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Menos de 24 horas após o anúncio da greve dos transportadores de combustível de Minas Gerais, as filas nos postos de Belo Horizonte já são assustadoras.
O movimento foi deflagrado pelo Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (SindTanque). A categoria pede redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o preço do óleo diesel de 15% para 12%.
Em ao menos dois postos da Avenida Cristiano Machado, frentistas e gerentes relatam que a corrida da gasolina começou antes das 6h.
No estabelecimento próximo ao Minas Shopping, às 8h30, mais de cem carros aguardavam abastecimento. Um deles é do representante comercial Robson Magalhães.
(foto: Robson Magalhães/EM/D.A Press)
"Geralmente, abasteço às terças e quintas-feiras. Mas resolvi me adiantar. Saí mais cedo de casa para passar aqui antes de ir para o escritório", conta o freguês.
A clientela também teme que a greve provoque disparada nos preços.
"Normalmente, eu viria abatecer no sábado. Resolvir vir hoje porque, mais tarde, pode ser que eu só encontre gasolina a preços exorbitantes. Melhor garantir", diz o representante de Moda Leandro Alves.
A reportagem percorreu a Região da Pampulha de 8 às 10h. Neste período, o preço do combustível ainda não havia disparado . A gasolina variava entre R$ 5,12 e R$ 5,39 o litro. Já o álcool era vendido na região por valores entre R$ 3,59 e R$ 3,89 por litro.
As filas para o abastecimento já se refletem no trânsito da capital. A BHTrans alerta os motoristas de que há congestionamentos em diversos pontos da cidade em virtude da corrida aos postos.
Desabastecimento iminente
Entidade que representa 4,5 mil postos mineiros, o Minaspetro informou que a greve já afeta empresas em toda a RMBH, além de cidades que realizam o carregamento nas bases próximas à Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim.
De acordo com o sindicato, os postos estão com dificuldade de fazer pedidos às distribuidoras e de abastecer seus caminhões próprios nas bases, já que cerca de 200 caminhões de grevistas bloqueiam o entorno da Regap.
Caso a greve permaneça nas próximas horas, avisa o sindicato, certamente haverá desabastecimento em grande parte dos estabelecimentos.
Entenda a greve
O SindTaque estima que 3 mil condutores aderiram ao movimento. Os tanqueiros pedem que o estado reduza a alíquota do ICMS cobrada pelo estado de 15% para 12%, semelhante à taxa praticada em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.
O governo de Minas argumenta que as recentes variações do combustível não são decorrentes do ICMS, mas da política de preços da Petrobrás. Por enquanto, o Executivo também descarta baixar a tarifa alegando a crise financeira enfrentada pelo estado.
"No momento, em virtude da situação financeira do estado, a Lei de Responsabilidade Fiscal exige uma compensação para aumentar receita em qualquer movimento de renúncia fiscal, o que não torna possível a redução da alíquota. A Secretaria de Fazenda esclarece ainda que o ICMS corresponde a 31% para gasolina, 16% para o etanol e 15% para o diesel, do preço total dos combustíveis", diz a nota.
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(foto: Robson Magalhães/EM/D.A Press)
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Entenda a greve
O SindTaque estima que 3 mil condutores aderiram ao movimento. Os tanqueiros pedem que o estado reduza a alíquota do ICMS cobrada pelo estado de 15% para 12%, semelhante à taxa praticada em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.
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