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Se arrastando desde 1979, o processo de tombamento da serra de São José, que emoldura e concede ainda mais charme para a cidade histórica de Tiradentes, na região do Campo das Vertentes, foi a principal demanda de uma manifestação cultural promovida neste sábado (10 de junho) por moradores e movimentos sociais do município. O ato foi organizado após o "cartão-postal" ser ameaçado pela mineração e por empreendimentos hoteleiros, após o Estado colocar uma área para leilão.
O professor, historiador e ambientalista da cidade Luiz Cruz, de 64 anos, conta que a caminhada "Salve a Serra de São José" pede que o processo de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que teve início 44 anos atrás, seja, finalmente, finalizado.
"Participaram várias instituições culturais, movimentos sociais da região. Foi uma caminhada muito importante, teve música, teve batucada, teve teatro, teve perna de pau e, é claro, muita gente participando e nos apoiando. O tombamento federal é muito importante, pois vai contemplar a proteção da biodiversidade e, também, da nossa paisagem", conta.
Ainda segundo ele, o ato foi muito importante, uma vez que, constantemente, a serra de São José está sendo ameaçada por mineradoras e pela especulação imobiliária. "O movimento saiu da Matriz de Santo Antônio e seguiu até o Largo das Forças. Lá foi lida uma carta que será enviada para o presidente do Iphan, solicitando a conclusão do tombamento", completou Cruz.
Aline Garcia, do Fórum de Cultura de Tiradentes, conta que, para além dos diversos grupos culturais, grupos de corredores e escoteiros da cidade vizinha de Santa Cruz, também participaram em defesa da serra, tão necessária para suas atividades.
"Conseguimos fazer uma grande manifestação popular, que envolveu também as pessoas que estavam aproveitando o feriado na cidade, que estava cheia. Foi importante para as pessoas entenderem a importância de preservar e de lutarmos pelo tombamento", detalhou Aline.
Leilão suspenso
No último dia 23 de maio, um terreno de 10 hectares chegou a receber lances de cerca de R$ 122 mil, de mineradoras e outras empresas, em um leilão judicial. O processo envolvia a proprietária do terreno, uma associação de moradores, e o Instituto Estadual de Florestas (IEF), que multou o grupo após um incêndio florestal.
Anos se passaram sem que os valores fossem pagos e, na Justiça, o Estado conseguiu o direito de leiloar o terreno, que contava até mesmo com cachoeiras em sua área e seguia sendo utilizado livremente pela população e pelos turistas da cidade. O leilão foi suspenso após a Prefeitura de Tiradentes acionar o Estado informando o interesse de se apropriar da área e fazer um parque.
Depois disso, um acordo teria sido firmado entre o município e o Governo de Minas e, supostamente, deu fim ao risco da área ser leiloada. O acordo foi confirmado pelo secretário de Governo de Tiradentes, Rogério Andrade, porém, o Estado informou apenas que analisa juridicamente a proposta. A ideia, segundo o servidor municipal, é que o IEF incorpore o terreno e municípios do entorno da serra se unam para fazer a manutenção do parque queer criado no local.
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O professor, historiador e ambientalista da cidade Luiz Cruz, de 64 anos, conta que a caminhada "Salve a Serra de São José" pede que o processo de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que teve início 44 anos atrás, seja, finalmente, finalizado.
"Participaram várias instituições culturais, movimentos sociais da região. Foi uma caminhada muito importante, teve música, teve batucada, teve teatro, teve perna de pau e, é claro, muita gente participando e nos apoiando. O tombamento federal é muito importante, pois vai contemplar a proteção da biodiversidade e, também, da nossa paisagem", conta.
Ainda segundo ele, o ato foi muito importante, uma vez que, constantemente, a serra de São José está sendo ameaçada por mineradoras e pela especulação imobiliária. "O movimento saiu da Matriz de Santo Antônio e seguiu até o Largo das Forças. Lá foi lida uma carta que será enviada para o presidente do Iphan, solicitando a conclusão do tombamento", completou Cruz.
Aline Garcia, do Fórum de Cultura de Tiradentes, conta que, para além dos diversos grupos culturais, grupos de corredores e escoteiros da cidade vizinha de Santa Cruz, também participaram em defesa da serra, tão necessária para suas atividades.
"Conseguimos fazer uma grande manifestação popular, que envolveu também as pessoas que estavam aproveitando o feriado na cidade, que estava cheia. Foi importante para as pessoas entenderem a importância de preservar e de lutarmos pelo tombamento", detalhou Aline.
Leilão suspenso
No último dia 23 de maio, um terreno de 10 hectares chegou a receber lances de cerca de R$ 122 mil, de mineradoras e outras empresas, em um leilão judicial. O processo envolvia a proprietária do terreno, uma associação de moradores, e o Instituto Estadual de Florestas (IEF), que multou o grupo após um incêndio florestal.
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