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"Nossa vitória é clara. Ela deve ser respeitada. O povo escolheu", disse Tchiroma em um discurso em perfil no Facebook.
O político é um ex-porta-voz do governo e ministro do Emprego que rompeu com Biya no início deste ano e montou uma campanha atraindo multidões e o endosso de uma coalizão de partidos de oposição e grupos civis.
Sem nomear Tchiroma, o Movimento Democrático do Povo de Camarões (CPDM), partido de Biya, condenou nesta terça-feira (14) a declaração de vitória do rival como um "embuste grotesco", acrescentando que apenas o Conselho Constitucional está habilitado a proclamar resultados.
O órgão, no entanto, cuja criação estava prevista na Constituição de 1996 e é a instância máxima de interpretação de leis e de regulação eleitoral do país, foi criado apenas em 2018 e tem todos os seus 11 membros nomeados por Biya.
O ditador camaronês, o chefe de Estado mais velho do mundo em exercício, busca um oitavo mandato após 43 anos no poder -se vitorioso, ele pode chegar aos 99 anos de idade ainda no cargo. Até a publicação desta reportagem, Biya, que aparece raramente em público, não havia se pronunciado.
Analistas esperavam que seu controle sobre as instituições estatais e uma oposição fragmentada lhe dessem vantagem na eleição, apesar do crescente descontentamento público com a estagnação econômica e a uma grave crise de segurança relativa principalmente a um conflito separatista no oeste do país e a ameaças de grupos radicais islâmicos como o Boko Haram no norte.
Tchiroma elogiou os eleitores por desafiarem o que chamou de intimidação e por permanecerem nas seções eleitorais até tarde da noite para proteger seus votos. "Também agradeço aos candidatos que já me enviaram suas congratulações e reconheceram a vontade do povo", disse.
"Colocamos o regime diante de suas responsabilidades: ou ele mostra grandeza aceitando a verdade das urnas, ou escolhe mergulhar o país em turbulência que deixará uma cicatriz indelével no coração de nossa nação", afirmou o opositor.
A lei eleitoral de Camarões permite que os resultados sejam publicados e afixados nas seções eleitorais, mas as contagens finais devem ser validadas pelo Conselho Constitucional, que tem até 26 de outubro para anunciar o resultado.
Tchiroma disse que em breve divulgará uma análise independente em cada região dos totais de votos compilados a partir dos resultados. "Esta vitória não é de um homem, nem de um partido. É a vitória de um povo", disse.
O opositor também pediu aos militares, forças de segurança e funcionários públicos que permanecessem leais à "república, não ao regime".
O Ministro da Administração Territorial, Paul Atanga Nji, advertiu no fim de semana que qualquer publicação unilateral de resultados seria considerada "alta traição".
O sistema eleitoral de turno único de Camarões concede a Presidência ao candidato com mais votos, mesmo que não seja a maioria. Mais de 8 milhões de pessoas estavam registradas para votar na eleição.
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O sistema eleitoral de turno único de Camarões concede a Presidência ao candidato com mais votos, mesmo que não seja a maioria. Mais de 8 milhões de pessoas estavam registradas para votar na eleição.