O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) Mahmoud Abbas, nomeou para primeiro-ministro da ANP, Mohammad Mustafa, quase um mês após a demissão do anterior chefe de Governo.

Mustafa é ex-ministro da Economia, além de ter ampla experiência internacional no Banco Mundial, e agora esta com a incumbência de compor um Governo tecnocrático, que será o 19º executivo da ANP.
 
Segundo um comunicado da Autoridade Nacional Palestina, Abbas pediu ao novo primeiro-ministro que elaborasse planos para reunificar a administração da Cisjordânia ocupada e da Faixa de Gaza e para liderar reformas no governo, nas forças de segurança, na economia e na luta contra a corrupção.
 
A presidência dos EUA congratulou a nomeação de Mohammad Mustafa, apelando ao próximo governo da Autoridade Palestina para implementar reformas credíveis e profundas. “Pedimos a formação de um gabinete de reforma o mais rapidamente possível. Uma Autoridade Palestina reformada é essencial para produzir resultados para o povo palestino e estabelecer as condições para a estabilidade tanto na Cisjordânia como em Gaza”, declarou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

 O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, também saudou a nomeação. “A formação de um novo Governo palestino para a Cisjordânia e Gaza, acompanhado de um pacote de ajuda internacional, é um dos elementos vitais para uma paz duradoura”, afirmou o chanceler britânico.
 
O ex-primeiro-ministro da ANP, Mohamad Shtayé, que pediu demissão há cerca de um mês, tinha descartado a possibilidade da Autoridade Palestina voltar a controlar Gaza após o fim do conflito entre Israel e o Hamas, se não houvesse um processo de paz que conduza à criação de um Estado palestino, com Jerusalém como capital.
 
Gaza está sob controle do Hamas desde 2007, na sequência dos combates intra-palestinos após as eleições de 2006, vencidas pelo grupo islamita. A vitória do Hamas não foi reconhecida pelos EUA nem por Israel, uma medida apoiada pela Autoridade Palestina.

 Por usa vez, o mandato de Abbas terminou em 2009, mas o líder da ANP se recusou a realizar eleições, culpando as restrições impostas pelo governo israelita.