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4,5 quilos. Assim que a recém-nascida Ketllin Sofia Araújo de Jesus teve o peso aferido na balança, ganhou o apelido, carinhoso, de “bebê gigante”. A menina nasceu na Maternidade Odete Valadares (MOV), em Belo Horizonte, na quinta-feira passada (4 de abril), quase ao meio dia. A quinta filha de Isabel de Jesus também é a maior, e a mãe chama de “alívio” o fato das duas estarem bem, apesar do parto de risco.
A criança nasceu com 39 semanas e quatro dias. A família foi transferida às pressas de Ouro Preto, na região Central de Minas, até a capital. Foram mais de 100 km de ansiedade pela chegada de Ketllin. “Ela foi considerada uma bebê gigante. Fui transferida com urgência para fazer a cesariana aqui em Belo Horizonte, por conta do risco. Por eu ser diabética, a criança tem tendência de nascer maior”, conta Isabel, com a filha no colo.
A relação com a diabetes foi confirmada pela obstetra da Odete Valadares, Ana Cláudia Capanema Braga. Segundo ela, alguns hormônios que ficam na placenta podem provocar alterações no metabolismo da mãe e, com isso, aumentar a quantidade de glicose no organismo. “Esse aumento da glicemia materna passa pela placenta para o feto em desenvolvimento, o que causa alterações em seu metabolismo. E a principal consequência é o crescimento fetal excessivo”, explica a médica.
Vivendo com diabetes há três anos, não foi a primeira vez que Isabel se sentiu “pesada” durante uma gestação. “O meu outro bebê também nasceu grande, só que com 4 quilos. A Ketllin nasceu ainda maior. Agora estamos bem. A sensação é de alívio”, comemora.
Diabetes gestacional
Assim que diagnosticado, o diabetes gestacional deve ser tratado e monitorado para que não ocorram complicações, que podem levar, inclusive, ao óbito fetal. Nesses casos, a orientação é uma mudança no estilo de vida da mãe. “Uma dieta equilibrada, específica para a gestante, e atividade física. Com essas duas medidas, a maioria das grávidas com diabetes já consegue controlar os índices de glicemia e evitar repercussões negativas no feto”, orienta Ana Cláudia.
A gestante também pode fazer o controle em casa, aferindo a glicemia de três a cinco vezes por dia, a depender de cada caso. “A cada consulta de pré-natal, a paciente deve levar as aferições domiciliares. Assim, o médico pode avaliar melhor se a dieta e a atividade física estão sendo suficientes ou se é necessário o uso de medicamento”, esclarece a obstetra.
Após o “super parto”, Isabel e Ketllin se recuperam bem e o desejo é apenas um: “voltar para casa o mais rápido possível”, brinca a mãe.
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A criança nasceu com 39 semanas e quatro dias. A família foi transferida às pressas de Ouro Preto, na região Central de Minas, até a capital. Foram mais de 100 km de ansiedade pela chegada de Ketllin. “Ela foi considerada uma bebê gigante. Fui transferida com urgência para fazer a cesariana aqui em Belo Horizonte, por conta do risco. Por eu ser diabética, a criança tem tendência de nascer maior”, conta Isabel, com a filha no colo.
A relação com a diabetes foi confirmada pela obstetra da Odete Valadares, Ana Cláudia Capanema Braga. Segundo ela, alguns hormônios que ficam na placenta podem provocar alterações no metabolismo da mãe e, com isso, aumentar a quantidade de glicose no organismo. “Esse aumento da glicemia materna passa pela placenta para o feto em desenvolvimento, o que causa alterações em seu metabolismo. E a principal consequência é o crescimento fetal excessivo”, explica a médica.
Vivendo com diabetes há três anos, não foi a primeira vez que Isabel se sentiu “pesada” durante uma gestação. “O meu outro bebê também nasceu grande, só que com 4 quilos. A Ketllin nasceu ainda maior. Agora estamos bem. A sensação é de alívio”, comemora.
Diabetes gestacional
Assim que diagnosticado, o diabetes gestacional deve ser tratado e monitorado para que não ocorram complicações, que podem levar, inclusive, ao óbito fetal. Nesses casos, a orientação é uma mudança no estilo de vida da mãe. “Uma dieta equilibrada, específica para a gestante, e atividade física. Com essas duas medidas, a maioria das grávidas com diabetes já consegue controlar os índices de glicemia e evitar repercussões negativas no feto”, orienta Ana Cláudia.
A gestante também pode fazer o controle em casa, aferindo a glicemia de três a cinco vezes por dia, a depender de cada caso. “A cada consulta de pré-natal, a paciente deve levar as aferições domiciliares. Assim, o médico pode avaliar melhor se a dieta e a atividade física estão sendo suficientes ou se é necessário o uso de medicamento”, esclarece a obstetra.
Após o “super parto”, Isabel e Ketllin se recuperam bem e o desejo é apenas um: “voltar para casa o mais rápido possível”, brinca a mãe.