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Os cinco criminosos que participaram da explosão de caixas eletrônicos em uma agência da Caixa Econômica Federal em Brumadinho, na região Metropolitana de Belo Horizonte, na madrugada dessa sexta-feira (14) e ainda fizeram uma família de refém durante a tentativa de fuga, tinham várias passagens pela polícia e integravam uma quadrilha com características do “novo cangaço”. De acordo com a Polícia Militar, todos tinham histórico de envolvimento com o tráfico de drogas, homicídio, porte ilegal de arma de fogo e a prática de explosão de caixas eletrônicos. A ficha criminal mostra que os bandidos não estavam de brincadeira.
Três dos suspeitos morreram no tiroteio com os militares, em frente a agência bancária. Durante a tentativa de fuga, dois criminosos invadiram uma casa, que fica a cerca de 500 metros do banco e fizeram uma família de refém – pai, mãe e filha – . Eles exigiram a presença da imprensa, para garantir que nada acontecesse com eles. Os dois se renderam cerca de duas horas depois de iniciada as negociações com a polícia.
“Um deles, o líder da quadrilha, foi preso há duas semanas. Havia uma mandado de prisão contra ele e ele foi preso em uma operação do Gaeco, da Polícia Militar, da Polícia Civil e passadas nem duas semanas ele já estava solto, na sociedade”, explicou o capitão Sales do 23º Batalhão de Polícia Militar.
Crime
Os militares receberam a informação de que a quadrilha, que é de Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado e já vinha sendo monitorada pelas autoridades locais, teria a intenção de atacar uma agência bancária de Brumadinho, ainda na tarde de quinta-feira (13). A partir da informação, foi montado um esquema especial na cidade, que envolveu cerca de 60 policiais, inclusive com a participação do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
O tiroteio teria se iniciado quando os militares perceberam a movimentação suspeita na agência bancária. Em seguida veio a explosão dos caixas eletrônicos e os suspeitos iniciaram um tiroteio contra os polciais. No carro utilizado pelos criminosos também havia um refém.
“Suspeitamos que o local de encontro deles foi em uma zona rural da cidade de Itaguara, onde fizeram o assalto do veículo, com um refém. Inclusive utilizaram o refém durante a explosão dos caixas eletrônicos”, explicou o capitão. Na avaliação do militar, a inteligência dos militares durante o tiroteio foi um fator determinante para identificar que o quarto indivíduo no carro, na verdade era um refém.
Durante a troca de tiros três suspeitos morreram. Dois deles conseguiram fugir e invadiram uma casa a 500 metros da agência bancária. Uma família foi feita de refém. “No início da negociação, como ainda estava aquela situação de euforia estavam todos muito nervosos. Mas com toda a técnica do negociador, ele foi acalmando primeiro os infratores. A partir daí, acalmou as vítimas e aí sim conseguiu estabelecer um contato. A conversa foi mais amigável, sempre entendendo, em uma relação de confiança entre as partes, sem mentira e a situação foi evoluindo até que concluímos com a entrega dos dois”, explicou o tenente-coronel do Bope, Carlos Eduardo Ferreira.
Bombas
Na avenida em que houve a explosão, haviam pelos menos oito agências bancárias e diversos estabelecimentos comerciais. Para explodir os caixas eletrônicos, os bandidos utilizaram uma bomba de metalon, com alto poder de destruição.
“Teve um metalon que danificou a agência e dentro do carro haviam quatro peças grandes de metalon. É um explosivo improvisado, mas basta ver o estragado que uma peça fez na agência”, comentou o Ferreira. Moradores da cidade realtaram a O Tempo que o barulho da explosão foi tão forte que pensaram que uma nova barragem teria se rompido em Brumadinho.
Com os suspeitos na agência bancária foram apreendidas duas pistolas e uma arma de cano longo. Já na casa onde a família foi feita de refém, duas pistolas foram apreendidas.
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FICHA EXTENSA
Os cinco criminosos que participaram da explosão de caixas eletrônicos em uma agência da Caixa Econômica Federal em Brumadinho, na região Metropolitana de Belo Horizonte, na madrugada dessa sexta-feira (14) e ainda fizeram uma família de refém durante a tentativa de fuga, tinham várias passagens pela polícia e integravam uma quadrilha com características do “novo cangaço”. De acordo com a Polícia Militar, todos tinham histórico de envolvimento com o tráfico de drogas, homicídio, porte ilegal de arma de fogo e a prática de explosão de caixas eletrônicos. A ficha criminal mostra que os bandidos não estavam de brincadeira.
Três dos suspeitos morreram no tiroteio com os militares, em frente a agência bancária. Durante a tentativa de fuga, dois criminosos invadiram uma casa, que fica a cerca de 500 metros do banco e fizeram uma família de refém – pai, mãe e filha – . Eles exigiram a presença da imprensa, para garantir que nada acontecesse com eles. Os dois se renderam cerca de duas horas depois de iniciada as negociações com a polícia.
“Um deles, o líder da quadrilha, foi preso há duas semanas. Havia uma mandado de prisão contra ele e ele foi preso em uma operação do Gaeco, da Polícia Militar, da Polícia Civil e passadas nem duas semanas ele já estava solto, na sociedade”, explicou o capitão Sales do 23º Batalhão de Polícia Militar.
Crime
Os militares receberam a informação de que a quadrilha, que é de Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado e já vinha sendo monitorada pelas autoridades locais, teria a intenção de atacar uma agência bancária de Brumadinho, ainda na tarde de quinta-feira (13). A partir da informação, foi montado um esquema especial na cidade, que envolveu cerca de 60 policiais, inclusive com a participação do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
O tiroteio teria se iniciado quando os militares perceberam a movimentação suspeita na agência bancária. Em seguida veio a explosão dos caixas eletrônicos e os suspeitos iniciaram um tiroteio contra os polciais. No carro utilizado pelos criminosos também havia um refém.
“Suspeitamos que o local de encontro deles foi em uma zona rural da cidade de Itaguara, onde fizeram o assalto do veículo, com um refém. Inclusive utilizaram o refém durante a explosão dos caixas eletrônicos”, explicou o capitão. Na avaliação do militar, a inteligência dos militares durante o tiroteio foi um fator determinante para identificar que o quarto indivíduo no carro, na verdade era um refém.
Durante a troca de tiros três suspeitos morreram. Dois deles conseguiram fugir e invadiram uma casa a 500 metros da agência bancária. Uma família foi feita de refém. “No início da negociação, como ainda estava aquela situação de euforia estavam todos muito nervosos. Mas com toda a técnica do negociador, ele foi acalmando primeiro os infratores. A partir daí, acalmou as vítimas e aí sim conseguiu estabelecer um contato. A conversa foi mais amigável, sempre entendendo, em uma relação de confiança entre as partes, sem mentira e a situação foi evoluindo até que concluímos com a entrega dos dois”, explicou o tenente-coronel do Bope, Carlos Eduardo Ferreira.
Bombas
Na avenida em que houve a explosão, haviam pelos menos oito agências bancárias e diversos estabelecimentos comerciais. Para explodir os caixas eletrônicos, os bandidos utilizaram uma bomba de metalon, com alto poder de destruição.
“Teve um metalon que danificou a agência e dentro do carro haviam quatro peças grandes de metalon. É um explosivo improvisado, mas basta ver o estragado que uma peça fez na agência”, comentou o Ferreira. Moradores da cidade realtaram a O Tempo que o barulho da explosão foi tão forte que pensaram que uma nova barragem teria se rompido em Brumadinho.
Com os suspeitos na agência bancária foram apreendidas duas pistolas e uma arma de cano longo. Já na casa onde a família foi feita de refém, duas pistolas foram apreendidas.