Nas primeiras horas deste domingo (19), 91 prisioneiros da Penitenciária Pedro Juan Caballero, no Paraguai, fugiram. Presume-se que tenham escapado da prisão por um túnel com a cumplicidade de autoridades. O chefe de Segurança e o diretor da instituição foram demitidos.

A ministra da Justiça, Cecilia Pérez, disse que "a possibilidade de envolvimento de agentes penitenciários corruptos" é alta na fuga dos 91 membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).

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Túnel por onde fugiram os criminosos/ Divulgação

 

“Impossível que eles não tenham visto a quantidade de areia em uma das celas. O túnel foi cavado de uma cela que vai para o lado da prisão. Não é possível que os funcionários não tenham visto uma saída no perímetro da penitenciária. Existe um conluio brutal óbvio”, disse a ministra Pérez.

A ministra da Justiça confirmou que o chefe de Segurança, Matías Vargas, e o diretor da penitenciária, Cristian González, foram demitidos. Também foram presos cinco guardas da prisão.

Ela adiantou que se encontrará com o presidente da República, Mario Abdo Benítez, para oferecer sua renúncia ao cargo de Ministro da Justiça. “A responsabilidade política deste ministério é minha e eu trabalho e devo ao Presidente da República, à cidadania e à opinião pública. O presidente tomará a decisão que ele deve tomar”, afirmou.

Perez disse que, se o presidente determinar, ela continuará trabalhando para reverter “esses eventos sérios”, para que as responsabilidades sejam determinadas e as pessoas envolvidas sejam processadas.

O ministro do Interior, Euclides Acevedo, afirmou que a fuga foi uma libertação de prisioneiros. “Já nos dias anteriores vários dos fugitivos teriam deixado a prisão pela porta principal. Isso implica que, com efeito, toda a penitenciária está envolvida”.

Ele afirmou que a maioria dos 91 presos do PCC que escaparam da prisão "não saiu pelo túnel". Os outros, segundo o ministro, "saíram pela porta da frente".

Em 16 de dezembro, a ministra da Justiça, Cecilia Pérez, e o vice-ministro de Política Penal, Hugo Volpe, relataram a descoberta de um plano de voo para um suposto membro do Primeiro Comando da Capital (PCC).

De acordo com os dados fornecidos pelas autoridades, a quantia de até US$ 80 mil foi oferecida a agentes penitenciários ou membros das forças públicas para esse fim. Perez acrescentou que, segundo a inteligência, a fuga foi planejada para um preso da Penitenciária Regional Pedro Juan Caballero, em Amambay.

* Com infomações da Agência de Informação do Paraguai