Durante 40 dias, uma equipe composta por 20 militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais se dedicou integralmente às buscas por vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, em Moçambique, e ao trabalho de reconstrução do país devastado pelas tempestades. Agora, os bombeiros viajam de volta para o Brasil. 

Paralelamente, outros cinco bombeiros desembarcaram nesta segunda-feira (6), na África do Sul, para continuar os trabalhos de redução dos danos causados pelos. A nova equipe deve permanecer no país por outros 30 dias. 

Missão Humanitária

Na noite de 29 de março, a primeira equipe de militares, que também havia atuado nas buscas por vítimas em Brumadinho, embarcou para uma viagem para o país africano. O trajeto ultrapassou as 24 horas de duração. 

O intuito inicial era auxiliar nos trabalhos de redução dos danos causados pela tempestade Idai, que afetou cerca de 1,85 milhão de pessoas e deixou mais de 460 mortos só no local. A previsão inicial era que os militares permanecessem em Moçambique por 15 dias. 

No entanto, pouco mais de um mês após a passagem do Idai, o ciclone Kenneth devastou áreas já destruídas e prejudicou ainda mais a chegada de ajuda a áreas afetadas.

Desde 25 de abril, quando a segunda tempestade atravessou o país, o governo moçambicano já contabilizou mais de 30 pessoas mortas. O número deve aumentar conforme militares e forças de resgate alcancem áreas atingidas. 

Diante da ajuda dos bombeiros mineiros, autoridades locais formalizaram pedidos para que o prazo de atuação dos militares fosse prorrogado. O que aconteceu. Os militares permaneceram no país por 40 dias ao invés de 15. Agora, a nova equipe foi enviada para compor a força-tarefa.