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As faixas exclusivas para ciclistas serão implantadas em toda a extensão da avenida, desde a Praça Rio Branco até a Praça da Bandeira. As intervenções fazem parte do programa da prefeitura (PBH) de requalificação do Centro e vão custar R$24 milhões aos cofres públicos.
Na quinta-feira (25) o presidente da Câmara Municipal de BH (CMBH), Gabriel Azevedo (sem partido), encaminhou uma representação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), solicitando a suspensão imediata da obra.
O taxista José Vitório Nascimento, de 60 anos, trabalha em um ponto de táxi na avenida Afonso Pena, próximo à Praça da Bandeira, na região Centro-Sul, é um dos motoristas contra a obra. “Isso é péssimo. Não existe ciclovia que não cabe nem duas bicicletas. O trânsito piorou 10 vezes mais. Ao invés de aumentar as faixas para o carro andar mais, eles reduzem a rua. Onde já se viu uma coisa dessa?”, questiona o trabalhador.
A reclamação é reforçada pela taxista Benjamin Silvestre Bragança, de 65 anos, que também trabalha na avenida e vê a obra como uma ameaça ao próprio trabalho. “A pior coisa que poderiam fazer é uma ciclovia dessa aí. Vai ser uma pista para o ônibus, outra pra ciclovia e vai sobrar só uma para os carros. Acabou com a Afonso Pena, não vai ter como trabalhar aqui mais, vai ser muito difícil”, reforça o taxista.
Para o especialista em trânsito e transportes urbanos, e presidente da ONG SOS Mobilidade Urbana, José Aparecido Ribeiro, a obra é um assunto polêmico, antigo e recorrente. O especialista reconhece que existe uma pressão dos ciclistas da capital, mas afirma que a população de BH não aderiu à bicicleta como meio de transporte em função da topografia da cidade, repleta de morros.
De acordo com ele, não há demanda lógica para construção de ciclovias naquele ponto, que considera a obra “coisa de político, um paliativo para dizer que está fazendo alguma coisa”. “É só dar uma volta pela cidade. As ciclovias estão vazias. Apenas 0,06% da população de BH utiliza bicicleta, é uma parcela muito pequena”, afirma.
O especialista defende ainda que, “sacrificar” uma pista da avenida para a construção de uma ciclovia vai provocar um caos no trânsito na região, que tem um volume de tráfego muito alto.
“O transporte público não funciona e a cidade está entupida de carro. São 2,5 milhões de veículos em BH. A população está dando um sinal para o poder público que precisa de melhoria na estrutura e não enxergar isso é, além de um desperdício de dinheiro, uma falta de respeito, de senso e de lógica”, defende.
Pedido de suspensão
De acordo com a representação do presidente da Câmara de BH, assinada pelo presidente da Câmara de BH, Gabriel Azevedo (sem partido), em 17 de janeiro, a obra não foi pensada em uma lógica benéfica para a cidade nem para os que utilizam as bikes.
“Considerando a subida íngreme, os ciclistas na maioria das vezes optam por utilizar rotas diferentes da traçada pela Prefeitura para implantação da ciclovia, já que há rotas mais inteligentes a serem feitas”, afirma.
O documento ainda menciona que a ciclovia poderá atrapalhar quem está de carro na Afonso Pena, com a eliminação de uma faixa e criação de pontos de afunilamento, podendo provocar retenção no trânsito.
“A interferência vai criar um caos total no trânsito no local, que já têm um fluxo enorme de veículos e lentidão, não só da avenida como das importantes vias que a cortam”, defende.
O Hoje em Dia procurou a PBH para se posicionar sobre as reclamações e aguarda retorno.
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As faixas exclusivas para ciclistas serão implantadas em toda a extensão da avenida, desde a Praça Rio Branco até a Praça da Bandeira. As intervenções fazem parte do programa da prefeitura (PBH) de requalificação do Centro e vão custar R$24 milhões aos cofres públicos.
Na quinta-feira (25) o presidente da Câmara Municipal de BH (CMBH), Gabriel Azevedo (sem partido), encaminhou uma representação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), solicitando a suspensão imediata da obra.
O taxista José Vitório Nascimento, de 60 anos, trabalha em um ponto de táxi na avenida Afonso Pena, próximo à Praça da Bandeira, na região Centro-Sul, é um dos motoristas contra a obra. “Isso é péssimo. Não existe ciclovia que não cabe nem duas bicicletas. O trânsito piorou 10 vezes mais. Ao invés de aumentar as faixas para o carro andar mais, eles reduzem a rua. Onde já se viu uma coisa dessa?”, questiona o trabalhador.
A reclamação é reforçada pela taxista Benjamin Silvestre Bragança, de 65 anos, que também trabalha na avenida e vê a obra como uma ameaça ao próprio trabalho. “A pior coisa que poderiam fazer é uma ciclovia dessa aí. Vai ser uma pista para o ônibus, outra pra ciclovia e vai sobrar só uma para os carros. Acabou com a Afonso Pena, não vai ter como trabalhar aqui mais, vai ser muito difícil”, reforça o taxista.
Para o especialista em trânsito e transportes urbanos, e presidente da ONG SOS Mobilidade Urbana, José Aparecido Ribeiro, a obra é um assunto polêmico, antigo e recorrente. O especialista reconhece que existe uma pressão dos ciclistas da capital, mas afirma que a população de BH não aderiu à bicicleta como meio de transporte em função da topografia da cidade, repleta de morros.
De acordo com ele, não há demanda lógica para construção de ciclovias naquele ponto, que considera a obra “coisa de político, um paliativo para dizer que está fazendo alguma coisa”. “É só dar uma volta pela cidade. As ciclovias estão vazias. Apenas 0,06% da população de BH utiliza bicicleta, é uma parcela muito pequena”, afirma.
O especialista defende ainda que, “sacrificar” uma pista da avenida para a construção de uma ciclovia vai provocar um caos no trânsito na região, que tem um volume de tráfego muito alto.
“O transporte público não funciona e a cidade está entupida de carro. São 2,5 milhões de veículos em BH. A população está dando um sinal para o poder público que precisa de melhoria na estrutura e não enxergar isso é, além de um desperdício de dinheiro, uma falta de respeito, de senso e de lógica”, defende.
Pedido de suspensão
De acordo com a representação do presidente da Câmara de BH, assinada pelo presidente da Câmara de BH, Gabriel Azevedo (sem partido), em 17 de janeiro, a obra não foi pensada em uma lógica benéfica para a cidade nem para os que utilizam as bikes.
“Considerando a subida íngreme, os ciclistas na maioria das vezes optam por utilizar rotas diferentes da traçada pela Prefeitura para implantação da ciclovia, já que há rotas mais inteligentes a serem feitas”, afirma.
O documento ainda menciona que a ciclovia poderá atrapalhar quem está de carro na Afonso Pena, com a eliminação de uma faixa e criação de pontos de afunilamento, podendo provocar retenção no trânsito.
“A interferência vai criar um caos total no trânsito no local, que já têm um fluxo enorme de veículos e lentidão, não só da avenida como das importantes vias que a cortam”, defende.
O Hoje em Dia procurou a PBH para se posicionar sobre as reclamações e aguarda retorno.