Com a missão de democratizar o acesso à cultura da música erudita no estado, orquestra realizou o seu primeiro concerto em 21 de fevereiro de 2008

Encantando milhares de pessoas em Minas Gerais nos seus dez anos de existência, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, criada pelo Governo do Estado e gerida pela sociedade civil, celebra sua existência e avanços consagrados no cenário nacional e internacional da música clássica como um marco de excelência em Minas Gerais e no país.

Era 21 de fevereiro de 2008 quando a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, acompanhada da Coro da Osesp, de São Paulo, realizava seu primeiro concerto. Em grande estilo, a “Nona Sinfonia”, de Ludwig van Beethoven (1770 – 1827) foi executada no espetáculo, deixando a plateia extasiada.

A Filarmônica nasceu com o compromisso de ser uma orquestra de excelência, com planejamento que envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal. Um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil, a orquestra é reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico.

Para o diretor artístico e regente titular da Filarmônica de Minas Gerais, maestro Fabio Mechetti, a Filarmônica de Minas Gerais foi criada não para ser simplesmente mais uma orquestra, mas para que, nela, se espelhasse uma filosofia da busca constante da excelência.

“Desde os primeiros passos, buscamos sempre a rara oportunidade de começar algo novo com o pé direito. O sucesso indiscutível desta orquestra deve-se, essencialmente, a acreditar nos princípios básicos que a criaram, na persistência em focar em sua missão artística como veículo cultural de verdadeira emancipação da sociedade. Nos dez anos que se passaram, isso só veio a se consolidar, tanto internamente, em sua equipe, como no reflexo desse trabalho, ou seja, no reconhecimento artístico que ela vem obtendo, no aplauso, no carinho e na aceitação incondicional do público brasileiro”

Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Filarmônica

Posição alcançada com o objetivo de democratizar o acesso à música de alta qualidade e com um repertório com ricas nuances, legitimo e tradicional, desde o início da trajetória orquestral a Filarmônica já realizou 731 concertos com 975 obras interpretadas do período barroco ao contemporâneo, vistos por mais de 950 mil de pessoas, com um público que varia de 8 a 80 anos.

Cerca de 45% desses concertos realizados de gratuitamente na capital, na Sala Minas Gerais, e 102 concertos ao ar livre, nas praças públicas em todos os 17 territórios de desenvolvimento do interior do Estado, são o resultado de uma combinação de fatores. Ela vai desde os investimentos feitos pelo Governo do Estado, especialmente por meio das leis de incentivo Estadual e Federal, e também pela iniciativa privada, até a busca pelo primor dos músicos e de todos os envolvidos na Orquestra.

Com regência do maestro Fabio Mechetti, a Filarmônica consagrou o início de sua nova década em dois concertos comemorativos, nos dias 17 e 18 de fevereiro, interpretando a Nona Sinfonia, de Beethoven, peça também executada a 21 de fevereiro de 2008, no Grande Teatro do Palácio das Artes, quando do início desta reconhecida história de sucesso. A apresentação de sábado (17/2), inclusive, foi prestigiada pelo governador Fernando Pimentel (Clique aqui e saiba todos os detalhes sobre as obras executadas nos concertos comemorativos).

O elenco da orquestra é composto por um naipe 100% original, ou seja, com músicos e musicistas que fazem parte do grupo desde 2008 - como Gabriella Pace (soprano), Denise de Freitas (mezzo-soprano), Matheus Pompeu (tenor), Licio Bruno (baixo-barítono), Coro da Osesp, com regência de Valentina Peleggi, e Concentus Musicum de Belo Horizonte, com regência de Iara Fricke Matte.

Ainda no programa, foram executados o Hino Nacional Brasileiro, de Francisco Manuel da Silva, e a Suíte Vila Rica, de Guarnieri (Clique aqui e conheça as trajetórias e os currículos dos membros da Filarmônica).

Programas especiais de 2018

Para abrir os concertos da Temporada 2018, nos dias 22 e 23 de fevereiro (quinta e sexta-feira), a Orquestra Filarmônica contará com a participação dos premiados pianistas brasileiros Cristian Budu e Leonardo Hilsdorf, que interpretarão o Concerto para dois pianos em ré menor, de Poulenc.

Sob regência do maestro Fabio Mechetti, a Orquestra apresentará, ainda, a célebre Quinta Sinfonia de Tchaikovsky e O Garatuja: Prelúdio, de Nepomuceno. A execução dessa obra de Nepomuceno também marca o início dos preparativos para a gravação, em abril, de um álbum inteiramente dedicado a esse compositor cearense. A proposta é uma parceria do Itamaraty com a Filarmônica de Minas Gerais, com o intuito de divulgar vários compositores brasileiros no exterior.

A Temporada 2018 da Filarmônica vai comemorar os 200 anos do compositor francês Charles Gounod e os 150 do brasileiro Francisco Braga, assim como os 150 anos da morte do italiano Gioacchino Rossini e o centenário do falecimento de Claude Debussy, francês que abriu as portas da modernidade à música.

Uma celebração especial será a dos 100 anos de nascimento do compositor, regente e educador, Leonard Bernstein, uma das figuras mais marcantes da música do século XX. Em três semanas consecutivas, a Filarmônica vai explorar a obra de Bernstein, desde composições mais conhecidas, como West Side Story, até uma ópera em forma de concerto cênico, Trouble in Tahiti.

São cinco séries disponíveis para venda de assinaturas: Allegro, Vivace, Presto e Veloce às quintas e sextas-feiras, e a série Fora de Série, aos sábados. Entre os solistas convidados estão as pianistas Christina e Michelle Naughton, a percussionista Evelyn Glennie, o pianista Dmitry Masleev (último vencedor do Concurso Tchaikovsky para piano), o violoncelista Victor Julien-Laferrière (vencedor do último Concurso Rainha Elisabeth da Bélgica) e os pianistas Nelson Freire e Arnaldo Cohen.

A pianista venezuelana Gabriela Montero, que esteve com a Orquestra em 2015, apresentará, desta vez, o seu talento também como compositora e interpretará obra de sua autoria. Subirão ao palco com a Filarmônica, ainda, o violoncelista Daniel Müller-Schott, os violinistas Vadim Gluzman e Rachel Barton Pine, além dos regentes convidados Isaac Karabtchevsky, Cláudio Cruz, Michal Nesterowicz e Stilian Kirov.

No repertório, ressaltam-se obras como Sinfonia nº 5 de Shostakovich, Sinfonia nº 4 de Bruckner, Quadros de uma exposição de Mussorgsky com orquestração de Francisco Mignone, as suítes do balé Daphnis et Chloé de Ravel, Sinfonia nº 5 de Tchaikovsky, o poema sinfônico Uma vida de herói de Richard Strauss, Sinfonia nº 7 de Beethoven, Sinfonia nº 3 de Brahms, Sinfonias nº 3 e nº 4 de Mahler.

A série Fora de Série terá como tema Expedições musicais. Os nove concertos vão explorar diferentes regiões e culturas por meio das variações formais que a música pode ter. As apresentações serão iniciadas com obras camerísticas e o repertório seguirá com peças de estruturas musicais maiores para grupos mais numerosos. Os temas dos concertos serão: Itália, França, Rússia, Leste europeu, Estados Unidos, Países hispânicos, Países nórdicos, Alemanha e Brasil.

Em 2018, a Filarmônica de Minas Gerais também dará continuidade à gravação de álbuns com as sinfonias de Mahler. A Quinta e a Sexta sinfonias, gravadas em 2017, estão em registro. No próximo ano, será a vez da Terceira e da Quarta.

Programas educacionais e sociais

Além dos concertos de assinatura, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais realiza vários programas e ações de cunho educacional e de disseminação da música sinfônica.

Os Concertos para a Juventude, realizados em manhãs de domingo, são dedicados à família e à formação de público. Ao desvendar o universo orquestral, a série aproxima público e música. Em 2018, serão seis apresentações gratuitas, dirigidas pelo regente associado Marcos Arakaki.

Os Concertos Didáticos são dedicados a crianças e adolescentes do ensino fundamental e médio e a instituições sociais. Em 2018, serão quatro concertos na Sala Minas Gerais. Para o melhor aproveitamento do concerto, os alunos são preparados por monitores da Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais.

O Festival Tinta Fresca destina-se ao fomento da criação musical sinfônica entre jovens compositores brasileiros. Com inscrições provenientes de todo o país, um júri formado por compositores renomados é responsável pela seleção das peças. Feito isso, Orquestra e criadores dão início ao processo de transformação de partituras em músicas que, ao fim, são reveladas em concerto gratuito aberto ao público.

O Laboratório de Regência reúne, a cada ano, 15 jovens regentes vindos de todo o país em busca do aprimoramento de seus talentos. Eles recebem orientação do regente titular da Filarmônica, Fabio Mechetti, e, ao final de uma semana de aulas técnicas e teóricas, quatro deles conduzem a Orquestra em concerto gratuito aberto ao público.

Os Concertos Comentados são palestras conduzidas por diferentes profissionais sobre aspectos do repertório dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Com duração de trinta minutos, acontecem antes dos concertos e são dirigidos ao público que o assistirá. As palestras são gravadas em áudio e ficam disponíveis no site da Orquestra.

Os Concertos de Câmara da Filarmônica buscam criar um contato mais próximo com grupos de instrumentos da orquestra – cordas, madeiras, metais e percussão –, aprofundar a percepção sobre a diversidade de timbres, assim como promover um diálogo estreito entre público e músicos.

Produção de Conteúdos

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais atua, ainda, na produção de conteúdos culturais e educativos para a difusão da música sinfônica brasileira e universal. Eles estão disponíveis no site da Orquestra (www.filarmonica.art.br) e, a partir deste ano, incluem audiodescrição e legenda (Closed Captions) para pessoas com deficiência visual e auditiva.

Programas de Circulação

Os Clássicos na Praça são realizados aos domingos, gratuitamente, em praças e parques da Região Metropolitana de Belo Horizonte. As apresentações são um excelente veículo de propagação e democratização da música orquestral e proporcionam momentos de descontração e encantamento a um público amplo e diversificado.

Com suas Turnês Estaduais, a Orquestra Filarmônica tem propagado a música sinfônica de excelência por diversos municípios mineiros, em concertos ao ar livre, gratuitos e de repertório abrangente.

Em suas turnês nacionais e internacionais, a Orquestra Filarmônica leva o nome de Minas Gerais a cidades brasileiras e do exterior, divulgando a diversidade cultural de nosso estado e, ao mesmo tempo, provocando maior interesse por nossas riquezas socioeconômicas.