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Os casos de dengue em Belo Horizonte podem "explodir" após o Carnaval. Médicos afirmam que o lixo produzido durante a festa, o tempo quente com chuvas isoladas e os foliões nas ruas com os corpos desprotegidos aumentam os riscos da proliferação do mosquito Aedes aegypti e do contágio da doença. O alerta é para a sobrecarga nas unidades de saúde.
A capital mineira já enfrenta uma epidemia, com número de casos acima do tolerável pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A última atualização da Prefeitura de BH (PBH), na última sexta (9), indicava 2.649 confirmações de dengue, com cinco mortes. Mais de 13 mil casos suspeitos aguardavam o resultado de exames.
A preocupação com a incidência na capital e no Estado já era acompanhada pelas autoridades antes da folia, que chegaram a informar que o pico de casos deve ocorrer até março.
O infectologista Estevão Urbano explica que, dentre as condições propícias para a reprodução do mosquito após o Carnaval está a geração de resíduos que podem acumular água, como embalagens, latas e garrafas plásticas, em meio ao tempo quente e chuvoso.
Segundo o especialista, o pico de casos também tem relação com o ciclo da larva do Aedes, que dura de 10 a 15 dias. Estevão Urbano reforça que as autoridades devem reforçar o cuidado e a limpeza da cidade para eliminar possíveis criadouros de mosquito. Nos últimos dias, após os desfiles dos blocos, equipes da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) foram vistas atuando.
“O Carnaval tem condições favoráveis e situações que aumentam a chance de reprodução e contaminação. A prefeitura também deve estar atenta ao sistema de saúde, pois vai aumentar a procura por atendimentos e internações nessas unidades”, alerta o infectologista.
Além da limpeza de lotes, quintais e casas, outra recomendação do especialista é a utilização de repelentes. Para garantir a proteção, o médico orienta que a pessoa leia a bula e siga a orientação de quantas vezes o produto pode ser aplicado ao dia.
Segundo a PBH, foram abertas seis unidades específicas para atender exclusivamente pessoas com sintomas de dengue, chikungunya e zika. São três Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs), funcionando das 7h às 22h, nas regionais Barreiro, Centro-Sul e Venda Nova.
Esses equipamentos públicos ofertam assistência às pessoas que apresentam sintomas como febre, dores no corpo ou atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.
Já as Unidades de Reposição Volêmica (URV) funcionam todos os dias, por 24 horas, nas regionais Centro-sul e Venda Nova. Os locais recebem exclusivamente os usuários encaminhados de centros de saúde e CAAs e que precisam de hidratação e assistência contínua. Ou seja, não é um serviço de porta aberta.
Há também uma outra URV no Hospital Júlia Kubitschek, no Barreiro, que foi aberta em parceria com a Fhemig e atende os usuários de 7h às 19h. O endereço completo de todas essas unidades pode ser verificado neste link.
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Há também uma outra URV no Hospital Júlia Kubitschek, no Barreiro, que foi aberta em parceria com a Fhemig e atende os usuários de 7h às 19h. O endereço completo de todas essas unidades pode ser verificado neste link.