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Nesta quinta-feira (15), a Polícia Civil cumpriu 11 mandados de prisão contra suspeitos de participação no assassinato de Hamilton, que além de vereador, era presidente de Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transportes de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e Região (Simeclodif). Na lista estão o parlamentar de BH, um policial militar e um ex-policial penal. Um dirigente sindical segue foragido.
Com a quebra do sigilo judicial do caso, a Polícia Civil detalhou o plano e a motivação para o assassinato. De acordo com o delegado Domênico Rocha, havia uma rivalidade com a vítima com relação ao sindicato dos transportadores da região metropolitana. Hamilton entregou documentos para o Ministério Público do Trabalho, que provariam má gestão dos recursos sindicais, o que levou ao bloqueio de bens de Ronaldo Batista. O vereador da capital teria, assim, decido se vingar do rival.
No cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços dos suspeitos, a polícia encontrou R$ 40 mil. De acordo com o delegado, acredita-se que ao menos R$ 10 mil desse montante seria usado para pagar os executores do crime.
O plano
Ao verificar o celular de Hamilton, a polícia descobriu que a vítima havia sido atraída para uma emboscada na avenida Amazonas, onde foi assassinada com 12 tiros, ao meio-dia, perto de uma área movimentada. O esquema foi montado a partir de um perfil falso de WhatsApp - com o nome de Vanessa -, possivelmente criado pelos suspeitos para seduzir a vítima.
A conversa entre vítima e o perfil falso teve início com a negociação de um lote. Depois, houve o relatado de uma traição do companheiro, dando margem para uma conversa mais íntima. “Passou-se a imagem de uma mulher fragilizada para haver um jogo de sedução”, disse o delegado. As investigações mostraram que o telefone havia sido habilitado em cinco celulares diferentes e o dono da linha morava em outro estado.
A premeditação do crime também se revelou pelo silenciador usado pelos autores ao efetuar os disparos. Como as pessoas que estavam no ponto de ônibus próximo não ouviram os disparos, os policiais verificaram que a arma havia sido alterada. A polícia também verificou que o Fiat Palio usado no crime era clonado. O carro e a arma utilizada foram localizados na casa do ex-policial penal, apontado como autor dos disparos.
No decorrer das investigações, um suspeito aceitou fazer uma colaboração premiada e apontou o vereador Ronaldo Batista como o mandante. Ele teria dito ainda que, após o bloqueio de bens, o político pediu celeridade na execução do plano.
De acordo com o delegado Rocha, os 12 investigados tiveram algum tipo de participação no crime ou na obstrução das investigações. Um dos suspeitos teria confeccionado um boletim de ocorrência falso para desviar as atenções dos investigadores. “Um deles era responsável pelo monitoramento da vítima”, adiantou.
O plano para matar o vereador de Funilândia teria sido tão elaborado, conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público à Justiça, que o juiz Marcelo Rodrigues Fioravante chegou a comparar a trama com roteiros cinematográficos.
A reportagem entrou em contato com o advogado de Ronaldo Batista, mas ainda não obteve resposta. A Câmara Municipal de BH disse que o processo não tem correlação com o mandato do vereador e, por isso, não vai se manifestar.
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Nesta quinta-feira (15), a Polícia Civil cumpriu 11 mandados de prisão contra suspeitos de participação no assassinato de Hamilton, que além de vereador, era presidente de Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transportes de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e Região (Simeclodif). Na lista estão o parlamentar de BH, um policial militar e um ex-policial penal. Um dirigente sindical segue foragido.
Com a quebra do sigilo judicial do caso, a Polícia Civil detalhou o plano e a motivação para o assassinato. De acordo com o delegado Domênico Rocha, havia uma rivalidade com a vítima com relação ao sindicato dos transportadores da região metropolitana. Hamilton entregou documentos para o Ministério Público do Trabalho, que provariam má gestão dos recursos sindicais, o que levou ao bloqueio de bens de Ronaldo Batista. O vereador da capital teria, assim, decido se vingar do rival.
No cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços dos suspeitos, a polícia encontrou R$ 40 mil. De acordo com o delegado, acredita-se que ao menos R$ 10 mil desse montante seria usado para pagar os executores do crime.
O plano
Ao verificar o celular de Hamilton, a polícia descobriu que a vítima havia sido atraída para uma emboscada na avenida Amazonas, onde foi assassinada com 12 tiros, ao meio-dia, perto de uma área movimentada. O esquema foi montado a partir de um perfil falso de WhatsApp - com o nome de Vanessa -, possivelmente criado pelos suspeitos para seduzir a vítima.
A conversa entre vítima e o perfil falso teve início com a negociação de um lote. Depois, houve o relatado de uma traição do companheiro, dando margem para uma conversa mais íntima. “Passou-se a imagem de uma mulher fragilizada para haver um jogo de sedução”, disse o delegado. As investigações mostraram que o telefone havia sido habilitado em cinco celulares diferentes e o dono da linha morava em outro estado.
A premeditação do crime também se revelou pelo silenciador usado pelos autores ao efetuar os disparos. Como as pessoas que estavam no ponto de ônibus próximo não ouviram os disparos, os policiais verificaram que a arma havia sido alterada. A polícia também verificou que o Fiat Palio usado no crime era clonado. O carro e a arma utilizada foram localizados na casa do ex-policial penal, apontado como autor dos disparos.
No decorrer das investigações, um suspeito aceitou fazer uma colaboração premiada e apontou o vereador Ronaldo Batista como o mandante. Ele teria dito ainda que, após o bloqueio de bens, o político pediu celeridade na execução do plano.
De acordo com o delegado Rocha, os 12 investigados tiveram algum tipo de participação no crime ou na obstrução das investigações. Um dos suspeitos teria confeccionado um boletim de ocorrência falso para desviar as atenções dos investigadores. “Um deles era responsável pelo monitoramento da vítima”, adiantou.
O plano para matar o vereador de Funilândia teria sido tão elaborado, conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público à Justiça, que o juiz Marcelo Rodrigues Fioravante chegou a comparar a trama com roteiros cinematográficos.
A reportagem entrou em contato com o advogado de Ronaldo Batista, mas ainda não obteve resposta. A Câmara Municipal de BH disse que o processo não tem correlação com o mandato do vereador e, por isso, não vai se manifestar.