As queimadas que têm atingido a região do Pantanal do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul estão gerando uma nova nuvem de fumaça no Brasil. Nos dois estados, onde os focos de incêndio têm crescido nos últimos dias, a concentração de monóxido de carbono (CO) tem chegado a níveis perigosos e a fumaça tem se espalhado para outros estados, como Minas Gerais, São Paulo, Paraná e até o litoral do Rio de Janeiro.
Segundo o coletivo Além das Sombras, a nuvem de fumaça voltou a São Paulo, a exatos 30 dias do “dia que virou noite” e assustou moradores da capital paulista. Através dos mapas do site Windy, o grupo apontou o aumento da concentração de monóxido de carbono (CO) no Brasil e a extensão da fumaça.
Há alguns dias, moradores do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul têm relatado que a fumaça tem sido persistente na região e, segundo o coletivo, os índices de CO estão em um patamar muito elevado. O grupo alerta que não há muito o que fazer, mas recomenda que quem estiver passando mal busque um pronto-socorro.
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Os incêndios nos dois estados se intensificaram nos últimos dias após uma redução nas queimadas da Amazônia devido à exposição internacional. Além disso, a região tem sofrido com os reflexos das queimadas no Chaco na Bolívia e no Paraguai, ainda difíceis de controlar devido as secas, mesmo com um mega-operativo.
A fumaça em São Paulo ainda pode aumentar, na capital e no interior, devido aos ventos. O site mostra que a fumaça tem se deslocado para o estado e pode chegar a encobrir até mesmo o litoral do Rio de Janeiro, a cerca de 1800 km de Corumbá (MT), cidade considerada a “capital” do Pantanal e com vários focos de incêndio.
Segundo a empresa de meteorologia MetSul, a área coberta por fumaça na América do Sul hoje é de 7,4 milhões de quilômetros quadrados. “Equivalente a quase ao território da Austrália, a 1,6 vez o tamanho da União Europeia e quatro vezes o tamanho do Alasca”, publicou a empresa em sua conta no Twitter.