Reuters - Milhares de manifestantes foram às ruas de cidades francesas neste sábado (15) , no quinto final de semana de protestos contra o governo de Emmanuel Macron
A mobilização foi mais baixa, em comparação com o sábado anterior, segundo uma fonte da polícia. Bombas de gás lacrimogêneo foram atiradas contra pequenos grupos de manifestantes em breves confrontos com a tropa de choque perto da avenida Champs-Elysee.
Nas proximidades, a poucos metros da residência oficial do presidente, alguns manifestantes do grupo Femen com os seios à mostra enfrentavam a polícia.
O movimento dos coletes amarelos começou em meados de novembro, com protestos contra o aumento nos impostos sobre o combustível, e rapidamente se tornou uma grande mobilização contra as políticas econômicas de Macron.
O Ministério do Interior disse que cerca de 69 mil policiais estavam ativos neste sábado, com presença reforçada em cidades como Toulouse, Bordeaux e Saint-Etienne.
Uma fonte policial disse à Reuters que, até as 11h (horário local), cerca de 16 mil manifestantes estavam nas ruas da França, com a exceção de Paris, segundo os cálculos das forças de segurança. Na mesma hora, em 8 de dezembro, eram 22 mil.
Em Paris, onde agrupamentos de centenas de manifestantes marchavam por diversos bairros, 85 pessoas foram presas até por volta do meio-dia, de acordo com uma autoridade policial.
Na sexta, o presidente Macron pediu calma aos franceses depois de cerca de um mês de protestos dos chamados coletes amarelos contra as políticas de seu governo.
“A França precisa de calma, ordem e volta à normalidade”, disse Macron ao sair de uma reunião com líderes da União Europeia, em Bruxelas.
Em pronunciamento em rede nacional na segunda-feira (10), Macron anunciou aumento de salários para os trabalhadores mais pobres e redução de impostos para os pensionistas, ampliando as concessões para conter o movimento, mas muitos manifestantes disseram que continuariam a pressionar.