSD) que fecha locais com possibilidade de aglomeração para evitar a propagação do coronavírus em BH, o trânsito em horários que normalmente eram de pico estava tranquilo e comércios de portas fechadas.
Nos ônibus, que já circulam em escala reduzida, todos os passageiros estavam sentados mesmo no horário de pico. Os pontos e estações da avenida Cristiano Machado, na altura do bairro Silveira, região Nordeste de Belo Horizonte, estavam vazios.
Thais Abreu, de 21 anos, trabalha em um supermercado no bairro Colégio Batista, região Leste da capital, e contou que mesmo com a sexta atípica, teve dificuldades para chegar ao trabalho. "O ônibus estava um pouco mais vazio, mas por causa do horário de férias, foi bastante burocrático, reduziram os ônibus da estação São Gabriel sem aviso prévio".
Para o supermercado em que trabalha, no entanto, ela espera que a movimentação seja diferente da vista nas ruas. "Já percebi que a rua está mais vazia, mas a loja está muito cheia porque as pessoas estão fazendo estoque, mas assim que eles encherem as dispensas, acho que vão ficar de quarentena em casa mesmo porque a coisa é séria", especula.
Ena Lúcia, auxiliar de serviços gerais em uma empresa no centro, contou que foi bem mais tranquilo chegar ao local de trabalho. "O ônibus estava bem vazio, todos sentados e o trânsito para chegar também foi muito tranquilo".
Comércios fechados
O shopping Cidade, no centro, estava com grades nas entradas para impedir a passagem de pessoas. Algumas lanchonetes, incluídas no decreto do prefeito como proibidas de receber clientes, estão abrindo somente os balcões para que os consumidores peguem os produtos e levem para comer fora.
Marcos Inneco, dono de uma loja de colchões no centro, uma das únicas abertas na rua dos Goitacazes, acredita que os comerciantes estão em dúvida sobre as regras para abertura das lojas. "O que é proibido são locais de aglomeração, mas em comércios de baixo fluxo, como aqui, não tem essa restrição, acredito que vão esperar até segunda pra ter um posicionamento melhor", disse.
Menos ocorrências
O posto policial no meio da Praça Sete já registra menos ocorrências desde quarta-feira (18).
Conforme contou o sargento Victor Alves, o menor fluxo de pessoas contribuiu para a diminuição da criminalidade. "Com os comércios fechados, só estão vindo os trabalhadores mesmo de empresas que não podem fechar", disse.
Decreto
Na útlima quarta-feira (18), em uma edição extra do Diário Oficial do Município, o prefeito Alexandre Kalil determinou a suspensão do funcionamento de vários estabelecimentos a partir desta sexta-feira (20).
O decreto proíbe o funcionamento de bares, restaurantes, centros de comércio, shoppings, academias e parques, entre outros. Veja a lista completa aqui. O serviço de entrega em domicílio de alimentos prontos e embalados está permitido.
O funcionamento de farmácias, supermercados, laboratórios, clínicas, hospitais e demais serviços de saúde segue normalmente. Também é permitido realizar trabalhos de manutenção em estabelecimentos, desde que respeitada a escala mínima de funcionários.
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Kalil determinou o fechamento de parte do comércio para evitar a propagação do coronavírus na capital mineira
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Thais Abreu, de 21 anos, trabalha em um supermercado no bairro Colégio Batista, região Leste da capital, e contou que mesmo com a sexta atípica, teve dificuldades para chegar ao trabalho. "O ônibus estava um pouco mais vazio, mas por causa do horário de férias, foi bastante burocrático, reduziram os ônibus da estação São Gabriel sem aviso prévio".
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Menos ocorrências
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