DECISÃO

A greve dos professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) chegou ao fim após 51 dias. A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta quarta-feira (5 de junho). Duzentos e um votos foram favoráveis ao término, 179 pela continuidade e 16 profissionais se abstiveram. A volta às aulas está marcada para a próxima segunda-feira (10 de junho).

“O movimento, de qualquer forma, foi uma grande vitória para os professores da UFMG. Conseguimos colocar em discussão as pautas que precisávamos e que estão ligadas à precarização da universidade e da nossa carreira, a desvalorização do nosso salário e do profissional”, afirmou Maria Rosário, presidente do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH).

Apesar da decisão pelo fim do movimento, os professores, conforme explicou Maria, vão continuar em “estado de greve”.

“A assembleia deliberou pelo término da greve, mas pela continuidade da luta. Significa que não estamos de acordo com a proposta feita pelo governo e, por isso, vamos continuar lutando. As aulas voltam no dia 10 de junho. E o estado de greve permanece como forma de apoio ao Movimento Nacional dos Técnicos Administrativos e Professores”. Veja algumas das pautas reivindicadas:

Contra os cortes orçamentários nas universidades públicas;

Pela recomposição salarial dos professores e técnico-administrativos.

A UFMG foi procurada pela reportagem e informou que "a instituição vai aguardar o retorno dos docentes às atividades para avaliar possíveis alterações no calendário escolar".