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Durante uma sessão virtual no Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta quarta-feira (10), o áudio de um dos ministros escapou. Enquanto a ministra Assusete Magalhães fazia seu voto, o ministro Francisco Falcão ligou para o colega Benedito Gonçalves, que atendeu a ligação no viva-voz. Antes que ele pudesse desligar o áudio, foi possível ouvir a fala de Falcão: "Ninguém aguenta mais essa velha". Com o comentário, Benedito Gonçalves desliga o áudio, começa a rir e continua a conversa com Falcão.
Nesta quinta-feira (11), a associação Elas Pedem Vista emitiu uma nota de repúdio à fala do ministro e de solidariedade à ministra. Segundo a associação, o comentário foi mais um triste exemplo do machismo enfrentado por mulheres em todas as esferas. "Para alcançar destaque no mercado de trabalho, as mulheres precisam ser não apenas eficientes, inteligentes e comprometidas. Elas precisam buscar o superlativo desses adjetivos, mesmo que pagando um alto preço na vida pessoal e familiar. Mas, ainda assim, não há garantia de que estejam livres do preconceito, do machismo e da misogenia", destaca.
A Comissão Ajufe Mulheres, da Associação dos Juízes Federais do Brasil, também emitiu nota em solidariedade a ministra Assusete. Segundo a nota, é importante ressaltar que este não é um fato isolado. "Ele compõe um quadro de reprodução de discriminação de gênero e baixa representatividade. As mulheres ocuparam apenas 13,3% das vagas abertas nos Tribunais Superiores na última década e representam apenas um quarto das vagas nos Tribunais de segunda instância, cujo número dá sinais de estagnação, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça", diz.
Procurado, o ministro ainda não se manifestou.
Veja a nota completa:
Ninguém aguenta mais o machismo
Para alcançar destaque no mercado de trabalho, as mulheres precisam ser não apenas eficientes, inteligentes e comprometidas. Elas precisam buscar o superlativo desses adjetivos, mesmo que pagando um alto preço na vida pessoal e familiar.
Mas, ainda assim, não há garantia de que estejam livres do preconceito, do machismo e da misogenia.
Como se viu na data de ontem (10/11/2021), nem mesmo uma integrante da mais alta Corte infraconstitucional do país está livre dessa cultura discriminatória. A Ministra Assusete Magalhães, do Superior Tribunal de Justiça, foi vítima de um comentário ofensivo desferido por um colega de toga e de gargalhadas condescendentes de outro ministro. É importante destacar que isso ocorreu durante uma sessão de julgamento pública, enquanto a magistrada exercia a sua função, experiência que, infelizmente, reflete o cotidiano vivenciado pelas mulheres.
Diante disso, a Associação Elas Pedem Vista manifesta solidariedade à Ministra Assusete Magalhães, do STJ, na esperança de que, em um futuro próximo, a igualdade de gênero seja, efetivamente, a realidade.
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Durante uma sessão virtual no Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta quarta-feira (10), o áudio de um dos ministros escapou. Enquanto a ministra Assusete Magalhães fazia seu voto, o ministro Francisco Falcão ligou para o colega Benedito Gonçalves, que atendeu a ligação no viva-voz. Antes que ele pudesse desligar o áudio, foi possível ouvir a fala de Falcão: "Ninguém aguenta mais essa velha". Com o comentário, Benedito Gonçalves desliga o áudio, começa a rir e continua a conversa com Falcão.
Nesta quinta-feira (11), a associação Elas Pedem Vista emitiu uma nota de repúdio à fala do ministro e de solidariedade à ministra. Segundo a associação, o comentário foi mais um triste exemplo do machismo enfrentado por mulheres em todas as esferas. "Para alcançar destaque no mercado de trabalho, as mulheres precisam ser não apenas eficientes, inteligentes e comprometidas. Elas precisam buscar o superlativo desses adjetivos, mesmo que pagando um alto preço na vida pessoal e familiar. Mas, ainda assim, não há garantia de que estejam livres do preconceito, do machismo e da misogenia", destaca.
A Comissão Ajufe Mulheres, da Associação dos Juízes Federais do Brasil, também emitiu nota em solidariedade a ministra Assusete. Segundo a nota, é importante ressaltar que este não é um fato isolado. "Ele compõe um quadro de reprodução de discriminação de gênero e baixa representatividade. As mulheres ocuparam apenas 13,3% das vagas abertas nos Tribunais Superiores na última década e representam apenas um quarto das vagas nos Tribunais de segunda instância, cujo número dá sinais de estagnação, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça", diz.
Procurado, o ministro ainda não se manifestou.
Veja a nota completa:
Ninguém aguenta mais o machismo
Para alcançar destaque no mercado de trabalho, as mulheres precisam ser não apenas eficientes, inteligentes e comprometidas. Elas precisam buscar o superlativo desses adjetivos, mesmo que pagando um alto preço na vida pessoal e familiar.
Mas, ainda assim, não há garantia de que estejam livres do preconceito, do machismo e da misogenia.
Como se viu na data de ontem (10/11/2021), nem mesmo uma integrante da mais alta Corte infraconstitucional do país está livre dessa cultura discriminatória. A Ministra Assusete Magalhães, do Superior Tribunal de Justiça, foi vítima de um comentário ofensivo desferido por um colega de toga e de gargalhadas condescendentes de outro ministro. É importante destacar que isso ocorreu durante uma sessão de julgamento pública, enquanto a magistrada exercia a sua função, experiência que, infelizmente, reflete o cotidiano vivenciado pelas mulheres.
Diante disso, a Associação Elas Pedem Vista manifesta solidariedade à Ministra Assusete Magalhães, do STJ, na esperança de que, em um futuro próximo, a igualdade de gênero seja, efetivamente, a realidade.
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