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Desde a segunda quinzena de abril, quando Minas saiu da Onda Roxa – fase mais restritiva do plano Minas Consciente –, e que a Prefeitura de Belo Horizonte permitiu a reabertura do comércio após quase 50 dias, a taxa de isolamento social no Estado e na capital começou a cair gradativamente, chegando agora ao ponto mais baixo desde o início de fevereiro.
Em 14 de maio, o Índice de Permanência Domiciliar (IPD) em Minas era de 10,32% e em BH, de 23,2%, segundo o painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em 15 de março, quando Minas anunciou a Onda Roxa, era de 21,68% e chegou a 32,08%, quando 70% das regiões deixaram a fase mais restritiva, em 15 de abril. Em BH, o isolamento social era de 30,35%, em 15 de março – após uma semana de fechamento do comércio – e chegou a 48,27%, em 15 de abril, quatro dias antes do anúncio da nova reabertura.
Segundo o infectologista e professor da UFMG Geraldo Cunha Cury, o baixo isolamento é um risco e pode provocar o aumento no número de casos, internações e mortes. Ele explica ainda que essas consequências não são imediatas. “Temos os momentos de pico como, por exemplo, o Natal, e isso tem consequências que demoram dez, 20, 30 dias para aparecer”, diz.
Cuidados
Até o momento, Minas Gerais tem 1.483.200 pessoas com teste positivo para Covid-19, sendo que 10.399 delas foram registradas nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, o Estado já registrou 37.927 mortes provocadas pela doença. Belo Horizonte é a cidade mineira com mais casos e óbitos decorrentes do coronavírus. Segundo o último boletim epidemiológico da prefeitura, 196.581 moradores da capital já adoeceram e 4.817 foram a óbito.
O número médio de transmissão do coronavírus por infectado (RT) na capital permanece em 1,00 (estado de alerta amarelo), o que significa que cada 100 infectados transmitem a Covid-19 para 100 pessoas. A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 79,9% (alerta máximo), e os leitos de enfermaria estão com ocupação de 59,1% (alerta amarelo).
O infectologista Geraldo Cury faz um apelo para que as pessoas se convençam de que a situação ainda é grave e de que é preciso manter as medidas de prevenção. “Muitas pessoas andam nas ruas sem máscara, isso é criminoso”.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que o distanciamento e as medidas de isolamento social freiam a transmissão do vírus. E que as taxas de isolamento social flutuam, conforme as medidas restritivas. “Não é possível associar diretamente o isolamento a ocupação de leitos ou óbitos, em um mesmo período. Por isso, a evolução da pandemia é analisada com base em vários indicadores e não só no isolamento social”, explicou.
Em nota, a PBH disse que a taxa de isolamento social é um indicador periférico no processo de flexibilização das atividades econômicas e que ela se baseia na taxa de transmissão (Rt) e de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria exclusivos para a Covid.
Domingos
Durante o vai e vem da flexibilização em BH, a prefeitura chegou a decretar em março o fechamento total da cidade aos domingos, inclusive para alguns serviços essenciais, como padarias e supermercados.
Este dia da semana é o único, além dos feriados, em que a taxa de isolamento social fica acima de 50%, segundo o monitoramento da PBH.
O infectologista da UFMG Geraldo Cunha Cury aprova a medida. “Foi extremamente positivo porque diminuiu o número de pessoas em contato com as outras. A transmissão do vírus da Covid está intimamente ligada a frequência de bares, festas e restaurantes com aglomerações. Lugares cheios de gente conversando, bebendo sem máscara. É um desastre total”, afirma.
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Em 14 de maio, o Índice de Permanência Domiciliar (IPD) em Minas era de 10,32% e em BH, de 23,2%, segundo o painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em 15 de março, quando Minas anunciou a Onda Roxa, era de 21,68% e chegou a 32,08%, quando 70% das regiões deixaram a fase mais restritiva, em 15 de abril. Em BH, o isolamento social era de 30,35%, em 15 de março – após uma semana de fechamento do comércio – e chegou a 48,27%, em 15 de abril, quatro dias antes do anúncio da nova reabertura.
Segundo o infectologista e professor da UFMG Geraldo Cunha Cury, o baixo isolamento é um risco e pode provocar o aumento no número de casos, internações e mortes. Ele explica ainda que essas consequências não são imediatas. “Temos os momentos de pico como, por exemplo, o Natal, e isso tem consequências que demoram dez, 20, 30 dias para aparecer”, diz.
Cuidados
Até o momento, Minas Gerais tem 1.483.200 pessoas com teste positivo para Covid-19, sendo que 10.399 delas foram registradas nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, o Estado já registrou 37.927 mortes provocadas pela doença. Belo Horizonte é a cidade mineira com mais casos e óbitos decorrentes do coronavírus. Segundo o último boletim epidemiológico da prefeitura, 196.581 moradores da capital já adoeceram e 4.817 foram a óbito.
O número médio de transmissão do coronavírus por infectado (RT) na capital permanece em 1,00 (estado de alerta amarelo), o que significa que cada 100 infectados transmitem a Covid-19 para 100 pessoas. A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 79,9% (alerta máximo), e os leitos de enfermaria estão com ocupação de 59,1% (alerta amarelo).
O infectologista Geraldo Cury faz um apelo para que as pessoas se convençam de que a situação ainda é grave e de que é preciso manter as medidas de prevenção. “Muitas pessoas andam nas ruas sem máscara, isso é criminoso”.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que o distanciamento e as medidas de isolamento social freiam a transmissão do vírus. E que as taxas de isolamento social flutuam, conforme as medidas restritivas. “Não é possível associar diretamente o isolamento a ocupação de leitos ou óbitos, em um mesmo período. Por isso, a evolução da pandemia é analisada com base em vários indicadores e não só no isolamento social”, explicou.
Em nota, a PBH disse que a taxa de isolamento social é um indicador periférico no processo de flexibilização das atividades econômicas e que ela se baseia na taxa de transmissão (Rt) e de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria exclusivos para a Covid.
Domingos
Durante o vai e vem da flexibilização em BH, a prefeitura chegou a decretar em março o fechamento total da cidade aos domingos, inclusive para alguns serviços essenciais, como padarias e supermercados.
Este dia da semana é o único, além dos feriados, em que a taxa de isolamento social fica acima de 50%, segundo o monitoramento da PBH.
O infectologista da UFMG Geraldo Cunha Cury aprova a medida. “Foi extremamente positivo porque diminuiu o número de pessoas em contato com as outras. A transmissão do vírus da Covid está intimamente ligada a frequência de bares, festas e restaurantes com aglomerações. Lugares cheios de gente conversando, bebendo sem máscara. É um desastre total”, afirma.