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O caso, porém, não é sem precedentes por aqui. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG), só neste ano, em média, foram registradas sete ocorrências de danos em locais públicos na capital. Outros objetos de valor histórico e cultural também foram degradados na cidade nos últimos anos e continuam à espera de conserto. Na praça Rui Barbosa, a cabeça de um dos tigres de gesso que fazem parte da arquitetura do espaço foi quebrada em abril de 2020. Na praça da Liberdade, a escultura de Murilo Rubião, que ficava em frente à Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, não está em melhor situação. A peça de bronze, em tamanho real, do escritor sofreu depredação em março deste ano e foi derrubada e arrancada dos jardins da instituição.
"O sentimento de ver um vandalismo assim é sempre o mesmo. É uma tristeza muito grande. Tanto pelas esculturas e monumentos vandalizados, estragados e feios, como pela própria pobreza cultural da nossa comunidade, que está ali, naquelas imagens, representada”, lamenta o artista plástico Léo Santana, responsável pelas esculturas de Drummond e Murilo Rubião.
Sem previsão
Além de sofrer nas mãos dos vândalos, as obras de arte agora também padecem de outra sina: o abandono e a falta de ação coordenada do poder público para restaurá-las. A falta de recursos é o argumento que vigora para justificar o atraso nos reparos dos monumentos. Consultada, a prefeitura informou por nota que não há previsão ainda para o conserto das estátuas do tigre e de Drummond.
“No que se refere à estátua do tigre na praça Rui Barbosa, foi estabelecido um acordo com o Ministério Público de Minas Gerais para a confecção de uma nova réplica, com recursos provenientes de um Termo de Ajustamento de Conduta. O início do trabalho de reprodução da estátua terá o prazo de execução de até quatro meses após a liberação da verba”, disse a PBH por nota. Segundo a prefeitura, o orçamento inicial previsto para o conserto do felino é estimado R$ 45 mil.
Sobre a mão da estátua de Drummond, a PBH alega que ainda não fez sequer o orçamento do reparo. “Uma restauradora da prefeitura já realizou uma vistoria na peça e está concluindo o relatório técnico sobre os danos na estrutura. O orçamento para a execução do reparo será feito a partir desse relatório”, informou.
Já a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo também não deu prazo para a restauração da estátua do escritor Murilo Rubião, que ficava na praça da Liberdade.
Orçamento do Iepha-MG sofreu corte
De acordo a Secult, o valor investido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), em 2018, foi de R$ 9,8 milhões na preservação patrimonial em Minas. Em 2019, o montante foi de R$ 7,7 milhões. No período de 2020 a maio deste ano, o valor aplicado na área foi de R$ 6,4 milhões.
De acordo com a secretaria, neste ano, o valor deve ser destinado à realização de 15 ações de manutenção e reparo de monumentos históricos espalhados por todo o Estado. A reportagem questionou a Secult sobre o motivo da redução da verba destinada ao setor, mas não tinha obtido retorno até a publicação desta matéria.
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O caso, porém, não é sem precedentes por aqui. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG), só neste ano, em média, foram registradas sete ocorrências de danos em locais públicos na capital. Outros objetos de valor histórico e cultural também foram degradados na cidade nos últimos anos e continuam à espera de conserto. Na praça Rui Barbosa, a cabeça de um dos tigres de gesso que fazem parte da arquitetura do espaço foi quebrada em abril de 2020. Na praça da Liberdade, a escultura de Murilo Rubião, que ficava em frente à Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, não está em melhor situação. A peça de bronze, em tamanho real, do escritor sofreu depredação em março deste ano e foi derrubada e arrancada dos jardins da instituição.
"O sentimento de ver um vandalismo assim é sempre o mesmo. É uma tristeza muito grande. Tanto pelas esculturas e monumentos vandalizados, estragados e feios, como pela própria pobreza cultural da nossa comunidade, que está ali, naquelas imagens, representada”, lamenta o artista plástico Léo Santana, responsável pelas esculturas de Drummond e Murilo Rubião.
Sem previsão
Além de sofrer nas mãos dos vândalos, as obras de arte agora também padecem de outra sina: o abandono e a falta de ação coordenada do poder público para restaurá-las. A falta de recursos é o argumento que vigora para justificar o atraso nos reparos dos monumentos. Consultada, a prefeitura informou por nota que não há previsão ainda para o conserto das estátuas do tigre e de Drummond.
“No que se refere à estátua do tigre na praça Rui Barbosa, foi estabelecido um acordo com o Ministério Público de Minas Gerais para a confecção de uma nova réplica, com recursos provenientes de um Termo de Ajustamento de Conduta. O início do trabalho de reprodução da estátua terá o prazo de execução de até quatro meses após a liberação da verba”, disse a PBH por nota. Segundo a prefeitura, o orçamento inicial previsto para o conserto do felino é estimado R$ 45 mil.
Sobre a mão da estátua de Drummond, a PBH alega que ainda não fez sequer o orçamento do reparo. “Uma restauradora da prefeitura já realizou uma vistoria na peça e está concluindo o relatório técnico sobre os danos na estrutura. O orçamento para a execução do reparo será feito a partir desse relatório”, informou.
Já a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo também não deu prazo para a restauração da estátua do escritor Murilo Rubião, que ficava na praça da Liberdade.
Orçamento do Iepha-MG sofreu corte
De acordo a Secult, o valor investido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), em 2018, foi de R$ 9,8 milhões na preservação patrimonial em Minas. Em 2019, o montante foi de R$ 7,7 milhões. No período de 2020 a maio deste ano, o valor aplicado na área foi de R$ 6,4 milhões.
De acordo com a secretaria, neste ano, o valor deve ser destinado à realização de 15 ações de manutenção e reparo de monumentos históricos espalhados por todo o Estado. A reportagem questionou a Secult sobre o motivo da redução da verba destinada ao setor, mas não tinha obtido retorno até a publicação desta matéria.