ARGENTINA

O presidente Javier Milei voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (2/7). Em um texto, publicado no X (antigo Twitter), intitulado de "o perfeito dinossauro idiota", ele tece críticas à Lula e o chama outra vez de "corrupto" e "comunista".
 
Na postagem no Twitter, Milei fala abertamente o nome do brasileiro e declara que ele interferiu nas eleições de 2023 da Argentina com "sólido apoio à campanha mais suja da história".
 
"Ele reclama porque eu lhe respondo com sinceridade (ele foi preso por corrupção e é comunista)", diz um trecho do texto.

"Se tivéssemos feito coisas como esse grande dinossauro idiota disse, o LLA (partido de Milei) teria perdido. Não prestamos atenção nele e vencemos e como ele não consegue assimilar seu erro, faz bagunça ao criar uma crítica politicamente correta. Eles fazem parte do fracasso argentino", finalizou.
 
Embate
 
Na semana passada, em entrevista ao UOL, o presidente Lula falou que Milei devia um pedido de desculpas a ele e ao Brasil por ter falado "muitas bobagens".

Em resposta, Milei afirmou que não precisaria pedir desculpas para Lula, já que estava dizendo a verdade.

"A verdade é que é uma discussão tão pequena. As coisas que eu disse ainda por cima são verdadeiras. Qual é o problema de chamá-lo de corrupto? Por caso não foi preso por corrupção? Eu o chamei de comunista e por acaso ele não é comunista? Desde quando devo pedir perdão por dizer a verdade? Ou estamos tão doentes de correção política que não se pode dizer nada para a esquerda ainda quando for verdade?", disse Milei em entrevista ao canal La Nación +. 
 
O distanciamento entre os dois reflete ainda na política da América do Sul, uma vez que o argentino desistiu de participar da Cúpula do Mercosul na segunda-feira (8/7), em Assunção, no Paraguai, sob a justificativa de “agenda sobrecarregada”.

Contudo, ele confirmou presença na Conferência de Ação Política Conservadora, que será realizada em Camboriú (SC), entre 6 e 7 de julho, evento que tem a presença de Jair Bolsonaro (PL).