O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado desde 2012 na embaixada do Equador em Londres, foi detido nesta quinta-feira pela polícia britânica depois que o governo de Quito retirou o asilo diplomático, informou a Scotland Yard.
 
"A polícia metropolitana foi convidada à embaixada pelo embaixador (do Equador) após a retirada do asilo pelo governo equatoriano", afirma uma comunicado. 
 
Assange, 47 anos, foi levado para uma delegacia do centro de Londres, onde permanecerá até uma audiência com um juiz o mais rápido possível, completa a nota oficial.
 
Imagens exibidas por canais de televisão mostraram agentes da polícia de Londres retirando Assange, com uma longa barba branca, do edifício da embaixada equatoriana, que fica no elegante bairro londrino de Knightsbridge, onde o australiano entrou em 19 de junho de 2012 para escapar de um pedido de extradição da Suécia, cuja base acabou rejeitada.
 
A plataforma de difusão de documentos secretos WikiLeaks, que alertou há vários dias que o presidente equatoriano Lenín Moreno estava disposto a retirar de Assange a proteção diplomática concedida há quase sete anos por seu antecessor Rafael Correa, denunciou imediatamente a decisão de Quito como "ilegal" e "em violação ao direito internacional".
 
"Lenín Moreno, nefasto presidente do Equador, demonstrou sua miséria humana ao mundo, entregando Julian Assange - não apenas asilado, mas também cidadão equatoriano - à polícia britânica", tuitou Correa, que agora vive asilado na Bélgica. "Isto coloca em risco a vida de Assange e humilha o Equador. Dia de luto mundial", completou. 
 
Também pelo Twitter, o presidente do Equador, Lenín Moreno, postou um vídeo explicando a prisão de Assange.  "O Equador decidiu, de forma soberana, retirar o asilo diplomático a Julian Assange por violar repetidamente convenções internacionais e protocolos de convivência", escreveu no microblog. 
 
 

 
Vídeo incorporado
Lenín Moreno
 
@Lenin
 
 

Ecuador decidió soberanamente retirar el asilo diplomático a Julian Assange por violar reiteradamente convenciones internacionales y protocolo de convivencia.

 
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