8 DE JANEIRO


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido para que o órgão se manifeste sobre uma possível suspensão da posse de deputados bolsonaristas envolvidos nos atos criminosos do dia 8 de janeiro.

Moraes deu 24 horas para que a PGR se manifeste sobre o caso. A posse dos parlamentares está prevista para a próxima quarta (1º).

 
O pedido, encaminhado nesta sexta-feira (27), é assinado pelos advogados Marco Aurélio de Carvalho, Fabiano Silva Dos Santos e Pedro Estevam Alves Pinto, membros do grupo “Prerrogativas”.


Ao todo, 11 parlamentares são citados no documento. Dois deles, Silvia Waiãpi (PL-AP) e André Fernandes (PL-CE), já são alvo de inquéritos no Supremo. Os outros são:


Nikolas Ferreira (PL-MG) 
Luiz Ovando (PP-MS)  
Marcos Pollon (PL-MS) 
Rodolfo Nogueira (PL-MS) 
João Henrique Catan (PL-MS) 
Rafael Tavares (PRTB-MS) 
Carlos Jordy (PL-RJ) 
Sargento Rodrigues (PL-MG) 
Walber Virgolino (PL-PB)
Nikolas: 'ataque à democracia'

O deputado federal eleito por Minas Gerais Nikolas Ferreira (PL) ao O TEMPO que o pedido do ministro Alexandre de Moraes é “um ataque ao Poder Legislativo”. Ele ressaltou que não foi informado oficialmente sobre a medida. 

“Isso não é um ataque a mim, mas ao Poder Legislativo. Espero que não prospere. Será o fim do resto de democracia que há no país. O ministro, inclusive, já deu decisão recente que respeita minha posse”, declarou o parlamentar.