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Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) indicam que esses crimes cresceram neste ano. Até outubro, a capital acumula 5.126 casos, contra 4,9 mil no mesmo período de 2022.
“Os números estão altos e são preocupantes. Não é um crime que envolve violência, mas afeta o sentimento de segurança da pessoa que tem a residência invadida. E essa insegurança pode se espalhar para os vizinhos”, analisa o professor e especialista em segurança pública, Luiz Flávio Sapori.
Pesquisador na área, ele afirma que casas localizadas em bairros com famílias de alto poder aquisitivo são as mais visadas, pois os ladrões partem da premissa de que lá existem objetos de valor. “Não é tão comum que este tipo de crime ocorra em vilas, favelas e bairros de nível socioeconômico mais baixos”, acrescenta Sapori.
Perfil dos criminosos
A delegada Alice Batello, da 2ª Delegacia de Polícia Civil Regional Leste, explica que existem dois perfis de autores: oportunistas e ladrões do chamado crime de abuso de confiança.
Segundo ela, no primeiro caso, 70% dos suspeitos são jovens e usuários de drogas em busca de itens para sustentar o vício.
“Esse crime, na maioria das vezes, acontece à noite. O ladrão está passando pelo local e encontra uma oportunidade. Se ele perceber que é um local de fácil acesso, não vai pensar duas vezes para pular o muro”, afirma Alice Batello.
Já no segundo caso – abuso de confiança –, a residência e até a rotina do morador é monitorada pelos criminosos. A delegada alerta que existem, inclusive, quadrilhas especializadas nesta prática, que causa prejuízos maiores. Em alguns casos, a vítima acaba permitindo que o suspeito tenha acesso aos bens, seja por uma falsa prestação de um serviço.
Proteção
Para quem tem condições, medidas básicas de segurança podem inibir a ação dos bandidos. Dentre as principais, cercas elétricas, alarmes e câmeras de segurança. Outra opção é reforçar grades, portas e janelas.
“Não tem como viver hoje em dia sem qualquer dispositivo de segurança. O proprietário tem que enxergar como um investimento que vai garantir a proteção da casa”, reforça a delegada.
A policial também destaca a importância de não dar “pistas” sobre a vulnerabilidade do imóvel. Deixar luzes acesas durante o dia, indicando que os moradores estão fora, é um dos principais erros.
Tomar cuidado com embalagens de compras que mostrem o endereço da pessoa é outra dica. “O criminoso quer encontrar uma oportunidade. Se ele vê uma caixa nova de TV, jogada na rua com o endereço, ele vai saber que aquela casa tem uma TV novinha”, alerta a delegada.
Ainda segundo a policial, em alguns casos de ladrões oportunistas, soluções simples como fixar placas indicando sistema de vigilância por câmera, rede de apoio de vizinhos, rede de proteção da PM e até de “cão bravo” são válidas. Mais do que a placa, ter uma rede de proteção de vizinhos é importante. Muitos conhecem a rotina do morador e podem acionar a polícia se necessário.
Investigação
O trabalho de investigação de furtos à residência leva tempo e exige recursos, segundo Alice Batello. Incluem análise de câmeras de segurança, depoimentos de vizinhos e, quando possível, o rastreamento de aparelhos eletrônicos, como o celular.
A pena para o furto é de um a quatro anos. O crime pode ser qualificado e a punição aumentada se praticado por mais de uma pessoa.
Patrulha
A Polícia Militar informou que ações específicas estão sendo adotadas pela corporação, em relação aos os crimes de furto em residências, visando mapear, monitorar e identificar os autores e prevenir novos delitos. A PM também afirmou que atua com o patrulhamento preventivo e combate a receptadores. Em casos de furto ou roubo, a vítima deve fazer contato pelo 190.
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Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) indicam que esses crimes cresceram neste ano. Até outubro, a capital acumula 5.126 casos, contra 4,9 mil no mesmo período de 2022.
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Perfil dos criminosos
A delegada Alice Batello, da 2ª Delegacia de Polícia Civil Regional Leste, explica que existem dois perfis de autores: oportunistas e ladrões do chamado crime de abuso de confiança.
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“Não tem como viver hoje em dia sem qualquer dispositivo de segurança. O proprietário tem que enxergar como um investimento que vai garantir a proteção da casa”, reforça a delegada.
A policial também destaca a importância de não dar “pistas” sobre a vulnerabilidade do imóvel. Deixar luzes acesas durante o dia, indicando que os moradores estão fora, é um dos principais erros.
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O trabalho de investigação de furtos à residência leva tempo e exige recursos, segundo Alice Batello. Incluem análise de câmeras de segurança, depoimentos de vizinhos e, quando possível, o rastreamento de aparelhos eletrônicos, como o celular.
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Patrulha
A Polícia Militar informou que ações específicas estão sendo adotadas pela corporação, em relação aos os crimes de furto em residências, visando mapear, monitorar e identificar os autores e prevenir novos delitos. A PM também afirmou que atua com o patrulhamento preventivo e combate a receptadores. Em casos de furto ou roubo, a vítima deve fazer contato pelo 190.