AGLOMERAÇÃO


A manhã deste domingo (30) foi movimentada na orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. Com a flexibilização, muitas pessoas resolveram sair de suas casas para um passeio em um dos cartões postais da capital, próximo à Igreja São Francisco de Assis.


Ciclistas, crianças de bicicleta, patins e patinetes, amigos fazendo selfie e famílias aproveitando a sombra das árvores. No entanto, em alguns pontos, o distanciamento não foi respeitado e alguns pedestres estavam sem máscaras.

O motorista de aplicativo Helbert dos Santos, de 43 anos, aproveitou o domingo para passear com a companheira, sobrinhos e amigos. 

"É a primeira vez que viemos após a flexibilização, estamos usando a máscara e isso traz mais segurança. Estamos com crianças, que já ficam sem escola, na TV o tempo todo. Tem que sair um pouco para não surtar", contou. 

Segundo ele, ao chegar na praça, por volta das 10h, a primeira preocupação foi escolher um lugar afastado para ficar com a família. 

"Essa foi a maior preocupação, manter o distanciamento. Escolhemos o local para que possamos ficar tranquilos", afirmou. 

Por outro lado, nem todos tiveram a mesma consciência do motorista. A reportagem de O TEMPO ficou na área por cerca de uma hora e constatou crianças e adultos sem proteção facial e bem próximos. Agentes da Guarda Municipal monitoravam o local. 

A gerente comercial Cláudia Soares de Melo, de 54 anos, tem o costume de frequentar a orla aos fins de semana e ficou assustada com a movimentação. 

"Estou muito decepcionada com a falta de respeito das pessoas de não usar máscara, não manter o distanciamento, estão andando em grupos. Estamos em um processo de reabertura, mas algumas pessoas acham que a pandemia já acabou", afirmou. 

Para ela, caso as normas não sejam respeitadas, é possível que as praças sejam fechadas novamente. 

"Eu vim passear com meu cachorro, fiz a minha parte de ficar longe e usar a máscara. Se continuar assim tem uma possibilidade muito grande de voltar aos serviços essenciais. A gente critica as autoridades, mas, quando começamos a presenciar esse tipo de situação, percebemos que as autoridades têm razão", finalizou.