Diante de uma multidão de 1,5 milhão de peregrinos, o papa Francisco presidiu ontem (6) a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, no último dia de sua visita a Portugal para o evento, a maior reunião internacional de católicos. Aclamado por fiéis emocionados, o pontífice argentino de 86 anos teve o último encontro com o público em uma área próxima ao rio Tejo.

“Vocês são a esperança para um mundo diferente. Obrigado, sigam em frente”, afirmou Francisco em espanhol, ao final de uma cerimônia em que também pediu às novas gerações que trabalhem pela paz. “Sinto uma grande dor pela querida Ucrânia, que continua sofrendo tanto. Amigos, permitam que eu também, já velho, compartilhe com vocês um sonho que carrego no coração, o sonho da paz”, acrescentou o líder espiritual de 1,3 bilhão de católicos.

Tanto na vigília de sábado (5) como na eucaristia de domingo, o espaço criado para a JMJ, em um antigo aterro sanitário na região de Lisboa, reuniu 1,5 milhão de pessoas, informou o Vaticano com base em uma estimativa das autoridades portuguesas.

Após dormir ao relento durante uma noite quente de verão no hemisfério norte, os jovens acordaram ao ritmo da música selecionada por um padre-DJ português em um cenário que lembrava o de um grande festival. A temperatura durante o dia chegou a alcançar 40 graus na capital lusitana.

SEUL SEDIA JMJ EM 2027
 
Após percorrer uma longa distância no “papamóvel”, Francisco presidiu a missa em um grande altar, diante de mais de um milhão de fiéis, além de 10 mil padres, 700 bispos e 30 cardeais. Antes de concluir a cerimônia, Francisco revelou uma das informações mais aguardadas de cada edição ao anunciar que Seul, capital da Coreia do Sul, será a sede da próxima JMJ.

“Assim, em 2027, da fronteira ocidental da Europa seguiremos para o Extremo Oriente. E este é um belo sinal da universalidade da Igreja”, afirmou Francisco, enquanto vários jovens da Coreia do Sul, país onde 11% da população se declara católica, exibiam bandeiras da nação.

Espontâneo
Na manhã de sábado, o papa foi recebido por 200 mil fiéis no santuário de Fátima, ao norte de Lisboa, onde rezou ao lado de jovens enfermos, pessoas com deficiências e detentos. Ao contrário do que estava previsto, o pontífice improvisou quase todo o discurso. (AFP)