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Comemorado em 19/5, o Dia Mundial de Doação de Leite Humano lembra a população sobre a importância da doação de leite materno, que contribui para a melhoria clínica dos bebês prematuros. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui a maior rede de bancos de leite humano no mundo. Em Minas Gerais, o Banco de Leite Humano (BLH) da Maternidade Odete Valadares (MOV), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), é referência, atendendo cerca de 140 bebês por mês - internados na unidade e em outros hospitais parceiros do estado.
Atualmente, o serviço conta com 113 doadoras cadastradas. Cada frasco de um litro pode alimentar até dez recém-nascidos por dia. No entanto, a unidade já registra queda no volume arrecadado. Em abril, a MOV recebeu 197 litros de leite humano, quase 50 litros a menos que no mês de março. Por isso, é necessário sempre lembrar a importância da ajuda das mães. “Quando realizamos campanhas, nosso número de doadoras aumenta, mas volta a cair logo em seguida, pois muitas doam apenas uma vez. Então, precisamos muito conseguir mais doadoras que estejam com excedente de leite e possam realizar essa boa ação com frequência”, avalia a coordenadora do BLH da MOV, Maria Hercília Barbosa.
Segundo ela, por ser um leite próprio para a espécie, pasteurizado e com todos os componentes, o leite humano é necessário para os bebês que estão num estado clínico desfavorável conseguirem se recuperar mais rapidamente. "Toda doação é destinada aos bebês prematuros e prematuros extremos, que estão internados na UTI Neonatal ou na Unidade de Cuidados Intermediários da MOV e de outras unidades parceiras de Minas Gerais. Na falta do leite da própria mãe, o leite doado é o melhor alimento para o bebê prematuro. Somente depois vêm as fórmulas infantis”, explica.
Um ato de agradecimento
Marília Martins de Almeida Fernandes, mãe do Bento de 8 anos e do Dante de 1, é doadora pela segunda vez. “Comecei a doar porque meu leite vazava e tinha que ser retirado para não empedrar. É maravilhoso poder compartilhar algo que ajuda tantos bebês, que não teriam a possibilidade de ter o leite materno como alimento. Da primeira vez, doei até meu filho ter 1 ano e 6 meses. Atualmente, meu segundo filho já tem um ano e continuo doando. Tiro leite de manhã, no intervalo do almoço, quando chego do trabalho e antes de dormir. Os bebês agradecem e eu também, pois quanto mais eu tiro, mais leite eu produzo. É incrível”, relata.
Para ela, por não ser um produto que se consegue comprar, a doação das mães é essencial. “O leite humano é tão precioso. Acredito que a doação seja uma maneira de agradecer pela saúde do filho e da mãe”, afirma Marília, que só tem elogios ao serviço. A equipe do BLH da MOV é super atenciosa. Sempre ligam para saber como estamos passando, me sinto muito acolhida”, explica.
Ela ainda ressalta a facilidade do processo. “Recebemos em casa os vasilhames esterilizados para coleta do leite, o que torna tudo mais prático. Nossa função é só tirar o leite, colar a etiqueta, congelar e aguardar a equipe do BLH vir recolher. Também é importante tomar bastante água para ajudar na produção”, explica.
É fácil doar
A mãe que possui excedente de leite deve entrar em contato com a maternidade por telefone. A partir daí, é feita uma pré-triagem para avaliar se ela se encaixa no perfil de doadora, de acordo com as exigências da legislação que regulamenta o Banco de Leite. “Não fumar, não beber, não fazer uso de medicamentos que contraindicam a doação, ter todos os exames de pré-natal negativos. Enfim, ser uma lactante saudável”, afirma a coordenadora do BLH.
Hercília esclarece ainda que todo o processo é feito em casa, pela própria doadora. “A mãe não precisa se deslocar. Pelo telefone, fazemos a ficha de cadastro dela e, então, uma médica da nossa equipe avalia os exames. Estando tudo de acordo, enviamos todo o material necessário para a coleta e vamos à sua residência uma vez por semana para buscar os frascos com o leite que ela coletou. É tudo muito simples e prático. Ela pode fazer a retirada do leite no momento que achar melhor, quando tiver uma folguinha, sem que haja necessidade de sair de casa”, explica.
Além disso, ela ressalta que todo leite doado passa por várias etapas rigorosas de seleção e análises microbiológicas até ser pasteurizado e estar pronto para distribuição. “Todo leite que recebemos é analisado, passando por várias etapas de pasteurização até estar próprio para consumo, obedecendo a legislação da Anvisa e do Ministério da Saúde. É um processo muito seguro tanto para quem doa quanto para quem recebe”. A coordenadora também faz um alerta. “Leite cru, sem passar por nenhum processo, só pode ser dado da mãe para o filho. Ou seja, não é indicado amamentar uma criança que não seja a sua”.
Aline Castro Alves / Fhemig
Apoio na amamentação
A Maternidade Odete Valadares (MOV) tem como missão promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. Por isso, as mães que estiverem com dificuldade na hora de amamentar podem agendar um horário para comparecer ao BLH. “É importante que ela venha acompanhada do seu bebê para tirar todas as dúvidas e auxiliarmos no resgate dessa amamentação”, explica Hercília.
Naianny Lanara Araujo Andrade, mãe do Benjamim, procurou a maternidade buscando auxílio para esclarecer as dúvidas relacionadas à amamentação. Mãe de outras duas crianças, ela queixava de apojadura (quando o seio fica muito inchado e dolorido, podendo até causar febre) e buscava auxílio para a pega do bebê. “A equipe foi muito atenciosa. Me ajudaram muito, explicando tudo, e disseram que eu poderia voltar caso tivesse alguma dúvida. É muito bom ter essa ajuda nos primeiros momentos, pois é uma fase que ficamos mais sensíveis”.
Ela ainda demonstrou interesse em se tornar uma doadora. “Me orientaram aguardar alguns dias após o parto, quando ficamos com uma produção maior de leite. Caso eu permaneça com excedente, vou querer ajudar doando”, planeja Naianny.
Postos de coleta
As mães que tiverem interesse em ser doadoras ou apresentarem dificuldades em relação ao aleitamento materno podem entrar em contato com o Banco de Leite Humano da MOV pelos telefones (31) 3298-6008 ou 3337-5678.
A Fhemig ainda possui dois postos de coleta em suas unidades:
Hospital Júlia Kubitschek: (31) 3389-7880
Hospital Regional João Penido (Juiz de Fora): (32) 3691-9500
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Atualmente, o serviço conta com 113 doadoras cadastradas. Cada frasco de um litro pode alimentar até dez recém-nascidos por dia. No entanto, a unidade já registra queda no volume arrecadado. Em abril, a MOV recebeu 197 litros de leite humano, quase 50 litros a menos que no mês de março. Por isso, é necessário sempre lembrar a importância da ajuda das mães. “Quando realizamos campanhas, nosso número de doadoras aumenta, mas volta a cair logo em seguida, pois muitas doam apenas uma vez. Então, precisamos muito conseguir mais doadoras que estejam com excedente de leite e possam realizar essa boa ação com frequência”, avalia a coordenadora do BLH da MOV, Maria Hercília Barbosa.
Segundo ela, por ser um leite próprio para a espécie, pasteurizado e com todos os componentes, o leite humano é necessário para os bebês que estão num estado clínico desfavorável conseguirem se recuperar mais rapidamente. "Toda doação é destinada aos bebês prematuros e prematuros extremos, que estão internados na UTI Neonatal ou na Unidade de Cuidados Intermediários da MOV e de outras unidades parceiras de Minas Gerais. Na falta do leite da própria mãe, o leite doado é o melhor alimento para o bebê prematuro. Somente depois vêm as fórmulas infantis”, explica.
Um ato de agradecimento
Marília Martins de Almeida Fernandes, mãe do Bento de 8 anos e do Dante de 1, é doadora pela segunda vez. “Comecei a doar porque meu leite vazava e tinha que ser retirado para não empedrar. É maravilhoso poder compartilhar algo que ajuda tantos bebês, que não teriam a possibilidade de ter o leite materno como alimento. Da primeira vez, doei até meu filho ter 1 ano e 6 meses. Atualmente, meu segundo filho já tem um ano e continuo doando. Tiro leite de manhã, no intervalo do almoço, quando chego do trabalho e antes de dormir. Os bebês agradecem e eu também, pois quanto mais eu tiro, mais leite eu produzo. É incrível”, relata.
Para ela, por não ser um produto que se consegue comprar, a doação das mães é essencial. “O leite humano é tão precioso. Acredito que a doação seja uma maneira de agradecer pela saúde do filho e da mãe”, afirma Marília, que só tem elogios ao serviço. A equipe do BLH da MOV é super atenciosa. Sempre ligam para saber como estamos passando, me sinto muito acolhida”, explica.
Ela ainda ressalta a facilidade do processo. “Recebemos em casa os vasilhames esterilizados para coleta do leite, o que torna tudo mais prático. Nossa função é só tirar o leite, colar a etiqueta, congelar e aguardar a equipe do BLH vir recolher. Também é importante tomar bastante água para ajudar na produção”, explica.
É fácil doar
A mãe que possui excedente de leite deve entrar em contato com a maternidade por telefone. A partir daí, é feita uma pré-triagem para avaliar se ela se encaixa no perfil de doadora, de acordo com as exigências da legislação que regulamenta o Banco de Leite. “Não fumar, não beber, não fazer uso de medicamentos que contraindicam a doação, ter todos os exames de pré-natal negativos. Enfim, ser uma lactante saudável”, afirma a coordenadora do BLH.
Hercília esclarece ainda que todo o processo é feito em casa, pela própria doadora. “A mãe não precisa se deslocar. Pelo telefone, fazemos a ficha de cadastro dela e, então, uma médica da nossa equipe avalia os exames. Estando tudo de acordo, enviamos todo o material necessário para a coleta e vamos à sua residência uma vez por semana para buscar os frascos com o leite que ela coletou. É tudo muito simples e prático. Ela pode fazer a retirada do leite no momento que achar melhor, quando tiver uma folguinha, sem que haja necessidade de sair de casa”, explica.
Além disso, ela ressalta que todo leite doado passa por várias etapas rigorosas de seleção e análises microbiológicas até ser pasteurizado e estar pronto para distribuição. “Todo leite que recebemos é analisado, passando por várias etapas de pasteurização até estar próprio para consumo, obedecendo a legislação da Anvisa e do Ministério da Saúde. É um processo muito seguro tanto para quem doa quanto para quem recebe”. A coordenadora também faz um alerta. “Leite cru, sem passar por nenhum processo, só pode ser dado da mãe para o filho. Ou seja, não é indicado amamentar uma criança que não seja a sua”.
Aline Castro Alves / Fhemig
Apoio na amamentação
A Maternidade Odete Valadares (MOV) tem como missão promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. Por isso, as mães que estiverem com dificuldade na hora de amamentar podem agendar um horário para comparecer ao BLH. “É importante que ela venha acompanhada do seu bebê para tirar todas as dúvidas e auxiliarmos no resgate dessa amamentação”, explica Hercília.
Naianny Lanara Araujo Andrade, mãe do Benjamim, procurou a maternidade buscando auxílio para esclarecer as dúvidas relacionadas à amamentação. Mãe de outras duas crianças, ela queixava de apojadura (quando o seio fica muito inchado e dolorido, podendo até causar febre) e buscava auxílio para a pega do bebê. “A equipe foi muito atenciosa. Me ajudaram muito, explicando tudo, e disseram que eu poderia voltar caso tivesse alguma dúvida. É muito bom ter essa ajuda nos primeiros momentos, pois é uma fase que ficamos mais sensíveis”.
Ela ainda demonstrou interesse em se tornar uma doadora. “Me orientaram aguardar alguns dias após o parto, quando ficamos com uma produção maior de leite. Caso eu permaneça com excedente, vou querer ajudar doando”, planeja Naianny.
Postos de coleta
As mães que tiverem interesse em ser doadoras ou apresentarem dificuldades em relação ao aleitamento materno podem entrar em contato com o Banco de Leite Humano da MOV pelos telefones (31) 3298-6008 ou 3337-5678.
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