A condenação do megaempresário é a primeira em um dos processos envolvendo a Lava-Jato



O ex-megaempresário Eike Batista foi condenado a 30 anos de prisão por corrupção ativa. por dar propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB). Dois doleiros acusaram Eike de pagar US$ 16,5 milhões a Cabral, algo em torno de R$ 52 milhões, em troca de contratos com o governo fluminense.

Esta é a primeira condenação de Eike em um dos processos contra ele envolvendo a Operação Lava-Jato.

A sentença foi assinada nessa segunda-feira (2) pelo juiz de primeira instância, do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, que também impôs a Eike multa de R$ 53 milhões.

O advogado do empresário, Fernando Martins, informou que vai recorrer.

Eike chegou a ser preso em janeiro do ano passado após ser considerado foragido da Justiça. Em maio do mesmo ano, ele foi solto para cumprir prisão domiciliar por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

De acordo com a condenação desta segunda-feira, o passaporte de Eike deve continuar retido, e ele segue impedido de deixar o Brasil.

Cabral

Na mesma sentença, Bretas condenou o ex-governador do Rio Sérgio Cabral a 22 anos e oito meses de reclusão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão divisas. A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo foi sentenciada a 4 anos de prisão.


Bretas também condenou o ex-vice-presidente do Flamengo Flávio Godinho a 22 anos de prisão. A informação foi divulgada pelo jornalista Lauro Jardim, de