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string(64) "'Xamã do Capitólio' é condenado a 41 meses de prisão nos EUA"
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O seguidor de Donald Trump e autoproclamado "xamã", que se tornou o ícone da invasão ao Congresso dos Estados Unidos, em 6 de janeiro, com seu chapéu adornado com chifres, torso desnudo e rosto pintado, foi condenado nesta quarta-feira (17) a 41 meses de prisão.
A promotoria pedia mais de quatro anos de prisão para Jacob Chansley, de 34 anos, que já tinha se declarado culpado em setembro de invadir o Capitólio junto com centenas de simpatizantes de Trump, para impedir que os legisladores certificassem a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais.
Chansley "se transformou na imagem" daquele dia de caos que abalou a democracia americana, disse o juiz Royce Lamberth ao pronunciar a sentença.
"O que você fez foi terrível", acrescentou, sem deixar de levar em conta o "arrependimento" manifestado pelo réu.
Em 6 de janeiro, Chansley, um adepto das teorias conspiratórias do QAnon, invadiu a sede do Senado, sentou-se na cadeira reservada para o vice-presidente Mike Pence e deixou uma nota que dizia: "É só questão de tempo, a justiça se aproxima!"
Originário de Phoenix, no Arizona, o "xamã" foi preso dias depois do incidente e permaneceu detido por dez meses. Em setembro, se declarou culpado de obstruir um ato oficial em um tribunal federal de Washington.
Em 10 de novembro, a promotoria pediu 51 meses (4 anos e 2 meses) de prisão, o que representaria a sentença mais severa ditada contra um participante do incidente de 6 de janeiro, mesmo com a retirada das acusações de violência.
- 'Você errou feio' -
Essa decisão, por mais severa que seja, "será suficiente para dissuadir para sempre qualquer ato delitivo deste tipo", disse nesta quarta-feira a promotora Kimberly Paschall. "A Justiça não ficará de braços cruzados diante do ataque à transferência pacífica de poder", acrescentou.
Para exemplificar a gravidade do caso, a promotora lembrou que Jacob Chansley havia publicado "mensagens mordazes" nas redes sociais contra "políticos corruptos e traidores no governo", muito antes dos fatos de 6 de janeiro.
"Se o acusado tivesse sido pacífico, não estaria aqui hoje", frisou a promotora. "Uma multidão que invade o Capitólio com o objetivo de interromper as atividades dos parlamentares não é pacífica, ela realiza uma obstrução criminosa", explicou.
Se dirigindo diretamente ao juiz, Jacob Chansley afirmou que "não é um criminoso perigoso", mas que sofre com "transtornos de personalidade", dos quais ele deseja se curar para que seja um "homem melhor".
"Não sou um homem violento nem um insurgente e, seguramente, não sou um terrorista. Apenas sou um homem bom que violou a lei", explicou o réu, assegurando que acredita "na liberdade, no Estado de Direito e na responsabilidade".
Após ser submetido a um regime de isolamento na prisão, disse que teve tempo de se olhar no espelho e dizer para si mesmo: "Amigo, realmente você errou feio".
Antes do julgamento, seu advogado Albert Watkins garantiu que Chansley havia repudiado o movimento QAnon e disse que estava "decepcionado" com Donald Trump.
No total, 664 pessoas foram acusadas, em diversos graus, por sua participação na invasão do Capitólio, segundo o Programa de Investigação sobre Extremismo da Universidade George Washington.
Cinco pessoas morreram durante o ataque ou pouco depois, entre elas um policial e uma manifestante, que foi atingida pelos disparos de um agente de segurança dentro do edifício.
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A promotoria pedia mais de quatro anos de prisão para Jacob Chansley, de 34 anos, que já tinha se declarado culpado em setembro de invadir o Capitólio junto com centenas de simpatizantes de Trump, para impedir que os legisladores certificassem a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais.
Chansley "se transformou na imagem" daquele dia de caos que abalou a democracia americana, disse o juiz Royce Lamberth ao pronunciar a sentença.
"O que você fez foi terrível", acrescentou, sem deixar de levar em conta o "arrependimento" manifestado pelo réu.
Em 6 de janeiro, Chansley, um adepto das teorias conspiratórias do QAnon, invadiu a sede do Senado, sentou-se na cadeira reservada para o vice-presidente Mike Pence e deixou uma nota que dizia: "É só questão de tempo, a justiça se aproxima!"
Originário de Phoenix, no Arizona, o "xamã" foi preso dias depois do incidente e permaneceu detido por dez meses. Em setembro, se declarou culpado de obstruir um ato oficial em um tribunal federal de Washington.
Em 10 de novembro, a promotoria pediu 51 meses (4 anos e 2 meses) de prisão, o que representaria a sentença mais severa ditada contra um participante do incidente de 6 de janeiro, mesmo com a retirada das acusações de violência.
- 'Você errou feio' -
Essa decisão, por mais severa que seja, "será suficiente para dissuadir para sempre qualquer ato delitivo deste tipo", disse nesta quarta-feira a promotora Kimberly Paschall. "A Justiça não ficará de braços cruzados diante do ataque à transferência pacífica de poder", acrescentou.
Para exemplificar a gravidade do caso, a promotora lembrou que Jacob Chansley havia publicado "mensagens mordazes" nas redes sociais contra "políticos corruptos e traidores no governo", muito antes dos fatos de 6 de janeiro.
"Se o acusado tivesse sido pacífico, não estaria aqui hoje", frisou a promotora. "Uma multidão que invade o Capitólio com o objetivo de interromper as atividades dos parlamentares não é pacífica, ela realiza uma obstrução criminosa", explicou.
Se dirigindo diretamente ao juiz, Jacob Chansley afirmou que "não é um criminoso perigoso", mas que sofre com "transtornos de personalidade", dos quais ele deseja se curar para que seja um "homem melhor".
"Não sou um homem violento nem um insurgente e, seguramente, não sou um terrorista. Apenas sou um homem bom que violou a lei", explicou o réu, assegurando que acredita "na liberdade, no Estado de Direito e na responsabilidade".
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No total, 664 pessoas foram acusadas, em diversos graus, por sua participação na invasão do Capitólio, segundo o Programa de Investigação sobre Extremismo da Universidade George Washington.
Cinco pessoas morreram durante o ataque ou pouco depois, entre elas um policial e uma manifestante, que foi atingida pelos disparos de um agente de segurança dentro do edifício.