Brasil247 - A imprensa internacional repercutiu a decisão do deputado federal reeleito Jean Wyllys (PSol-RJ) de não voltar mais ao Brasil após sofrer várias ameaças de morte.
O britânico "The Guardian" lembrou a amizade do parlamentar com a ex-vereadora Marielle Franco (PSol), assassinada em março do ano passado. "Sua saída provavelmente aumentará o temor da comunidade LGBT no Brasil de que a homofobia aumente ainda mais sob o governo do presidente Jair Bolsonaro, que ganhou notoriedade por sua evidente homofobia", diz o jornal.
Nos EUA, o "The New York Times" destacou o papel de Jean Wyllys na luta pelos direitos LGBT, além das ameaças de morte citadas pelo deputado federal. "Wyllys tem sido alvo de ameaças de morte há anos, mas ele disse que essas ameaças se tornaram mais severas depois que Marielle Franco, uma defensora dos direitos humanos que era sua amiga e aliada política, foi assassinada", disse.
O "The Washington Post", também nos EUA, lembrou os confrontos entre Wyllys e o presidente Jair Bolsonaro, além da escolta policial adotada pelo parlamentar, após a morte de Marielle Franco.
"Wyllys, que foi reeleito em outubro e deveria começar um terceiro mandato em fevereiro, disse que as ameaças de morte contra ele aumentaram significativamente desde que a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, foi baleada e morta junto com seu motorista em março. Desde então, Wyllys, que representa o Rio de Janeiro, usa uma equipe de segurança", relata o jornal.