O Gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em nota que o Instituto de Inteligência e Operações Especiais do país, o Mossad, colaborou com a Polícia Federal (PF) brasileira durante uma operação com o objetivo de prender pessoas ligadas ao Hezbollah envolvidas em um suposto planejamento para cometer um atendado no Brasil, com a ajuda de brasileiros. A ação da PF ocorreu em um contexto no qual israelenses e membros do grupo islâmico estão em conflito, com o Hezbollah aliando-se ao Hamas. A PF confirmou a informação.

"O Mossad agradece às autoridades brasileiras por seu papel na prisão da célula terrorista operando sob ordens do Hezbollah, que pretendia lançar um ataque contra alvos da comunidade judaica no Brasil. O Mossad continuará operando para prevenir esses ataques onde e quando for necessário", afirmou.

Policiais prenderam dois brasileiros por suposta ligação com o plano e outras duas pessoas são alvo de pedido de prisão, mas estão no Líbano, onde nasceu o Hezbollah. Um dos brasileiros foi detido na noite de terça (7) desembarcando no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Outro foi preso nesta quarta (8) quando chegava de Santa Catarina. As ordens de prisão temporária valem por 30 dias.

Os investigados podem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas, e de fazer atos preparatórios de terrorismo. Somadas, as penas máximas chegam a 15 anos e 6 meses de prisão.