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Um comportamento sem embasamento científico, segundo especialistas, põe em risco a campanha de imunização contra a Covid na capital mineira. É cada vez mais comum as pessoas chegarem aos postos à procura de determinada marca de vacina. Quando não encontram, desistem de tomar a dose disponível e voltam para a casa sem se imunizar.
Atendente de um posto de saúde de BH que não quis dar entrevista mas conversou com O Tempo informalmente contou um pouco sobre essa postura. “Um senhor que disse ter dupla nacionalidade falou que só iria se vacinar com determinada marca. Como não tínhamos essa, ele disse que ia chamar seu advogado. Fez algumas ligações e foi embora sem tomar a vacina. Uma senhora argumentou que, nos locais que ela frequenta, as pessoas não se vacinavam com a marca da China. Enfim, são justificativas irracionais”, conclui.
O empresário Rodrigo Magalhães, 49, por pouco não entra para o grupo de quem escolhe vacina. Na sexta-feira (2), ele tentou encontrar determinada opção em três postos, sem sucesso. Voltou no sábado (3) e foi informado que a vacina da Jansen estava destinada, no momento, à população de rua. “Viajo muito para a China e com a Coronavac não iria tomar. Mas agora achei Pfizer, que é uma marca boa e considero acertada esse direcionamento da Jansen, porque, para os moradores de rua, sem dúvida, é mais difícil ir para o hospital caso ocorra um efeito colateral e é mais complicado também para o poder público controlar a segunda dose desse grupo”, justifica.
O analista do Ministério Público Alexandre Ker, 44, foi imunizado anteriormente, por fazer parte do grupo de pessoas com deficiência. Mas a irmã ainda percorre os postos à procura da marca eleita. “O grupo dela por idade já foi chamado e, pelo fato de ela viajar muito para os Estados Unidos e lá terem restrição a determinadas marcas, ela continua procurando e ainda não se vacinou”, afirma. Para Rodrigo, casos específicos, como o da irmã que viaja a trabalho, deviam passar por uma triagem para serem atendidos.
A decoradora Cristine Penido, 49, discorda. “Nesse momento, com as dificuldade que enfrentamos no Brasil, é muito bom podermos nos vacinar, não importa a marca. A doença ainda é pouco conhecida e quanto mais rápido estivermos seguros, melhor”, avalia. A dona de casa Micheline Castro, 49, concorda. “O coronavírus é muito grave e não vale a pena aguardar”, opina.
'Estupidez'
O infectologista do Comitê Municipal de Combate à Covid-19, Unaí Tupinambás considera “estupidez” a atitude de escolher vacina. “Infelizmente, é uma palavra dura, mas essa posição está totalmente equivocada. Os estudos de efetividade comprovam que qualquer uma das marcas hoje disponíveis atingem nível de proteção muito grande para casos moderados e graves. Nessa espera, a doença pode te encontrar primeiro, você ter de ser hospitalizado e morrer. Os adversos são muito raros e ainda coloca toda campanha de imunização em risco”, destaca.
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Um comportamento sem embasamento científico, segundo especialistas, põe em risco a campanha de imunização contra a Covid na capital mineira. É cada vez mais comum as pessoas chegarem aos postos à procura de determinada marca de vacina. Quando não encontram, desistem de tomar a dose disponível e voltam para a casa sem se imunizar.
Atendente de um posto de saúde de BH que não quis dar entrevista mas conversou com O Tempo informalmente contou um pouco sobre essa postura. “Um senhor que disse ter dupla nacionalidade falou que só iria se vacinar com determinada marca. Como não tínhamos essa, ele disse que ia chamar seu advogado. Fez algumas ligações e foi embora sem tomar a vacina. Uma senhora argumentou que, nos locais que ela frequenta, as pessoas não se vacinavam com a marca da China. Enfim, são justificativas irracionais”, conclui.
O empresário Rodrigo Magalhães, 49, por pouco não entra para o grupo de quem escolhe vacina. Na sexta-feira (2), ele tentou encontrar determinada opção em três postos, sem sucesso. Voltou no sábado (3) e foi informado que a vacina da Jansen estava destinada, no momento, à população de rua. “Viajo muito para a China e com a Coronavac não iria tomar. Mas agora achei Pfizer, que é uma marca boa e considero acertada esse direcionamento da Jansen, porque, para os moradores de rua, sem dúvida, é mais difícil ir para o hospital caso ocorra um efeito colateral e é mais complicado também para o poder público controlar a segunda dose desse grupo”, justifica.
O analista do Ministério Público Alexandre Ker, 44, foi imunizado anteriormente, por fazer parte do grupo de pessoas com deficiência. Mas a irmã ainda percorre os postos à procura da marca eleita. “O grupo dela por idade já foi chamado e, pelo fato de ela viajar muito para os Estados Unidos e lá terem restrição a determinadas marcas, ela continua procurando e ainda não se vacinou”, afirma. Para Rodrigo, casos específicos, como o da irmã que viaja a trabalho, deviam passar por uma triagem para serem atendidos.
A decoradora Cristine Penido, 49, discorda. “Nesse momento, com as dificuldade que enfrentamos no Brasil, é muito bom podermos nos vacinar, não importa a marca. A doença ainda é pouco conhecida e quanto mais rápido estivermos seguros, melhor”, avalia. A dona de casa Micheline Castro, 49, concorda. “O coronavírus é muito grave e não vale a pena aguardar”, opina.
'Estupidez'
O infectologista do Comitê Municipal de Combate à Covid-19, Unaí Tupinambás considera “estupidez” a atitude de escolher vacina. “Infelizmente, é uma palavra dura, mas essa posição está totalmente equivocada. Os estudos de efetividade comprovam que qualquer uma das marcas hoje disponíveis atingem nível de proteção muito grande para casos moderados e graves. Nessa espera, a doença pode te encontrar primeiro, você ter de ser hospitalizado e morrer. Os adversos são muito raros e ainda coloca toda campanha de imunização em risco”, destaca.