Marcelo Auler - No que pese o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter errado ao classificar como amigos o futuro ex-juiz Sérgio Moro e o doleiro Alberto Youssef – de fato, nada existe que possa caracterizar uma relação de amizade entre os dois – na realidade, ele não se equivocou ao apontar que o então magistrado acabou beneficiando o doleiro reincidente. Da mesma forma que o doleiro também fez suas “gentilezas” ao juiz e à chamada República de Curitiba, responsável pela Operação Lava Jato naquela cidade. Moro e Youssef se cruzaram pela primeira vez quando das investigações das remessas de dólares ao exterior por meio das chamadas contas CC5, operadas pela agência do Banestado, em Foz do Iguaçu. Embora ainda fosse considerado pequeno, o doleiro de Londrina já tinha contas a ajustar com a Justiça
Foi esperto, negociou a delação premiada, entregou seus principais concorrentes no mercado paralelo do câmbio, escondeu o que não interessava falar e ainda parte do dinheiro que deveria ter entregue pois se tratava de fruto das ilegalidades pelas quais estava sendo processado. Ficou livre, com capital necessário para alavancar seus negócios, com menos concorrência e ainda mantendo amizade com políticos da sua região. Políticos poupados nas suas denúncias. Só não convenceu ao delegado de Polícia Federal de Londrina, Gerson Machado.
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