Na madrugada desta quarta-feira, as forças russas lançaram um novo ataque em larga escala contra a Ucrânia, à quinta ofensiva à rede de energia desde o início do ano. De acordo com a DTEK, maior empresa privada no setor energético ucraniano, três centrais térmicas ficaram gravemente danificadas, acrescentando que as suas instalações já foram bombardeadas cerca de 180 vezes desde o início da guerra.
 
A capital Kiev e as cidades de Lviv e Zaporizhia foram fortemente atingidas. Os ataques causaram não apenas sérios danos nas centrais elétricas do país, mas também em áreas residenciais.

O governo ucraniano alertou para cortes de eletricidade em várias zonas do território e informou que os maciços bombardeios russos visaram, sobretudo, a rede de energia e causou pelo menos uma morte e dezenas de feridos. “O inimigo não desiste dos seus planos para privar os ucranianos de luz. Mais um ataque em massa à nossa indústria energética. Os ataques miraram instalações de produção e transporte de eletricidade nas regiões de Poltava, Kirovograd, Zaporizhia, Lviv, Ivano-Frankivsk e Vinnytsia", comunicou Guerman Galushchenko, ministro da Ucrânia de Energia.
 
Já a Força Aérea da Ucrânia disse ter abatido 39 dos 55 mísseis lançados pela Rússia e 20 dos 21 drones.

Segundo o governador de Kherson, Oleksandre Prokoudine, a cidade também foi parcialmente privada de eletricidade devido aos ataques nas centrais térmicas e hidroelétricas, que ainda sofreu bombardeios nas infraestruturas ferroviárias, essenciais para o comércio, o transporte civil e o abastecimento militar da Ucrânia, uma vez que todo o tráfego aéreo civil está paralisado desde o início da invasão russa.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky denunciou o terror russo. “No 8 de maio, que assinala o dia da comemoração da vitória contra o nazismo durante a II Guerra Mundial, Putin, o nazi, lançou um ataque maciço contra a Ucrânia. O mundo não deve dar a mínima chance ao novo nazismo”, defendeu, apelando aos seus aliados para que forneçam mais ajuda militar.