Os trabalhadores da área da saúde voltaram às ruas de Belo Horizonte nesta terça-feira (12) para mais um protesto em defesa do piso salarial da categoria. Repetindo o movimento realizado ontem, o grupo saiu com um carro de som levando bandeiras e faixas com frases cobrando as instituições. 
A passeata começou na Praça 7 e foi até a Santa Casa, na região Centro-Sul. Além de reivindicar o piso salarial de R$ 4.750, aprovado pelo congresso, mas vetado pelo ministro do STF, Luís Roberto Barroso, os trabalhadores pedem também o pagamento do reajuste anual de 2022, devido à inflação.

Uma greve geral da categoria não está descartada. Segundo José Maria Pereira, Presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde em BH (Sindess), o estado de greve foi aprovado em assembleia e os trabalhadores aguardam os próximos passos.
“Na próxima semana vamos buscar a unificação com outros sindicatos. Estaremos nas portas dos hospitais com assembleias individuais para buscar o encaminhamento da greve”, disse. 

Uma nova assembleia da categoria está prevista para a tarde desta terça-feira (13), na sede do sindicato, no bairro Floresta, às 14h. Os enfermeiros planejam outra manifestação já na próxima segunda (19). 

Piso salarial 
Na última semana, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, suspendeu, por meio de uma liminar, a lei que estabelecia o piso salarial dos profissionais de enfermagem. O salário passaria de R$ 2.375 para R$ 4.750. Uma sessão plenária virtual acontece no STF e, até o momento, o placar está 5 a 3 pela suspensão da lei.