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O caso de dois cachorros que foram queimados com piche quente chamou a atenção de moradores de BH no último domingo. Os filhotes foram abandonados no bairro Capitão Eduardo, na região Nordeste, completamente queimados. Moradores do bairro viram os cães agonizando de dor e pediram ajuda. Os animais foram resgatados por integrantes da Sociedade Mineira Protetora dos Animais (SMPA) e levados a uma clínica particular para tratamento.
Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado pelo deputado estadual Noraldino Júnior (PSC), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, na última terça-feira. A Delegacia Especializada de Investigação de Crimes contra a Fauna da Polícia Civil investiga o crime e já realizou algumas diligências.
Integrante da SMPA, Sandra Ferreira contou que os animais tiveram alta anteontem. Eles foram para um lar temporário, para continuar o tratamento. “Estão reagindo muito bem, fortinhos, alegres. A pele já está menos irritada e com menos coceira. Ainda temos um bom tempo pela frente até que possam ser adotados”, publicou a entidade no Instagram.
Os recursos que eles receberam foram muitos e devem ajudar outros animais, ainda segundo a SMPA. A prestação de contas vai ser feita pela rede social da sociedade.
Situações como a desses cães aumentaram com a pandemia, de acordo com os cuidadores. “Tem a questão financeira, ficou difícil para muita gente”, avalia Giovana Fraga, 47, que tem 98 animais sob sua guarda.
Punição ficou mais dura no ano passado
Os crimes continuam ocorrendo, apesar do endurecimento da lei de maus-tratos contra os animais, determinada em legislação sancionada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em 29 de setembro de 2020. A lei aumentou a pena para quem maltratar cães e gatos: a punição, que era de três meses a um ano de detenção e multa, passou para prisão pelo período de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda do animal.
“Há sempre um recurso, como pagar cesta básica. A lei precisa ser feita de uma forma que não tenha fiança ou com uma multa muito alta, porque o ser humano, infelizmente, só aprende quando perde a liberdade ou pesa no bolso”, diz a protetora Giovana Fraga.
A quem recorrer
Denúncias de maus-tratos a animais podem ser feitas pelo telefone 181. O anonimato é garantido.
Como ajudar os protetores
Giovana Fraga Mantovani
Caixa Econômica Federal
Agência 1640, conta poupança 3258-6
E-mail para combinar doações de rações e medicamentos: fragaggio2004@yahoo.com.br
SMPA
Banco do Brasil
Agência 1626-8, conta-corrente 106140-2
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Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado pelo deputado estadual Noraldino Júnior (PSC), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, na última terça-feira. A Delegacia Especializada de Investigação de Crimes contra a Fauna da Polícia Civil investiga o crime e já realizou algumas diligências.
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Os crimes continuam ocorrendo, apesar do endurecimento da lei de maus-tratos contra os animais, determinada em legislação sancionada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em 29 de setembro de 2020. A lei aumentou a pena para quem maltratar cães e gatos: a punição, que era de três meses a um ano de detenção e multa, passou para prisão pelo período de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda do animal.
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