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O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) enviou para o Rio Grande do Sul a maior equipe de apoio em missões especiais fora do estado. Ao todo, 28 militares participam da operação na região, que foi castigada pelos fortes temporais, com cidades totalmente alagadas, rios transbordando e dezenas de mortes já registradas, além do grande número de pessoas desabrigadas e desalojadas.
A maior missão do CBMMG enviada anteriormente para fora do estado foi em 2019, com a atuação de 25 militares da corporação em Moçambique. Naquela época, o ciclone Idai deixou centenas de mortos no país da costa oriental da África e também no Zimbábue e Malawi.
Na manhã desta sexta-feira (3/5), oito militares do CBMMG já iniciaram os trabalhos de sobrevoo e reconhecimento da área em Porto Alegre, para avaliar as dimensões dos temporais na região. Eles chegaram ao Rio Grande do Sul na noite de quinta-feira (2/5) no avião Arcanjo 11, da frota da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Outros cinco militares dos Bombeiros de Minas se juntaram à equipe nesta sexta-feira. Eles decolaram no helicóptero Arcanjo 06, de Uberaba, no Triângulo Mineiro, na manhã desta sexta-feira (3/5).
A terceira equipe deve chegar ao Rio Grande do Sul na madrugada deste sábado (4/5). Os 15 militares seguem para o local em três viaturas de salvamento, um caminhão que transporta diversos materiais e equipamentos logísticos, além de um veículo apropriado para a condução de dois cães de busca.
Base autônoma
Com a experiência adquirida em outras missões, o CBMMG vai utilizar na região a base de operações autônoma para resposta a desastres, estrutura que conta com os padrões da Organização das Nações Unidas (ONU).
A base de operações, com várias tendas, possui estrutura logística autossuficiente, como posto de comando, refeitório, almoxarifado, alojamentos, áreas de descontaminação, bem como instalações para banho e higiene pessoal. Ela credencia ainda mais a corporação a participar de operações de desastres fora do estado ou do país.
O comandante especializado dos Bombeiros, coronel Moisés Magalhães de Souza, destaca que a equipe mineira irá atuar sem onerar os recursos locais. “A estruturação do serviço especializado é indispensável para atuação em ocorrências complexas como esta que estamos prestando auxílio ao povo gaúcho. Para isso, a equipe contará com a estrutura de uma Base de Operações, que atende a critérios internacionais de operações humanitárias, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU)”.
Um caminhão dos Bombeiros conta com equipamentos modernos, utilizados por equipes internacionais, como escoras e almofadas pneumáticas, equipamentos para mergulho, botes para locomoção em locais inundados, entre outros itens indispensáveis para missões desta natureza.
O comandante da equipe mineira que atua no Rio Grande do Sul, major Heitor Aguiar Mendonça, destacou o trabalho em equipe, mas enfatizou o grande desafio que os militares terão que enfrentar devido à extensão da área afetada e à dificuldade de acesso a locais com potencial resgate de vítimas.
Trabalho integrado
A cooperação entre a Secretaria de Estado de Saúde e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais tem sido fundamental para viabilizar com sucesso a operação e o deslocamento de material humano e logístico.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, as aeronaves cedidas pela SES-MG, além de levar a equipe do Corpo de Bombeiros Militar para o estado do Rio Grande do Sul, serão utilizadas também para salvar mais vidas.
“O governo de Minas empenhou, de imediato, um avião e um helicóptero para ajudar nas buscas e resgates no Rio Grande do Sul, nesse desastre das chuvas que está acontecendo. Isso só foi possível diante de um investimento histórico que foi feito na nossa frota aérea, vinculada ao Samu do nosso Estado e é uma forma colaborativa entre SES e Bombeiros, para ajudar neste momento importante, durante o tempo que for necessário", destacou.
Experiência em grandes desastres
Com experiências em missões semelhantes e especializações técnicas, dentro e fora do Brasil, os militares mineiros são motivados pelo mesmo sentimento de solidariedade que receberam quando ocorreu o rompimento de barragem em Brumadinho, ocasião em que tiveram o apoio de quase todos os Corpos de Bombeiros Militares do Brasil.
O CBMMG também já atuou no auxílio técnico em eventos como os incêndios no Amazonas, na Operação Verde Brasil, e em catástrofes ocorridas nos estados da Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco e no Vale do Taquari/RS, em outubro do ano passado.
Já no cenário internacional, a corporação participou das ações humanitárias, coordenadas pela Agência Brasileira de Cooperação em Moçambique, Haiti, Turquia, Canadá e, mais recentemente, na Guiana.
Certificação
O Corpo de Bombeiros de Minas também tem atuado na busca pela obtenção da certificação internacional. De acordo com o coronel Moisés, a obtenção do título garante uma atuação em conformidade com padrões internacionais, validado pela ONU.
“Isso demontra, portanto, que dispomos de capacidade de treinamento, recursos logísticos que conferem à equipe uma autonomia operacional. Ou seja, essas equipes que estão nos locais de desastres possuem toda a estrutura necessária para não demandar apoio ao local que já está exaurido pelo próprio desastre”, explica.
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A maior missão do CBMMG enviada anteriormente para fora do estado foi em 2019, com a atuação de 25 militares da corporação em Moçambique. Naquela época, o ciclone Idai deixou centenas de mortos no país da costa oriental da África e também no Zimbábue e Malawi.
Na manhã desta sexta-feira (3/5), oito militares do CBMMG já iniciaram os trabalhos de sobrevoo e reconhecimento da área em Porto Alegre, para avaliar as dimensões dos temporais na região. Eles chegaram ao Rio Grande do Sul na noite de quinta-feira (2/5) no avião Arcanjo 11, da frota da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Outros cinco militares dos Bombeiros de Minas se juntaram à equipe nesta sexta-feira. Eles decolaram no helicóptero Arcanjo 06, de Uberaba, no Triângulo Mineiro, na manhã desta sexta-feira (3/5).
A terceira equipe deve chegar ao Rio Grande do Sul na madrugada deste sábado (4/5). Os 15 militares seguem para o local em três viaturas de salvamento, um caminhão que transporta diversos materiais e equipamentos logísticos, além de um veículo apropriado para a condução de dois cães de busca.
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Com a experiência adquirida em outras missões, o CBMMG vai utilizar na região a base de operações autônoma para resposta a desastres, estrutura que conta com os padrões da Organização das Nações Unidas (ONU).
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O comandante especializado dos Bombeiros, coronel Moisés Magalhães de Souza, destaca que a equipe mineira irá atuar sem onerar os recursos locais. “A estruturação do serviço especializado é indispensável para atuação em ocorrências complexas como esta que estamos prestando auxílio ao povo gaúcho. Para isso, a equipe contará com a estrutura de uma Base de Operações, que atende a critérios internacionais de operações humanitárias, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU)”.
Um caminhão dos Bombeiros conta com equipamentos modernos, utilizados por equipes internacionais, como escoras e almofadas pneumáticas, equipamentos para mergulho, botes para locomoção em locais inundados, entre outros itens indispensáveis para missões desta natureza.
O comandante da equipe mineira que atua no Rio Grande do Sul, major Heitor Aguiar Mendonça, destacou o trabalho em equipe, mas enfatizou o grande desafio que os militares terão que enfrentar devido à extensão da área afetada e à dificuldade de acesso a locais com potencial resgate de vítimas.
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A cooperação entre a Secretaria de Estado de Saúde e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais tem sido fundamental para viabilizar com sucesso a operação e o deslocamento de material humano e logístico.
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O Corpo de Bombeiros de Minas também tem atuado na busca pela obtenção da certificação internacional. De acordo com o coronel Moisés, a obtenção do título garante uma atuação em conformidade com padrões internacionais, validado pela ONU.
“Isso demontra, portanto, que dispomos de capacidade de treinamento, recursos logísticos que conferem à equipe uma autonomia operacional. Ou seja, essas equipes que estão nos locais de desastres possuem toda a estrutura necessária para não demandar apoio ao local que já está exaurido pelo próprio desastre”, explica.