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A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou o balanço de pontos críticos nas rodovias brasileiras. O levantamento, realizado em julho e agosto de 2023, revela que Minas Gerais é o estado com o maior número de avarias entre os 26 estados da federação e o Distrito Federal (DF). Ao todo, são 403 pontos que requerem atenção dos motoristas em 15,6 mil quilômetros mapeados no estado pelo “Radar CNT”, representando um aumento de 1,5% em relação à pesquisa feita em 2022.
Por outro lado, a comparação de pontos críticos a cada 100km coloca Minas na 12° posição do levantamento da CNT, atrás, por exemplo, de Acre, Roraima e Amazonas, os três estados com a maior densidade de avarias. A comparação se mostra relevante porque Minas Gerais tem a maior malha rodoviária do país, com 272 mil quilômetros de estradas. Em 2022, o estado ocupava a décima posição no levantamento por densidade.
Segundo avaliação da CNT, os eventos climáticos extremos que marcaram o último ano, além de outros desastres naturais, causaram devastação e provocaram prejuízos em diversas cadeias produtivas. “No que tange às rodovias, tais eventos aceleram o surgimento e a degradação de pontos críticos, bem como impossibilitam ou retardam a realização de obras para saná-los”, avalia a confederação.
Entre os tipos de pontos críticos analisados pelo “Radar”, a CNT considerou as seguintes variáveis: queda de barreira; buraco grande; erosão na pista; ponte caída; ponte estreita e outros. “Destaca-se que todas essas situações, quando não são imediatamente reparadas ou adequadamente sinalizadas, podem trazer graves riscos para todos os usuários da via”, alerta a CNT.
Em Minas Gerais, a erosão na pista é o principal desafio enfrentado pelos motoristas, com 181 pontos críticos(44,9%), seguido por 103 buracos grandes (25,6%) e 97 quedas de barreiras (24,1%). Do total de pontos de atenção no estado, apenas 15 são de responsabilidade da iniciativa privada que faz a gestão das rodovias por meio de concessões. A responsabilidade dos problemas revela equilíbrio entre as rodovias federais e estaduais.
Aquelas sobre a jurisdição do governo de Romeu Zema (Novo) e do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) apresentam 185 pontos (47,7%). Já a cargo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio do Ministério dos Transportes e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), estão 203 pontos críticos (52,3%).
Apesar do número elevado de avarias nas estradas mineiras, apenas 15 pontos foram registrados com obras, enquanto outros 388 não têm intervenções corretivas relatadas no painel interativo, atualizado pela última vez ontem. “Vale ressaltar que o pesquisador só registra a obra no ponto crítico se, no momento da coleta, houver máquinas em operação e/ou homens trabalhando”, explica a CNT.
Em nota, o Dnit informou que tem feito monitoramento mensal da qualidade da malha rodoviária sob sua jurisdição e trabalhado para garantir o melhor nível de serviço dentro da “disponibilidade orçamentária”. Segundo o órgão, Minas Gerais é o estado que mais exige atenção, planejamento e organização. “Em dezembro de 2023, o Dnit superou a marca de 90% da malha rodoviária de Minas Gerais coberta por contratos de manutenção/conservação”, informou também o órgão federal.
COMPARATIVO
No comparativo do Índice de Condição da Manutenção (ICM), que mede as condições de trafegabilidade calculadas pelo departamento federal, a faixa do “bom” manteve-se em 43%; “Regular” em 28%; e “Péssimo” caiu de 21% para 14%.
Ainda de acordo com o Dnit, o plano para 2024 é dar continuidade às ações consideradas “estruturantes para o desenvolvimento da infraestrutura de transportes do estado”.
Segundo o órgão, as três rodovias federais com mais pontos críticos (BR-262, BR-116 e BR-367) vão receber ações ao longo deste ano para que “tenham as condições de trafegabilidade recuperadas o quanto antes”, completa a nota.
Outras duas estradas de responsabilidade do governo de Minas estão entre as mais críticas: MG-120, com 38 pontos de atenção, e MG-482, com 33 pontos.
Resposta do DER-MG
Em nota, o Departamento de Estradas e Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) informou que tem monitorado, de forma constante, as condições de tráfego das rodovias estaduais. Com o pacote de obras do "Provias", 55 trechos já estão revitalizados, ou seja, mais de 1.400 km de rodovias recuperadas e pavimentadas, com investimento superior a R$ 900 milhões. Atualmente, outros 33 empreendimentos seguem em andamento em várias regiões do Estado.
O DER destaca que tem realizado manutenções rotineiras nas rodovias MGC-120 e MGC-482, o DER-MG e, nos casos mais complexos, são feitos estudos e elaborados projetos de engenharia.
Por exemplo, na MGC-482, no trecho Carangola – Fervedouro, em 2023, foi concluída a recuperação funcional do pavimento. E, no momento, está em execução o mesmo serviço entre Porto Firme e Viçosa.
Já na MGC-120, Dom Silvério – Ponte Nova, e na AMG-1760, Sem Peixe – entroncamento MGC-120, os serviços de recuperação funcional também estão em andamento. Em 2024, o Governo de Minas espera investir cerca de R$ 3 bilhões em sua malha rodoviária.
PONTOS CRÍTICOS
As rodovias que apresentam mais problemas
Erosão na pista 181
Buraco grande 103
Queda de barreira 97
Ponte estreita 12
Ponte caída 2
Outros 8
Total 403
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Por outro lado, a comparação de pontos críticos a cada 100km coloca Minas na 12° posição do levantamento da CNT, atrás, por exemplo, de Acre, Roraima e Amazonas, os três estados com a maior densidade de avarias. A comparação se mostra relevante porque Minas Gerais tem a maior malha rodoviária do país, com 272 mil quilômetros de estradas. Em 2022, o estado ocupava a décima posição no levantamento por densidade.
Segundo avaliação da CNT, os eventos climáticos extremos que marcaram o último ano, além de outros desastres naturais, causaram devastação e provocaram prejuízos em diversas cadeias produtivas. “No que tange às rodovias, tais eventos aceleram o surgimento e a degradação de pontos críticos, bem como impossibilitam ou retardam a realização de obras para saná-los”, avalia a confederação.
Entre os tipos de pontos críticos analisados pelo “Radar”, a CNT considerou as seguintes variáveis: queda de barreira; buraco grande; erosão na pista; ponte caída; ponte estreita e outros. “Destaca-se que todas essas situações, quando não são imediatamente reparadas ou adequadamente sinalizadas, podem trazer graves riscos para todos os usuários da via”, alerta a CNT.
Em Minas Gerais, a erosão na pista é o principal desafio enfrentado pelos motoristas, com 181 pontos críticos(44,9%), seguido por 103 buracos grandes (25,6%) e 97 quedas de barreiras (24,1%). Do total de pontos de atenção no estado, apenas 15 são de responsabilidade da iniciativa privada que faz a gestão das rodovias por meio de concessões. A responsabilidade dos problemas revela equilíbrio entre as rodovias federais e estaduais.
Aquelas sobre a jurisdição do governo de Romeu Zema (Novo) e do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) apresentam 185 pontos (47,7%). Já a cargo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio do Ministério dos Transportes e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), estão 203 pontos críticos (52,3%).
Apesar do número elevado de avarias nas estradas mineiras, apenas 15 pontos foram registrados com obras, enquanto outros 388 não têm intervenções corretivas relatadas no painel interativo, atualizado pela última vez ontem. “Vale ressaltar que o pesquisador só registra a obra no ponto crítico se, no momento da coleta, houver máquinas em operação e/ou homens trabalhando”, explica a CNT.
Em nota, o Dnit informou que tem feito monitoramento mensal da qualidade da malha rodoviária sob sua jurisdição e trabalhado para garantir o melhor nível de serviço dentro da “disponibilidade orçamentária”. Segundo o órgão, Minas Gerais é o estado que mais exige atenção, planejamento e organização. “Em dezembro de 2023, o Dnit superou a marca de 90% da malha rodoviária de Minas Gerais coberta por contratos de manutenção/conservação”, informou também o órgão federal.
COMPARATIVO
No comparativo do Índice de Condição da Manutenção (ICM), que mede as condições de trafegabilidade calculadas pelo departamento federal, a faixa do “bom” manteve-se em 43%; “Regular” em 28%; e “Péssimo” caiu de 21% para 14%.
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Em nota, o Departamento de Estradas e Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) informou que tem monitorado, de forma constante, as condições de tráfego das rodovias estaduais. Com o pacote de obras do "Provias", 55 trechos já estão revitalizados, ou seja, mais de 1.400 km de rodovias recuperadas e pavimentadas, com investimento superior a R$ 900 milhões. Atualmente, outros 33 empreendimentos seguem em andamento em várias regiões do Estado.
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Por exemplo, na MGC-482, no trecho Carangola – Fervedouro, em 2023, foi concluída a recuperação funcional do pavimento. E, no momento, está em execução o mesmo serviço entre Porto Firme e Viçosa.
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