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Já os dados nacionais foram tabulados pelo Estadão Conteúdo no Sivep-Gripe, sistema do Ministério da Saúde que registra internações e óbitos pela doença. Mas, o que explica essa mudança de perfil? A menor quantidade de idosos mortos, evidentemente, está ligada à imunização da maior parte dessa camada da população, já que esse público foi o mais incluído nas primeiras fases da campanha. Por outro lado, o surgimento das novas variantes do vírus e a vacinação lenta das pessoas sem fator de risco fazem o número de vítimas abaixo dos 60 aumentar. Além, é claro, das aglomerações irregulares e o não uso da máscara.
Sem falar a mesma língua durante a campanha, o governo de Minas Gerais e a Prefeitura de Belo Horizonte convivem em uma guerra pública quanto ao repasse de doses. A gestão Alexandre Kalil (PSD) sustenta que há um menor repasse de ampolas para a capital diante da candidatura do prefeito ao Palácio da Liberdade. Por outro lado, a administração Romeu Zema (Novo) ressalta que segue os critérios do Ministério da Saúde para repassar os imunizantes.
Certo é que BH está atrasada em termos de vacinação. Pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com base em dados colhidos entre 14 e 17 de junho, mostra que a maioria das cidades brasileiras vacinam a população entre 50 e 55 anos: 39,7% das respostas. A capital mineira, no entanto, imuniza pessoas a partir de 56, portanto, faz parte das prefeituras que protegem a população entre 56 a 59 anos contra a COVID-19: 30,5% das respostas do levantamento da CNM.
Quanto às demais faixas etárias, mais jovens, 9% dos municípios imunizaram pessoas de 45 a 49 anos; 3,6% de 40 a 44; e somente 2,7% dos cidadãos abaixo dos 40. Na pesquisa da CNM, ainda há um percentual de 14,5% que não respondeu aos questionamentos.
O levantamento também aferiu o percentual das cidades que avançaram à fase do Plano Nacional de Imunização (PNI), que integra o público geral de pessoas sem comorbidades e com menos de 60 anos. Ao todo, 79,1% dos municípios responderam que sim, 15% disseram que ainda não, e 5,9% não responderam. A CNM ouviu representantes de 3.591 cidades. O recorte representa 64,5% dos municípios brasileiros.
Novo repasse
Minas Gerais começa a distribuir, na manhã de hoje, uma nova remessa de vacinas contra a COVID-19, a 25ª desde o início da pandemia. A carga é de 508.170 doses: 235.170 da vacina da Cominarty (Pfizer/BioNTech) e 273 mil da CoronaVac (Instituto Butantan/Sinovac Biotech). Ela vai sair na Central Estadual de Rede de Frio, no, Bairro Gameleira, Região Oeste de BH.
Oficialmente, a PBH trabalha com um repasse de 49.058 para a capital mineira. Na planilha do governo de Minas, a informação é de 48.649 injeções, uma diferença de 409. As injeções, segundo fontes do Executivo municipal, serão destinadas à primeira dose de pessoas sem comorbidades e também para completar o esquema vacinal daquelas já imunizadas na primeira etapa.
A prefeitura registrou 1.010.695 pessoas imunizadas contra a doença com a primeira dose até o boletim de sexta. Outras 413.953 receberam a segunda. Portanto, a capital vacinou 49,6% do seu público-alvo com a primeira injeção. Por outro lado, 20,3% desse mesmo contingente completou o esquema vacinal.
Em Minas, são 6.036.350 vacinados com a primeira dose e 2.614.777 com a segunda. Em relação à população do estado, a cobertura vacinal com a aplicação inicial é de 26,56% e com a complementar, 12,26%. Quanto aos grupos prioritários, a cobertura é de 75,98% com a primeira dose e 35,08% com a segunda.
Dados divulgados ontem pelo governo de Minas apontam que 44.536 pessoas morreram no estado por conta das complicações causadas pela COVID-19 desde março de 2020. Foram 189 óbitos nas últimas 24 horas, e Minas Gerais deve ultrapassar a marca das 45 mil vidas perdidas pelo coronavírus ainda nesta semana. Entre sábado e ontem, foram 5.161 infecções.
(Com agências)
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Sem falar a mesma língua durante a campanha, o governo de Minas Gerais e a Prefeitura de Belo Horizonte convivem em uma guerra pública quanto ao repasse de doses. A gestão Alexandre Kalil (PSD) sustenta que há um menor repasse de ampolas para a capital diante da candidatura do prefeito ao Palácio da Liberdade. Por outro lado, a administração Romeu Zema (Novo) ressalta que segue os critérios do Ministério da Saúde para repassar os imunizantes.
Certo é que BH está atrasada em termos de vacinação. Pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com base em dados colhidos entre 14 e 17 de junho, mostra que a maioria das cidades brasileiras vacinam a população entre 50 e 55 anos: 39,7% das respostas. A capital mineira, no entanto, imuniza pessoas a partir de 56, portanto, faz parte das prefeituras que protegem a população entre 56 a 59 anos contra a COVID-19: 30,5% das respostas do levantamento da CNM.
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(Com agências)