ELEIÇÕES

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) anunciou, nesta quinta-feira (11/12), que deixará a Câmara de Vereadores da capital fluminense para disputar, em 2026, uma vaga no Senado Federal por Santa Catarina. Ele irá se mudar para a capital catarinense para organizar a pré-campanha dele no estado.

“Vou para Santa Catarina para cumprir um chamado que não poderia realizar aqui. Não é uma fuga, é a continuidade de uma luta”, declarou o vereador, na sessão ordinária da Casa na qual atua há 24 anos — são sete mandatos consecutivos. Na última eleição, foi o vereador mais votado no município, mas não conseguiu construir uma base de apoio para sua pretensão ao Senado.

“Eu amo o Rio de Janeiro. É aqui que cresci. É aqui que construí uma história. É aqui que deixo uma parte importante de quem eu sou. Parto dessa cidade com o coração cheio de saudade, mas também com a serenidade de quem sabe que está atendendo uma missão maior, da qual sempre fiz parte”, disse ele, na sessão desta quinta-feira.

A candidatura de Carlos Bolsonaro, filho 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT), em Santa Catarina, quer tirar proveito da popularidade do pai. Jair Bolsonaro obteve, no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, quase 70% dos votos dos catarinenses, contra 30% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O governador do estado, Jorginho Melo (PL), que tentará a reeleição, é um dos mais fiéis aliados do ex-presidente, e Carlos conta com o apoio dele.

O problema é que Melo articula uma grande composição para sustentar sua campanha de permanência no comando do estado. Com Carlos Bolsonaro na disputa, a direita catarinense corre o risco de se dividir em mais de duas candidaturas. No lado do bolsonarismo, Carlos sequer tem o apoio da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, que está avalizando a pré-candidatura da deputada Caroline de Toni, também do PL.

Os partidos de centro-direita, porém, negociam a candidatura de um veterano da política, o senador Esperidião Amim (PP), que abriria a possibilidade de atrair a federação PP /União Brasil para a coligação em torno da reeleição de Melo ao governo.