O novo Hospital Público Veterinário de Belo Horizonte começou a funcionar nesta quarta-feira, dia 5, no bairro Madre Gertrudes, na região Oeste da cidade. Em tempo recorde, a Prefeitura de Belo Horizonte colocou em prática o processo de reestruturação do hospital – antes localizado no bairro Carlos Prates – , com ampliação e melhorias no atendimento médico gratuito aos animais da população de baixa renda. Em um prazo de 72 horas, a unidade recebeu equipamentos, insumos, materiais de escritório, sinalização e placa de identificação para iniciar o atendimento. 

A dona de casa Jovina Rainha da Paz, 62 anos, mora na região do Barreiro e na manhã desta quarta-feira saiu de casa para buscar atendimento médico-veterinário para sua cadela Lorena, que sofre com uma inflamação nos ouvidos. “Para mim esse atendimento é muito importante, não tenho dinheiro para pagar uma consulta. Esse hospital caiu do céu”, comemora. A estudante Marcela Camargos também aprovou o atendimento. “Todo mundo recebeu minha cachorra com muito carinho e respeito”. 

“Estamos ajudando muita gente que não teria condições de pagar por um tratamento”, disse o médico-veterinário Aldair Pinto, vice-presidente da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de Minas Gerais (Anclivepa-MG), entidade parceira da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). 

De acordo com o gerente de Defesa dos Animais, Leonardo Maciel, neste primeiro momento, estão previstos atendimentos básicos (consultas para prescrição médica, realização de curativos e tratamento de feridas), e de emergência. Os casos graves e de cirurgias serão encaminhados para clínicas parceiras. 

A nova estrutura conta com uma equipe de quase 40 profissionais para a prestação do serviço, que passou a ser de 8h às 18h. “O espaço para a internação de animais foi ampliado. No novo hospital tem um setor específico para exames de corpo delito em animais que sofreram maus tratos, em ação da Prefeitura em apoio à Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, além de consultório e sala de espera específicos para os felinos”, explica Leonardo Maciel.

A unidade, segundo o técnico, tem uma entrada, pela rua Albert Scharle, para atendimento de equipes de resgate e animais vítimas de atropelamento. O atendimento ao público também é individualizado, com um profissional da área veterinária destinado ao acompanhamento do tutor e do seu animal do início da consulta até a saída da unidade. 

Os usuários do hospital público devem estar atentos às regras e protocolos definidos para o combate ao Coronavírus: distanciamento social, uso de máscara e higiene das mãos. Em razão das restrições, só é permitido um tutor por animal.

Os documentos necessários para atendimento serão Carteira de Identidade (RG), CPF e comprovante de residência em Belo Horizonte, além de inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O atendimento é presencial e por ordem de chegada.