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O cor-de-rosa tomou conta das telas dos cinemas, mas, nas terras mineiras, quem manda agora é o amarelo. Nesta temporada de inverno, o ipê no tom do ouro, árvore símbolo do Brasil, multiplica-se pela paisagem e espalha sua beleza na capital e no interior do estado, levando à contemplação, e, claro, a muitas fotos e selfies
Em BH, o amarelo vibra no azul do céu ou em contraste com tom da Serra do Curral
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )
“Eles chegaram com uma floração muito interessante. Estão de encher os olhos. As estradas parecem ajardinadas. Os ipês ficam em sincronia com as estações do ano: primeiro vem o rosa, depois o roxo e agora o amarelo. Vamos esperar pelo branco e depois pela chegada de outro tipo do rosa, que não perde tanto as folhas. Assim, fecha-se o ciclo da natureza”, explica o diretor do Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o botânico e professor João Renato Stehmann.
Em sua caminhada, Virgínia se inspira na floração exuberante: 'É um presente da natureza'
(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Em BH, segundo Stehmann, predomina a espécie ipê-tabaco, com altura entre três e quatro metros e própria para a arborização urbana por não atrapalhar a rede elétrica. Há também as espécies originárias do cerrado, com a copa mais aberta, e da mata atlântica, de grande porte, podendo ultrapassar 15m. As sementes do ipê são muito leves e se dispersam com o vento para gerar mudas.
Quem passa nas ruas da capital, mora nas cidades do interior ou percorre as estradas da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), pode contemplar um belo espetáculo da natureza. Na tricentenária Sabará (RMBH), a harmonia das árvores em floração exuberante com o patrimônio colonial é mais do que o poema, e inspira a advogada, professora e servidora pública aposentada Virgínia Granja Machado de Lima, em sua caminhada matinal. “É um presente da natureza. Sol, luz e esse amarelo-ouro simbolizam um novo dia. Traz esperança”, diz Virgínia, que aniversaria no próximo dia 10 e já se sente presenteada.
Em Sabará, a árvore se harmoniza com o patrimônio do período colonial
(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Ao passar diante da Igreja Nossa Senhora das Mercês, no Centro Histórico, o aposentado Djalma Jorge dos Santos, também sabarense, demonstrou o mesmo entusiasmo. “Temos aqui um conjunto bonito, feito pela mão humana e ‘obra’ da natureza.”
CENÁRIO Em BH, na Pampulha, há ruas que abrigam a tonalidade cor do ouro, deixando ainda mais especial o conjunto moderno reconhecido como Patrimônio da Humanidade. Neste ano, o cenário ganha mais aplausos pelas oito décadas do complexo arquitetônico concebido por Oscar Niemeyer (1907-2012).
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
No estado, há mais de 20 espécies de ipês, que aparecem gradativamente até o início da primavera. Segundo dados da Associação Mineira de Defesa do Ambiente e da Prefeitura de Belo Horizonte, a capital conta com mais de 27 mil ipês, o que corresponde a 9% das árvores da cidade, que reúne nove espécies.
Em Minas, o ipê-rosa é o mais abundante, com cerca de 9,6 mil árvores. Em seguida, vêm o ipê-tabaco, com 6 mil plantas, e o amarelo, 2,8 mil. Natural do cerrado, da floresta amazônica e da mata atlântica, a árvore floresce entre junho e outubro, de acordo com cada espécie, e fica totalmente desprovida de folhas quando as flores caem.
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O cor-de-rosa tomou conta das telas dos cinemas, mas, nas terras mineiras, quem manda agora é o amarelo. Nesta temporada de inverno, o ipê no tom do ouro, árvore símbolo do Brasil, multiplica-se pela paisagem e espalha sua beleza na capital e no interior do estado, levando à contemplação, e, claro, a muitas fotos e selfies
Em BH, o amarelo vibra no azul do céu ou em contraste com tom da Serra do Curral
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )
“Eles chegaram com uma floração muito interessante. Estão de encher os olhos. As estradas parecem ajardinadas. Os ipês ficam em sincronia com as estações do ano: primeiro vem o rosa, depois o roxo e agora o amarelo. Vamos esperar pelo branco e depois pela chegada de outro tipo do rosa, que não perde tanto as folhas. Assim, fecha-se o ciclo da natureza”, explica o diretor do Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o botânico e professor João Renato Stehmann.
Em sua caminhada, Virgínia se inspira na floração exuberante: 'É um presente da natureza'
(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Em BH, segundo Stehmann, predomina a espécie ipê-tabaco, com altura entre três e quatro metros e própria para a arborização urbana por não atrapalhar a rede elétrica. Há também as espécies originárias do cerrado, com a copa mais aberta, e da mata atlântica, de grande porte, podendo ultrapassar 15m. As sementes do ipê são muito leves e se dispersam com o vento para gerar mudas.
Quem passa nas ruas da capital, mora nas cidades do interior ou percorre as estradas da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), pode contemplar um belo espetáculo da natureza. Na tricentenária Sabará (RMBH), a harmonia das árvores em floração exuberante com o patrimônio colonial é mais do que o poema, e inspira a advogada, professora e servidora pública aposentada Virgínia Granja Machado de Lima, em sua caminhada matinal. “É um presente da natureza. Sol, luz e esse amarelo-ouro simbolizam um novo dia. Traz esperança”, diz Virgínia, que aniversaria no próximo dia 10 e já se sente presenteada.
Em Sabará, a árvore se harmoniza com o patrimônio do período colonial
(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Ao passar diante da Igreja Nossa Senhora das Mercês, no Centro Histórico, o aposentado Djalma Jorge dos Santos, também sabarense, demonstrou o mesmo entusiasmo. “Temos aqui um conjunto bonito, feito pela mão humana e ‘obra’ da natureza.”
CENÁRIO Em BH, na Pampulha, há ruas que abrigam a tonalidade cor do ouro, deixando ainda mais especial o conjunto moderno reconhecido como Patrimônio da Humanidade. Neste ano, o cenário ganha mais aplausos pelas oito décadas do complexo arquitetônico concebido por Oscar Niemeyer (1907-2012).
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
No estado, há mais de 20 espécies de ipês, que aparecem gradativamente até o início da primavera. Segundo dados da Associação Mineira de Defesa do Ambiente e da Prefeitura de Belo Horizonte, a capital conta com mais de 27 mil ipês, o que corresponde a 9% das árvores da cidade, que reúne nove espécies.
Em Minas, o ipê-rosa é o mais abundante, com cerca de 9,6 mil árvores. Em seguida, vêm o ipê-tabaco, com 6 mil plantas, e o amarelo, 2,8 mil. Natural do cerrado, da floresta amazônica e da mata atlântica, a árvore floresce entre junho e outubro, de acordo com cada espécie, e fica totalmente desprovida de folhas quando as flores caem.