Os Estados Unidos pediram, nesta segunda-feira (8), que a Rússia pare toda atividade militar nas usinas nucleares da Ucrânia e seus arredores, incluindo a de Zaporizhizha, a maior da Europa e atualmente controlada pelo exército russo.

"Seguimos pedindo para a Rússia cessar todas as operações militares dentro e nos arredores das centrais nucleares ucranianas e que devolva seu controle à Ucrânia", disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean Pierre, em uma coletiva de imprensa a bordo do avião presidencial, Air Force One.

"Combater em torno de uma usina nuclear é perigoso", alertou, informando que, "felizmente, não há indícios de um aumento anormal dos níveis de radioatividade", segundo os dados coletados.

Desde sexta-feira, Rússia e Ucrânia se acusam mutuamente de bombardear a usina de Zaporizhzhia, localiza no sul da Ucrânia. O local está sob controle dos militares russos desde o início de março, sem que fontes independentes possam confirmá-lo.
 
A Rússia afirmou que o ataque mais recente, durante a noite de sábado, destruiu uma linha de alta tensão que fornece eletricidade a duas regiões ucranianas. 

Este bombardeio "por parte das forças armadas ucranianas" pode ser "extremamente perigoso" e "pode ter consequências catastróficas para uma ampla área, inclusive para o território europeu", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, nesta segunda-feira.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) considera as informações de Zaporizhzhia, que já teve um de seus reatores desligados, "cada vez mais alarmantes".