O papa Francisco demonstrou, nesta sexta-feira (25/9), preocupação com a situação da Amazônia. Em seu discurso na 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o pontífice disse que a crise ambiental é ligada à crise social. “Eu penso na perigosa situação da Amazônia e dos povos indígenas que vivem lá. Isso nos lembra que a crise ambiental é intimamente ligada à crise social e que o cuidado com o ambiente exige uma abordagem abrangente para lidar com a pobreza e combater a exclusão”, afirmou. 

O papa também lembrou que, há cinco anos, quando ele participou da Assembleia da ONU, era véspera da adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas. Porém, de lá para cá, de acordo com ele, pouco se avançou. "Nós precisamos ser honestos e admitir que, embora alguns progressos tenham sido feitos, a comunidade internacional não foi realmente capaz de cumprir as promessas feitas cinco anos atrás”, criticou.

A fala de 26 minutos do papa ocorre cinco anos após a visita dele à sede da ONU, em Nova York. Na ocasião, ele dirigiu aos representantes de todas as nações um amplo discurso no qual pediu que fosse dada atenção especial aos pobres e à questão da mudança climática.

Na terça-feira (22/9), durante a abertura da Assembleia, que este ano está sendo de forma virtual devido à pandemia da covid-19, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, também citou a Amazônia. O chefe do Executivo disse que o país é vítima de uma campanha de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal.